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TOMAR DECISÕES E ASSUMIR RISCOS

TOMAR DECISÕES E ASSUMIR RISCOS

AJ Limão Ervilha

 Tomar decisões e assumir riscos, tem muito a ver com sua forma de pensar e agir. Essa forma de pensar e agir define o seu estilo de tomada de decisão.

Este texto vai mostrar qual o seu estilo de tomar decisão:

  • Como você decide?
  • Por que você decide assim?
  • Quais são os riscos da tomada de decisão?
  • Qual é o seu estilo de tomada de decisão?

Apresenta os estilos possíveis e exemplos desses estilos e, como poderá identificá-lo.

Tomar decisão e errar

“Toda empresa precisa ter gente que erra, que não tem medo de errar e que aprende

com o erro”. Essa frase é de Bill Gates e dispensa qualquer comentário. Ninguém melhor que ele poderia ter dito isso!

 

Tomada de decisão é correr riscos

A sua forma de tomar decisão tem a ver com a sua atitude, frente às situações.

A sua atitude é a prontidão de resposta frente aos problemas a resolver. É o resultado

do seu mapa mental, desenvolvido ao longo da sua vida, das suas experiências e

vivências. Também é o seu posicionamento e quanto ao seu script de vida.

Isso determina o seu melhor estilo de Tomar Decisão, de fazer escolhas na vida pessoal

e profissional.

Durante um treinamento sobre Tomada de Decisão e Assumir Riscos, na Cesari

Multisoluções em Logística, orientamos e desenvolvemos um grupo de profissionais

programadores de cargas em 6 técnicas a partir do seu estilo de decidir. Esses

profissionais estão aplicando e colhendo os resultados das técnicas apreendidas.

 

 

 

 

 

 

 

O estilo e a assertividade na decisão

Os estilos de decisão, tem como base estudos o trabalho de Eric Berne, psicanalista

canadense, naturalizado americano e que desenvolveu a Análise Transacional.

A Análise Transacional propicia o autoconhecimento (estados de ego), o

relacionamento, que são as trocas (transação), a assertividade (entende a estrutura do

pensamento sua e a do outro), ajuda a mudança de comportamento (interação), com

isso será mais feliz, porque trata os conflitos e as relação com a vida de modo mais

saudável.

A Limão & Associados tem utilizado esses estudos no embasamento de cursos,

treinamentos, mentorias, exercícios, testes e outros apoios didáticos, com os

profissionais das empresas.

 

 

Os estilos de decisão

Afetivo

 

Decide de forma atenciosa, considerando as partes envolvidas na decisão.

Tem alto senso de humanidade e fraternidade. Procura ser cortês, amável e civilizada

ao decidir. Devota às partes e interessada o bem do que for o objeto da decisão.

 

Exemplo: Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce tomavam decisões puramente afetivas.

 

 

 

Analítico

Estuda a situação, avalia, examina as informações. Tende a utilizar ferramentas para

decidir. Entendem que estas, fazem com que encontre melhores combinações de

dados, fatos ao decidir. Pondera, segue os padrões, as normas e as regras. Utiliza-se do

raciocínio, da lógica e da consciência ao decidir.

Exemplos: Aqueles que tomam as decisões e que utilizam instrumentos de análise e

ponderação de alternativas.

 

 

Visionário

Suas decisões são baseadas em percepções, vivências, experiências e experimentação.

Decide com base em pressentimentos, tem tino e visão. Alta inspiração e é intuitivo.

Sustentado por ideias, que reforçam a sua impressão. Tem discernimento e coragem

para assumir riscos. Não tem medo de errar e se arrisca nas decisões. Assume a

responsabilidade pelos erros e trabalha para consertar.

 

Exemplos: Steve Jobs, Rolim Amaro, Ayrton Senna. (Intuitivo! Corajoso. Ele dizia que na

frente dele só tinha ele, porque tudo dependia dele e da sua equipe).

 

 

Integro

 

 

Os valores sustentam os objetivos e dão sentido ao que se decide.  Define as melhores

ações a serem tomadas para obter um resultado, quando fundamentado em ética.

Os valores fazem com que as decisões estejam lastreadas em ética, moral e princípios.

Quando se fixa um objetivo de decisão, a pergunta é: O que se ganha com isso? O que

isso lhe traz. Esses são seus valores e determinará a norma de conduta para a decisão

tomada. Por exemplo: Pode decidir tornar-se rico vendendo qualquer coisa. Mas se for

drogas (ficar rico à custa da desgraça alheia esse é um valor que não tem sustentação)

não vai conseguir.

 

Exemplos: Mahatma Ghandi, Nelson Mandela.

Crítico

Tem uma forma própria de ver o mundo em que acredita ser verdadeira. Certeza do

que pensa ser a única forma de comportamento, de acordo com seu mapa mental.

