Carisma

Boechat uma voz se cala, mas o verbo fica.

Boechat uma voz se cala, mas o verbo fica.

Não era um jornalista, estava mais para um verbo. Verbo Boechat, como se fosse a definição de uma série de atitudes, postura, além do trabalho árduo e dedicação que tinha diariamente. Tudo o que fazia parecia como algo muito natural.

O tamanho do profissional

Durante um treinamento de Gestão e Liderança em São Paulo, fui surpreendido pela notícia da morte de Ricardo Boechat, como todos nós brasileiros.  O meu sentimento e de todos aqueles que o admiravam é da perda de uma pessoa muito próxima. Tornou-se um jornalista âncora referência neste país. Ganhou respeito no seu trabalho pela forma que conduzia o noticiário, a ancoragem da mesa de notícias e nos editoriais.

Ele não cabia na Globo de onde foi demitido, a sua estatura profissional extrapolava aquela emissora. O espaço que precisava, só ocorreria mesmo na TV Bandeirantes. Como ocorreu no passado com Luciano do Valle.

Como disse Cid Moreira em seu depoimento sobre a morte de Boechat: “Ah, esse profissional que dá inveja aos outros profissionais tal a capacidade dele tanto no rádio como na TV”.

Informação a base da comunicação

A minha admiração a Boechat estava na sua capacidade de construir o seu argumento, como aqueles que dominam a competência da persuasão. O seu noticiário era aparentemente imparcial, mas, formava a opinião do ouvinte e do telespectador.

Não somente apresentava a notícia, a forma de falar, sem impostação, quase coloquial, aproximava o ouvinte e este se sentia numa conversa informal, porém, com conteúdo e massa crítica.

Preparava o ouvinte sobre os acontecimentos do dia e, dava uma visão de como compreender os acontecimentos e assim, poder comentar com as pessoas que se encontrava.

Linha de raciocínio

Com vistas a algumas notícias tiradas de alguns jornais logo pela manhã, construía uma linha de raciocínio, somando a ela a sua vivência e sua experiência. Assim, montava seu material que era de grande impacto. Assim construía o seu trabalho toda manhã pela Band.

Essa é uma habilidade para montar teses e criar argumentos, o que Boechat fazia muito bem. Tinha uma forma de incorporar o que dizia, o que informava, parecia algo muito seu. Muito autoral.

Falo sobre esses elementos da persuasão em meu livro Habilidades de Negociação, editado pela Nobel.

Tempo

Outro elemento de grande domínio desse profissional era a sua visão temporal. A atualidade da notícia, a momentosidade dos acontecimentos e a sincronia dos fatos. Passava-nos que estava sempre muito bem informado. Essa habilidade propiciava a credibilidade necessária ao seu trabalho. E dessa forma era convicto, confiável e crível.

A coerência desses elementos dava a autoridade que atribuíamos a ele e o poder de nos convencer com a sua apresentação do noticiário.

Esses são os elementos que lhe dão poder a todos comunicadores e Boechat dominava todos eles.

Para homenageá-lo, me permitam parafrasear Sócrates: O “não ser de Boechat se foi, mas o ser permanece”. Lembraremos dele por muito tempo.

 

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AJ Limão Ervilha

ajlimao_signatureEmpresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como AmBev, Coca-cola, Duratex, Ford, Hospital Albert Einstein, Mercedes-Benz, Philips, Unilever, VOLVO. Autor dos livros Negocie Bem; Negociando em Qualquer Situação; Liderando Equipes, entre outros, Especialista em Negociação, Certificado pela SPSM® Senior Professional in Supply Management. Administração de Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community

 

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Que líder Jair Bolsonaro será, como presidente do nosso país?

Que líder Jair Bolsonaro será, como presidente do nosso país?

Quer saber que tipo de líder Jair Bolsonaro será?  Veja os tipos de líderes e as suas principais características, não somente de chefes de governo, mas também do universo corporativo e conclua o que se pode esperar dessa liderança como presidente do nosso país.

A característica de Jair Bolsonaro é de um líder nato, formidável ou treinável?

Em meu livro Liderando Equipes, editado pela Saraiva, menciono esses três tipos característicos de líderes, dando como exemplo personagens do mundo empresarial e estadistas.

