Antes de iniciar a leitura deste artigo, procure responder a esta pergunta: Quanto da força de trabalho brasileira você acredita que não se sente comprometida com o que faz?
Nas minhas apresentações dificilmente respondem o índice correto. Quando digo que é de 79%, ficam estarrecidos. Com certeza é um número muito alto. Pior ainda é o índice de pessoas ativamente desengajada: 18%, que são aqueles que trabalham contra e que fazem propaganda negativa da empresa e dos seus superiores.
Estes são números da pesquisa realizada pelo The Gallup Organization com 1012 trabalhadores, em 11 capitais do país, compondo a pesquisa mundial feita com um milhão de trabalhadores sobre 12 questões fundamentais do seu nível de comprometimento.
RH engajado
O RH tem no seu escopo, o tema Cultura de Valor – Engajar, inspirar e superar. A convite, fiz a preparação de uma palestra abordando esse tema CONARH quando da pesquisa, porque uma constatação estarrecedora fica por conta de um dos principais motivos da causa do desengajamento que é a “falta da habilidade dos chefes imediatos na gestão das pessoas”. A pesquisa revelou que 84% dos profissionais que pedem demissão devem-se a problemas de relacionamento com seu superior.
Essa pesquisa vem revelar a necessidade da permanente preocupação da empresa em desenvolver seus gestores e tem sido o foco dos trabalhos da AJ Limão Consultoria no projeto Escola de Líderes e Gestores.
Os números assustadores da pesquisa
Nos ativamente desengajados, o pessimismo é a nota permanente, 51% acreditam que as condições econômicas estão deteriorando. Outros 21% acham que a sua empresa não vai bem financeiramente. Nestes, 18% dos ativamente desengajados disseram que o que conta é somente a remuneração. Apenas 24% acreditam que podem encontrar um novo emprego.
E o pior é que 19% dos gerentes e supervisores fazem parte desse grupo ativamente desengajado. Imagine esses gestores, o estrago que podem fazer em uma organização liderando equipes.
As conseqüências do desengajamento
O resultado negativo da falta de comprometimento para a organização são estes:
1. Absenteísmo;
2. Rotatividade;
3. Insatisfação do cliente;
4. Perda de lucratividade;
5. Baixa produtividade;
6. Perdas por descuido, furtos ou acidentes.
Uma pessoa desengajada na frente de um cliente é um desastre para a empresa. Recentemente senti na pele esse problema quando fui trocar meus óculos. A atendente que estava sentada na frente de um computador lá ficou levantando os olhos somente para me dar resposta, como se eu estivesse incomodando-a no que fazia, visivelmente conectada no wathsapp. Os gestores não podem permitir que isso ocorra, é como rasgar dinheiro.
O que engaja as pessoas no trabalho?
Novamente, a pesquisa revela pontos que de algum modo já sabemos. Vejamos:
1. Saber o que a empresa espera do trabalho dele;
2. Se existem equipamento necessário para fazer o trabalho;
3. Se alguém parece se importar com o trabalho dele;
4. Se existem oportunidades de crescimento profissional.
As pessoas engajadas no que fazem são aquelas de bem com a vida. Cerca de 50% responderam na pesquisa que possuem o que é importante para si e seus familiares.
Essas pessoas engajadas se sentem “seguras e satisfeitas”. Os 57% dos ativamente engajados querem ficar na empresa por toda a vida. Uma curiosidade é o índice de 28% dos mais comprometidos tem mais de 50 anos.
Como pegar a veia do engajamento
VEIA – Verificação de Engajamento e Interatividade é a ferramenta , que verifica o nível de engajamento das pessoas e das equipes nas diversas áreas internas, e que é aplicada nas empresas para verificar o nível de desengajamento.
Essa ferramenta verifica os níveis de Comprometimento da Equipe, Gestão efetiva
e de Engajamento das pessoas. Acumulado durante os diversos trabalhos realizados a curva média dos setores: indústrias, serviços, varejos, financeiros e outros, revelam uma proximidade muito grande com a pesquisa. O resultado dessas práticas tem revelado que a falta de Comprometimento da Equipe é de 56%, na média dessas empresas e o nível dos funcionários desengajados é da ordem de 25%, ou seja, os que têm contribuição nula e que derrubam a produtividade. Notem que esses números detectados pela ferramenta se aproximam da pesquisa, que somados perfazem 81% (a pesquisa revela 79%).
Inspirando valores nas pessoas
No programa de Desenvolvimento de Líderes e Gestores, estes são treinados nas melhores práticas para o seu posicionamento e obtenção de resultados dos liderados.
Trabalham-se também com metodologia para medir o engajamento versus desengajamento. Nessa metodologia medem-se os níveis de engajamento das pessoas e da equipe:
5. Ativamente Engajadas;
4. Engajadas;
3. Parcialmente Engajadas;
2. Não Engajadas;
1. Ativamente Desengajadas.
Como se fosse um termômetro serve de base para o treinamento dos gestores e líderes em metodologias de como engajar as pessoas sob sua responsabilidade, além de inspirar valores. São transmitidas técnicas e habilidades necessárias do gestor para engajar seus liderados.
Assim, o engajamento na empresa poderá ser feito através de uma melhor preparação dos gestores e lideres, para lidar com os colaboradores e também, através de uma metodologia de engajamento, como a que se apresenta aqui.
Se quiserem saber mais solicitem os gráficos relativos ao estudo de aplicação da ferramenta VEIA e a metodologia do Termômetro de Engajamento. Caso queiram maiores informações, é só nos contatar.
[…] Nessa liderança transformacional, parte das atribuições do líder passa para os liderados, já que a sua preocupação maior é o seu desenvolvimento. O liderado tem poderes para resolver os problemas que surgem na base da organização, quando estão em contato direto com o cliente. Por isso o empowerment é o instrumento fundamental para esse tipo de liderança. Propicia a autonomia com a delegação de poder de decisão, assim o liderado tem participação na gestão da empresa e obtém-se maior engajamento. […]