Convicção no que entende ser a única verdade e que é seguro. Confiança do que

acredita e que é certo em sua forma de pensar.

As crenças surgem a partir dos credos, dogmas, opiniões e ideias que fundamentam

esse quadro de pensamento. Em parte, a crença é irracional, não é fundamentada em

ciências, como exemplo a religião. Nesse caso precisa ter fé para acreditar. A religião a

luz da ciência, apresenta muitas inconsistências e é difícil discutir, porque se acredita

ou não naquela que segue, não há discussões.  As crenças podem ser verdadeiras ou

não. Se a pessoa acredita e se esta não for limitante, dá lastro de vida para ela e

direciona suas decisões por esses preceitos.  Se for limitante, deixará a pessoa refém

do seu pensamento.

A crença é o drive de líderes ditatoriais ou mesmo em regimes democráticos com

características de extremas (direita e esquerda). Geralmente surgem em situações

turbulentas. Poderá não ser a melhor decisão a ser tomada, pois os resultados

demonstram isso. Temos exemplos de pessoas que utilizam esse estilo de decisão na

história passada e na recente.

Exemplos: Adolf Hitler, Fidel Castro, Lula, Bolsonaro.

Quer saber qual é o seu estilo?

Faça um comentário no artigo e solicite o teste rápido de detecção de estilo, que envio a você, inclusive com um breve laudo explicativo.

 

Impactos na Tomada de Decisão:

Decisões rápidas, são as intuitivas.

Decisões lentas, sãs as analíticas (racionais).

Decisões empáticas, são as afetivas, emocionais.

Decisões éticas, são as que tem os valores como base.

Decisões críticas, são as do quadro de crenças e ideologias.

Apresento no meu livro Liderando Equipes, um capítulo sobre tomada de decisão,

onde apresento o processo de decisões rápidas e o de decisões lentas. Separando de

Resolução de problemas. No curso Como Liderar Equipes e Otimizar resultados, há um módulo sobre o tema.

 

Boas decisões!

AJ Limão Ervilha

Empresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como AmBev, Coca-cola, Duratex, Ford, Hospital Albert Einstein, Mercedes-Benz, Philips, Unilever, Volvo.

Autor dos livros: Liderando Equipes, Negocie Bem; Negociando em Qualquer Situação; entre outros.

Administração de Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human  Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community. Especialista em Negociação, certificado pela SPSM® Senior Professional in Supply Management.

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Liderança TranSAcional ou TransFORMAcional?

Liderança TranSAcional ou TransFORMAcional?

Quais são as diferenças? Você sabe?

Quanto destas características mencionadas neste artigo você possuí?   Depois compare com as do artigo Liderança transformadoraCarisma e inspiração publicado recentemente no LinkedInd e no meu blog. O texto que apresento a seguir é o contraste do texto que publiquei anteriormente. O intuito é mostrar a diferença entre a liderança do passado e a liderança atual.

Em meu livro Liderando Equipes para Otimizar Resultados, publicado pela Editora Saraiva, mostro essas diferenças, quando explico as transformações por que passou as empresas de ambiente convencional (liderança transacional) para ambiente participativo e agora, ambiente interativo (liderança transformacional).

 

A Liderança Transacional é um tipo de liderança que pode ser verificada sua aplicação até o final do século passado pela característica das organizações. Ainda experimentamos essa liderança nas empresas atualmente. Em meu livro Liderando Equipes tenho um exercício que mostra se a sua empresa está com características: convencional ou participativa – interativa. Verificamos que há no mercado muitas empresas convencionais e experimentando a transição.

A Liderança Transacional tem como característica “guiar” os liderados e “motivar” seus seguidores visando metas pré-estabelecidas com base nas exigências dessas tarefas e das atribuições do liderado. Seu papel é esclarecer como desempenhar as tarefas. Pode ser definida também como Liderança gerencial ou liderança operacional.

 

Essa Liderança transacional se caracteriza pela observância destes fatores:

  • Competitividade,
  • Autoridade hierárquica,
  • Alto controle do líder,
  • Resolução analítica de problemas,
  • Determinação de objetivos e
  • Processos racionais de troca.

 

Nessa liderança transacional, quando ocorre comprometimento será de curto prazo. O liderado não tem conhecimento dos objetivos das suas tarefas. Executa sob o comando do líder, que controla o resultado da operação.

 

 

Competitividade

O líder transacional estimula a competição entre os membros de uma equipe e ele mesmo compete com seus pares. Entende que a energia motriz dos resultados está nesse estado para a geração de trabalho. Quando há competição entre seus liderados, sabe que de alguma forma a energia está sendo canalizada, para o objetivo que propôs e se há competição, vencerá o melhor, aquele que se empenhar mais.