A questão que respondo é: o líder já nasce com as características de liderança ou pode ser desenvolvido? Neste artigo apresento essa análise e convido o leitor a aplicá-la tendo como exemplo o presidente eleito nas últimas eleições.

O líder nato é aquele que tem características inatas e surgem em situações de crise.

Podemos citar no Brasil Getúlio Vargas, em Cuba Fidel Castro, na Argentina Perón, na Espanha Franco, na Inglaterra Churchill, na Alemanha Hitler e outros exemplos. O que eles têm em comum é que surgiram durante as crises extremas em seus países. Líderes natos, enquanto empresários, criam suas empresas, como Rolim Amaro, Silvio Santos, Raul Randon, Carlos Slim, Steve Jobs, Bill Gates, entre outros que vocês conhecem. Geralmente esses líderes empresariais criam suas empresas mesmo em momentos difíceis ou tiram as empresas de crise.

Com certeza Jair Bolsonaro não tem características inatas, como pode ser constatada na sua história e carreira de militar e político. Não está surgindo em momento de caos, a crise não é tão intensa assim. Surgiu pela escolha dos eleitores entre duas opções e o que querem para o país. Ele mesmo declarou que “não abriu uma empresa pelos riscos que poderia correr empresariando no Brasil”. O líder nato sempre corre riscos e toma decisões intuitivas. Seu edge (intuição e coragem) é natural. É isso que caracteriza esse tipo de líder.

Pode-se dizer que Bolsonaro tem um quadro de crenças e valores fortes. É o que constatamos em seus discursos e comportamentos até aqui. O drive de vida é fazer a coisa certa. Demonstra ser extremamente legalista e disciplinado. Seguidor de regras e normas, como a disciplina militar exige.

O líder formidável deixa seu legado, tem características inatas e outras adquiridas.

São aqueles líderes que fazem uma liderança inspiradora. Quebram paradigmas. Modificam comportamentos, criam linhas de pensamento.  Transformam o mundo de alguma forma. Tem uma contribuição forte na vida dos outros. Deixam legados para gerações futuras. Podemos citar Jesus Cristo, Martin Luther King, Mahatma Gandhi, Mandela, Júlio Cesar, Abraham Lincoln, entre tantos líderes maravilhosos. Nas empresas, podemos citar Jorge Gerdau Jhoannpeter, Roberto Marinho (TV Globo), Henri Ford, Thomas Edison, Steve Jobs (Apple).

Tampouco não é possível classificar Bolsonaro possuidor dessas características como líder formidável, pelo menos até aqui. Não há características de líder transformador em suas atitudes. Não é possível classificá-lo entre os líderes citados acima. Também não demonstrou desenvolver-se, pesquisando e treinando liderança, até o presente. Quanto a legado, veremos posteriormente, quando passar pela Presidência da República no Brasil.

O líder treinável desenvolve sua liderança à medida que conquista uma posição

O exemplo é daquele que por esforço pessoal e um forte self drive adquire competências de liderança. Juscelino Kubitschek, Ronald Reagan, Barack Obama, Angela Merkel, Papa Francisco I, para citar alguns. Nesse hall temos muitos exemplos empresariais, Ivan Zurita (Nestlé), João Castro Alves (Ambev), Jack Welch (GE), John Sculley (Apple).

Bolsonaro poderá ser um líder treinável. Conquistou uma posição com seus méritos e pelas contingências ocorridas nas eleições realizadas. Para isso, deverá desenvolver essas características, poderá ser treinado enquanto exerce sua liderança. Poderá ser um bom líder, basta formar uma equipe de alto nível, delegar poderes e tomar as decisões certas para este momento do país.

Veremos a sua capacidade de articulação, já que declarou que não fará o “toma lá dá cá” dos governos anteriores para conseguir aprovar seus projetos. Com certeza terá muita resistência não somente da oposição, mas daqueles que não aprovam sua forma de conduzir o governo. Será testado a todo instante e poderá fortalecer-se como líder, ou não.

O Presidente Bolsonaro tem estilo Transacional ou Transformacional?

Outra forma de entender o líder Bolsonaro é sobre seu estilo de liderança. Em diversos artigos que assinei, publicados em meu blog explico a liderança Transacional e Transformacional. Veja a seguir um excerto dessas características para seu exercício e entendimento para a classificação do estilo de liderança do novo presidente.

Líder Transacional

Transacional é a liderança em que o líder faz o que tem que ser feito. “É o tipo de líder que guia ou motiva seus seguidores na direção de metas estabelecidas, esclarecendo as exigências do papel e da tarefa.”

No estilo Transacional há prevalência das seguintes características:

  • Competitividade,
  • Autoridade hierárquica,
  • Alto controle do líder,
  • Resolução analítica de problemas,
  • Determinação de objetivos e
  • Processos racionais de troca.

Principais tipos de liderança transacional

Recompensa Contingencial

É uma transação em que há promessa de recompensa em troca de um bom desempenho. O líder pode, também, “punir” caso o trabalho não corresponda aos padrões.

Gestão por exceção (ativo)

Ações corretivas através da observação e busca de desvios de regras e padrões.

Gestão por exceção (passivo)

Há a intervenção somente se os padrões não tiverem sido cumpridos.

Laissez faire

O líder evita tomar decisões e se exime de responsabilidades.

 

Na liderança transacional o comprometimento é de curto prazo.

 

Líder Transformacional

Estilo Transformacional é a liderança em que “Os líderes oferecem considerações individualizadas e estímulo intelectual a seus liderados, além de possuírem carisma.

No estilo Transformacional são estas as características que predominam:

  • Cooperação,
  • Colaboração,
  • Baixo controle,
  • Soluções baseadas em intuição e racionalidade,
  • Ênfase no desenvolvimento de seguidores e
  • Empowerment e criação de ligações emocionais.

 

O líder transformacional possui 4 características peculiares

Influenciadores e Idealizadores

Possuem carisma, são admirados, respeitados e confiáveis. Fornecem visão e sentido de missão.

Inspiradores e Motivadores

Otimistas, lançam desafios com o fim de proporcionar um melhor futuro a cada membro da equipe. São estimuladores da equipe.

Estimulação Intelectual

Encorajam os liderados a buscarem soluções criativas e inovadoras. Promovem a inteligência.

Consideração Individualizada

O líder utiliza o mentoring e coaching para que cada membro da equipe consiga atingir suas metas. Os liderados são desenvolvidos para atingirem seus melhores níveis de eficiência operacional.

 

Na liderança transformacional o comprometimento é de longo prazo.

 

Carisma e acessibilidade

Uma característica forte dos líderes Transformacionais é o seu carisma e acessibilidade que fica evidente no seu estilo de liderança que exerce. Vejam estes vídeos, reveladores do comportamento de dois estilos de líderes.

Primeiro Obama

Agora Trump

Estas imagens revelam as diferenças entre líderes e seus carismas.

 

Exemplos de líderes brasileiros

Abílio Diniz e Sílvio Santos, empresários com estilos de gestão e carismas completamente diferentes

Tite e Dunga, técnicos da Seleção Brasileira que obtiveram resultados diferentes com o mesmo time

Exemplos de líderes internacionais

Obama e Trump, estilos de liderança que mudam completamente os rumos da mais poderosa nação do mundo

Papa Francisco e Papa Bento XVI, a importância do carisma para conduzir a Igreja Católica ficou evidente com a chegada de Francisco

Queremos ser surpreendidos!

Com certeza, todos brasileiros querem ser surpreendidos por uma boa liderança. As urnas mostraram o que com todos os defeitos da democracia, esse é o melhor caminho, como diz Winston Churchill:

“A democracia é o pior dos regimes políticos, mas não há nenhum sistema melhor que ela.”

Há outra frase de uma personalidade que não me lembro o autor e que é perfeita para este momento no Brasil:

 “O melhor da democracia é que se errar na escolha do governante, poderá tirá-lo depois”

Acredito muito em nós brasileiros, temos demonstrado maturidade depois da redemocratização deste país.

Mostramos muita maturidade quando fizemos o impeachment de Fernando Collor. Maturidade em ter um presidente operário neste país, provando que qualquer cidadão está a altura para governar. Uma presidente mulher, que foi guerrilheira. Novo impeachment, de Dilma Rousseff quando há abuso de poder. O recado nas urnas, Câmara e Senado tendo a maior renovação das últimas décadas. Políticos, empresários, um ex-presidente e governadores presos por corrupção. Isso demonstra muita da maturidade de um povo.

Como já havia dito anteriormente nossas instituições estão fortes.  Dá para ter esperança em nosso país.