No entendimento desse líder, a tarefa será executada da melhor forma e recompensará aquele que conseguir o maior resultado. Para ele essa é a medida do desempenho. O melhor exemplo é o Técnico de futebol, estimula a competição entre seus liderados, para serem escalados no time e assim, farão o melhor, para jogarem. Quando estiver em campo, competirá para se manter no time e se destacar. Destacando-se será reconhecido pela imprensa e pelos torcedores e premiado com a convocação para a seleção, valorização do seu passe, convites para comerciais e assim sucessivamente.

 

Autoridade hierárquica

No conceito do líder transacional, uma organização é estruturada em níveis de autoridade e responsabilidade, da maior para a menor e do geral para o comum. A TGA – Teoria Geral de Administração surgiu com esse conceito e as organizações foram assim estruturadas, portanto esses líderes foram aculturados nessa realidade e adaptados nesse pensamento. Para eles há uma hierarquia rígida a ser seguida de cima para baixo, permeando a estrutura organizacional e a comunicação totalmente diretiva.

 

 

Alto controle do líder

Portanto a cadeia de autoridade tem base em rígido comando e controle. Uma ordem deve ser seguida e não contestada. Por isso uma organização é composta de thinkers (pensadores) e doers (fazedores). Ordens são transmitidas para em seguida serem conferidas. Tipo: “faça isso” e “deixe-me ver o que fez”. São controladores contumazes. Agindo assim, não tem condições de liderar um grande contingente. De acordo com a estrutura hierárquica, um chefe não consegue comandar e controlar mais que seis pessoas. Dessa forma a estrutura organizacional passa a ter muitos níveis hierárquicos, muitas divisões, muitos cargos, muitos departamentos e muitos setores. Essa é a organização convencional.

Com essa estrutura a organização torna-se lenta, burocrática e insensível ao cliente ou consumidor com relação aos seus produtos ou serviços. Menos de 1% das suas  necessidades são percebidas pela direção e pouco se faz para satisfazê-lo.

 

Resolução analítica de problemas

Ao deparar com um problema, este é analisado com critério rigoroso até a sua decisão. Utiliza-se mais o processo analítico, em que ferramentas de tomada de decisão são aplicadas, segundo o pensamento desses líderes e não pode errar.

O problema é enunciado, coloca-se as variáveis de decisão, atribuí-se um peso e atribuí-se uma nota. Depois de apurado, o número com resultado médio ponderado de valor maior, é considerado como uma boa decisão.

Não se trata da melhor decisão, sabemos hoje, que era apenas um critério racional com a aplicação de uma ferramenta de análise e tomada de decisão.

 

Baixe a ferramenta de análise e tomada de decisão para conhecê-la.

 

Determinação de objetivos

No desenvolvimento das organizações, quem primeiro sistematizou a APO – Administração por Objetivos, foi Alfred Sloan com base em critérios aplicados pela DuPont na década de 1920. Nessa época eram bem definidos os objetivos de cima para baixo, do estratégico, passando pelo tático desdobrando-se para o operacional. Mais tarde Peter Drucker contribuiu com essa ferramenta, isso ocorreu nos idos de 1954, quando estava na GE.

Essa escola foi a que formou esse líder transacional até então. Algumas modificações ocorreram, mas com forte resistência desse tipo de líder. Os objetivos são determinados pela direção e deve ser cumprido. Essa é a cultura comum entre esses gestores.

 

Processos racionais de trocas

As trocas estão relacionadas com o bom desempenho e o processo é a recompensa por ter atingido os resultados propostos. Os contratos são definidos com base em promessas de recompensas pelas futuras conquistas e metas atingidas. Salários são definidos também dessa forma. A promoção de cargo é feita por reconhecimento do esforço e dedicação ao trabalho e também pelos números entregues no final. A troca está condicionada ao aculturamento e entendimento da cultura de gestão e organização.

 

Liderança por transações

Portanto a liderança é exercida por transações.  É isso mesmo, por trocas. Esse é o conceito da liderança até meados de 1980, quando a aceleração das mudanças, com  aplicação de uma série de ferramentas entre elas o dowinsizing e empowerment, demonstraram que esse tipo de liderança estava fadado ao insucesso em um mundo de transformações e de velocidade acentuada que exigiam mudanças, surgindo a Liderança Transformacional.

 

Baixe a ferramenta de análise e tomada de decisão que era utilizada forma de Liderança, para conhecê-la. Clique aqui.

 AJ Limão Ervilhaajlimao_signature

Empresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como Duratex, Hospital Albert Einstein, Ford, Mercedes-Benz, Philips, Unilever, VOLVO.  Autor do livro Liderando Equipes para Otimizar Resultados, entre outros. Especialista em Criatividade Aplicada ao Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community

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