Bom ano de 2019 e uma liderança inspiradora nos seus negócios!

 

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AJ Limão Ervilha

ajlimao_signatureEmpresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como AmBev, Coca-cola, Duratex, Ford, Hospital Albert Einstein, Mercedes-Benz, Philips, Unilever, VOLVO. Autor dos livros Negocie Bem; Negociando em Qualquer Situação; Liderando Equipes, entre outros, Especialista em Negociação, Certificado pela SPSM® Senior Professional in Supply Management. Administração de Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community

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Qual é a diferença entre gestão e liderança estratégica?

Qual é a diferença entre gestão e liderança estratégica?

AJ Limão Ervilha

 

Um participante de meu curso de Liderança me perguntou: Qual é a diferença entre gestão e liderança? A gestão e liderança, quando são elas estratégicas?

Confesso que por entender que é tão clara essa diferença, pelo menos para mim, não há uma preocupação em mostrar isso para os novos líderes. Mas, para eles não é tão claro assim, e temos que mostrar tanto quanto pudermos essa diferença.

Para tornar mais claro, deixe-me ilustrar com a TGA – Teoria Geral de Administração. Todo nosso conhecimento sobre Gestão e Liderança vem de dois eixos cartesianos, onde lastreia toda administração científica e que explicam bem essa diferença.

O eixo X da primeira questão

O eixo horizontal trata do conhecimento administrativo e aqui estão plotadas as bases do desenvolvimento de toda teoria sobre gestão. Tudo que estiver ligado a operações, a tarefas. Todo empenho dirigido a produzir resultados. As ferramentas produzidas neste eixo têm a ver com gestão e é a forma de fazer melhor o trabalho.

As bases das teorias gerenciais estão neste eixo, desde Fayol, passando por Taylor e Weber. O primeiro tratou da estruturação da organização, com base em funções, criando os níveis hierárquicos, departamentalizando, definindo linhas de comando e controle. O segundo inicia a discussão sobre tempo e movimento, ao uso da ferramenta certa para o homem certo. Programação do trabalho e tudo mais. O terceiro sobre a burocracia organizacional, definindo responsabilidades por nível, por função, além de outras normalizações.

O eixo Y alternativo, da segunda função

Entre os anos de 1927 e 1932 por meio de experiências, entendem que não são somente as ferramentas que determinam desempenhar bem um trabalho. Há também a questão humana. Essas experiências foram feitas na fábrica da Western Eletric, fabricante de componentes telefônicos e foi conduzida por Elton Mayo. Essa experiência foi conhecida como de Hawthorne, local onde se localizava a fábrica. Portanto surge a teoria da Relações Humanas. Contradizendo as anteriores, conhecida como mecanicista.

As conclusões é que as pessoas trabalham melhor, independente de ferramentas de gestão se sentirem-se consideradas e importante no processo.  O aspecto social passa a contar muito e as pessoas produzem melhor, quando podem interagir com o colega. Também os aspectos emocionais são considerados a partir dessa experiência, demonstrando que aspectos subjetivos contam na realização dos trabalhos.

gestao e liderança

Ilustração do livro de minha autoria: Liderando Equipes para Otimizar Resultados, editado pela Saraiva.

 

E então, qual é a diferença?

Portanto a gestão está relacionada a utilização de ferramentas visando otimização, por exemplo de processos, registro de procedimentos, planejamentos para uso de recursos, administração, execução e controle. Podemos definir como o hardware do gerenciamento.

Liderança é para quando falarmos de gente, de atitude, de motivação, de sinergia, de socialização, de colaboração, de compromisso, de objetivo comum, de conflitos, tudo isso está relacionado a liderar. Trata-se do Software, do gerenciamento.

Gestão estratégica

Gestão estratégica trata-se da antecipação de ocorrências, dessa linha horizontal, do eixo cartesiano. Normalmente nas empresas o gerente está correndo atrás dos acontecimentos nas operações do dia a dia. Como dizemos, “apagando incêndios”. Significa que ele está colocando sua energia para resolver problemas à medida que eles acontecem, está sendo operacional. Chega na empresa e vai resolvendo as coisas a medida que acontecem.

Quando o gerente pensa no futuro, para trazer para o presente, está sendo estratégico.

Por exemplo, falamos acima de processo. Se o gerente pensar em mapear os processos, entender as atividades, responsabilidades e handoffs (passagem da tarefa)porque quer melhor produtividade e resultado (futuro). Terá o “As Is” (como se faz) a forma de execução atual do processo. Assim, poderá fazer melhorias do processo, fazer um brainstorming, aplicar o PDCA e outras ferramentas de gestão de melhoria. Transformará o processo em “To be” (como deve ser), portanto, mais eficaz. Se fizer tudo de novo, em cima do que obteve, será mais efetivo (eficiente e eficaz), portanto estará aplicando ferramentas para a gestão.

Estratégico ou operacional?

Estabelecer um objetivo, preparar um plano de ação e se estas ações diárias estão relacionadas a esse objetivo, estará sendo estratégico.

Porém, no dia a dia o gerente se confunde. Quer ver um exemplo?

Eu estava fazendo consultoria em um cliente e o Gerente de RH comentou que estava recrutando e selecionando vendedores para a equipe de um gerente, em função do Plano de Ação de aumento de faturamento (estratégico). O Gerente requisitante da vaga estava no campo e não pode vir para entrevistar o candidato selecionado. Quando foi questionado, respondeu: “Tinha que escolher entre vender ou entrevistar o candidato!”

Isso mostra falta de visão estratégica do gerente. Entrevistar o candidato é estratégico, está trabalhando no presente algo pensado para o futuro. Vender é operacional, mesmo sendo necessário. Se der prioridade só em vender, nunca terá uma equipe, para vender e aumentar o faturamento no futuro(estratégico).

Liderança estratégica

Liderança estratégica da mesma forma é fazer no presente o que já pensou para o futuro. No caso de motivar pessoas, por exemplo, o gerente ao conversar com o colaborador, procura descobrir seu objetivos pessoais e profissionais. Estes são os seus drives motivacionais. Ou seja, descobre pelo que a pessoa luta. Então o gerente mostra quando der feedback, ou estiver fazendo coaching, como o liderado pode alcançar o que deseja fazendo aquela tarefa, para a empresa.

Normalmente o funcionário precisa de recurso financeiro, para realizar seus objetivos pessoais, comprar uma casa. Ou objetivo profissional, ser promovido, assim, ganhar mais para comprar sua casa. O trabalho do gerente no feedback ou coaching tem os elementos necessários para motivá-lo. Descobriu os interesses  futuros do liderado, para trabalhar no presente.

Atitude e senso de urgência

É liderança estratégica quando gerente toma atitudes a cada momento. Vejam no vídeo no meu canal do youtube, em que abordo esse assunto e defino a diferença entre comportamento e atitude. Vejam no vídeo, o termômetro da atitude: iniciativa, proatividade e atitude.

Portanto, qualquer ação definitiva, que não vai mais se repetir, em que se resolveu totalmente o problema, é uma atitude. É o que distingui um líder de um gestor.

Líder faz acontecer. Gestor faz o que tem que ser feito e está programado.

Outra característica é o senso de urgência. Senso de urgência é fazer o que tem que ser feito, e que já foi pensado. Ou seja, focar as ações planejadas no presente.

Novamente, se o gerente chega na empresa e vai fazendo tudo que surge, está sendo operacional. Mas, se divide seu tempo assim: A primeira coisa que faz é o estratégico, tudo o que estiver ligado a novos objetivos. Depois então poderá fazer o tático, traduzir o estratégico em programas de ação, fazer acompanhamento do planejado. Por fim, e somente se tiver tempo, fazer o operacional.

E aí? Gostou? Acompanhem em meu canal os vídeos em que apresento para ser um líder de sucesso. Sejam estratégicos!

 

Vejo vocês lá! Sucesso!

 

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AJ Limão Ervilha

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Liderança TranSAcional ou TransFORMAcional?

Liderança TranSAcional ou TransFORMAcional?

Quais são as diferenças? Você sabe?

Quanto destas características mencionadas neste artigo você possuí?   Depois compare com as do artigo Liderança transformadoraCarisma e inspiração publicado recentemente no LinkedInd e no meu blog. O texto que apresento a seguir é o contraste do texto que publiquei anteriormente. O intuito é mostrar a diferença entre a liderança do passado e a liderança atual.

Em meu livro Liderando Equipes para Otimizar Resultados, publicado pela Editora Saraiva, mostro essas diferenças, quando explico as transformações por que passou as empresas de ambiente convencional (liderança transacional) para ambiente participativo e agora, ambiente interativo (liderança transformacional).

 

A Liderança Transacional é um tipo de liderança que pode ser verificada sua aplicação até o final do século passado pela característica das organizações. Ainda experimentamos essa liderança nas empresas atualmente. Em meu livro Liderando Equipes tenho um exercício que mostra se a sua empresa está com características: convencional ou participativa – interativa. Verificamos que há no mercado muitas empresas convencionais e experimentando a transição.

A Liderança Transacional tem como característica “guiar” os liderados e “motivar” seus seguidores visando metas pré-estabelecidas com base nas exigências dessas tarefas e das atribuições do liderado. Seu papel é esclarecer como desempenhar as tarefas. Pode ser definida também como Liderança gerencial ou liderança operacional.

 

Essa Liderança transacional se caracteriza pela observância destes fatores:

  • Competitividade,
  • Autoridade hierárquica,
  • Alto controle do líder,
  • Resolução analítica de problemas,
  • Determinação de objetivos e
  • Processos racionais de troca.

 

Nessa liderança transacional, quando ocorre comprometimento será de curto prazo. O liderado não tem conhecimento dos objetivos das suas tarefas. Executa sob o comando do líder, que controla o resultado da operação.

 

 

Competitividade

O líder transacional estimula a competição entre os membros de uma equipe e ele mesmo compete com seus pares. Entende que a energia motriz dos resultados está nesse estado para a geração de trabalho. Quando há competição entre seus liderados, sabe que de alguma forma a energia está sendo canalizada, para o objetivo que propôs e se há competição, vencerá o melhor, aquele que se empenhar mais.

No entendimento desse líder, a tarefa será executada da melhor forma e recompensará aquele que conseguir o maior resultado. Para ele essa é a medida do desempenho. O melhor exemplo é o Técnico de futebol, estimula a competição entre seus liderados, para serem escalados no time e assim, farão o melhor, para jogarem. Quando estiver em campo, competirá para se manter no time e se destacar. Destacando-se será reconhecido pela imprensa e pelos torcedores e premiado com a convocação para a seleção, valorização do seu passe, convites para comerciais e assim sucessivamente.

 

Autoridade hierárquica

No conceito do líder transacional, uma organização é estruturada em níveis de autoridade e responsabilidade, da maior para a menor e do geral para o comum. A TGA – Teoria Geral de Administração surgiu com esse conceito e as organizações foram assim estruturadas, portanto esses líderes foram aculturados nessa realidade e adaptados nesse pensamento. Para eles há uma hierarquia rígida a ser seguida de cima para baixo, permeando a estrutura organizacional e a comunicação totalmente diretiva.

 

 

Alto controle do líder

Portanto a cadeia de autoridade tem base em rígido comando e controle. Uma ordem deve ser seguida e não contestada. Por isso uma organização é composta de thinkers (pensadores) e doers (fazedores). Ordens são transmitidas para em seguida serem conferidas. Tipo: “faça isso” e “deixe-me ver o que fez”. São controladores contumazes. Agindo assim, não tem condições de liderar um grande contingente. De acordo com a estrutura hierárquica, um chefe não consegue comandar e controlar mais que seis pessoas. Dessa forma a estrutura organizacional passa a ter muitos níveis hierárquicos, muitas divisões, muitos cargos, muitos departamentos e muitos setores. Essa é a organização convencional.

Com essa estrutura a organização torna-se lenta, burocrática e insensível ao cliente ou consumidor com relação aos seus produtos ou serviços. Menos de 1% das suas  necessidades são percebidas pela direção e pouco se faz para satisfazê-lo.

 

Resolução analítica de problemas

Ao deparar com um problema, este é analisado com critério rigoroso até a sua decisão. Utiliza-se mais o processo analítico, em que ferramentas de tomada de decisão são aplicadas, segundo o pensamento desses líderes e não pode errar.

O problema é enunciado, coloca-se as variáveis de decisão, atribuí-se um peso e atribuí-se uma nota. Depois de apurado, o número com resultado médio ponderado de valor maior, é considerado como uma boa decisão.

Não se trata da melhor decisão, sabemos hoje, que era apenas um critério racional com a aplicação de uma ferramenta de análise e tomada de decisão.

 

Baixe a ferramenta de análise e tomada de decisão para conhecê-la.

 

Determinação de objetivos

No desenvolvimento das organizações, quem primeiro sistematizou a APO – Administração por Objetivos, foi Alfred Sloan com base em critérios aplicados pela DuPont na década de 1920. Nessa época eram bem definidos os objetivos de cima para baixo, do estratégico, passando pelo tático desdobrando-se para o operacional. Mais tarde Peter Drucker contribuiu com essa ferramenta, isso ocorreu nos idos de 1954, quando estava na GE.

Essa escola foi a que formou esse líder transacional até então. Algumas modificações ocorreram, mas com forte resistência desse tipo de líder. Os objetivos são determinados pela direção e deve ser cumprido. Essa é a cultura comum entre esses gestores.

 

Processos racionais de trocas

As trocas estão relacionadas com o bom desempenho e o processo é a recompensa por ter atingido os resultados propostos. Os contratos são definidos com base em promessas de recompensas pelas futuras conquistas e metas atingidas. Salários são definidos também dessa forma. A promoção de cargo é feita por reconhecimento do esforço e dedicação ao trabalho e também pelos números entregues no final. A troca está condicionada ao aculturamento e entendimento da cultura de gestão e organização.

 

Liderança por transações

Portanto a liderança é exercida por transações.  É isso mesmo, por trocas. Esse é o conceito da liderança até meados de 1980, quando a aceleração das mudanças, com  aplicação de uma série de ferramentas entre elas o dowinsizing e empowerment, demonstraram que esse tipo de liderança estava fadado ao insucesso em um mundo de transformações e de velocidade acentuada que exigiam mudanças, surgindo a Liderança Transformacional.

 

Baixe a ferramenta de análise e tomada de decisão que era utilizada forma de Liderança, para conhecê-la. Clique aqui.

 AJ Limão Ervilhaajlimao_signature

Empresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como Duratex, Hospital Albert Einstein, Ford, Mercedes-Benz, Philips, Unilever, VOLVO.  Autor do livro Liderando Equipes para Otimizar Resultados, entre outros. Especialista em Criatividade Aplicada ao Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community

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O líder carismático

O líder carismático

A.J. Limão Ervilha

 

Você tem carisma? Sabe o que é ser um líder carismático?

 

O carisma é o dom que uma pessoa tem de cativar, fascinar e seduzir os outros. Esse encantamento que exerce a atração e influência pode ser definido como puro magnetismo pessoal. São características genéticas e também de ambiente, independe de inteligência, cultura ou instrução.

Como a própria origem da palavra define é uma “graça” um “poder” quase que sobrenatural. Volta e meia deparamos com pessoas carismáticas que nos fascina, nos seduz e nos atrai.

 

  • Pessoas carismáticas exercem atratividade sobre você

O “poder” dessas pessoas poderá ser constatado de modo transparente nos resultados que produzem nos seus seguidores, no caso de um líder. Na liderança, aqueles líderes que são carismáticos, constroem um sentido de nós, inspirando seus liderados. Por isso, são comunicativos, relacionais, empáticos, otimistas, confiáveis, convictos, ativos, ouvintes, acessíveis…

A presença dessa pessoa pode ser traduzida em força influenciadora positiva, encantadora e inesquecível. Exerce um poder de atratividade forte nas relações, despertando o sentido de convivência e compartilhamento.

Se tender ao exagero, poderá ser classificado como paixão cega e levar grupos de pessoas a cometer atos absurdos em função de uma pessoa pública, doutrina ou ideologia.

 

Carisma poderá ser desenvolvido?

Se não tiver essas características inatas, poderá desenvolvê-las?

Esse desenvolvimento é observado naqueles que dependem do público, de um modo geral. Procuram fazer coisas que identificam com seu público e nessa tentativa conseguem captar elementos essenciais para essa identificação, como hábitos, trejeitos e posturas.

Artistas fazem isso, pegue um artista que exerce magnetismo sobre você. Pesquise sobre a sua carreira ao longo dos anos. Notará mudanças de comportamento e adoção de certas posturas, trejeitos, comunicação e relacionamento. Trabalhei com artistas na gravadora Continental – Chantecler e acompanhei a carreira de muitos artistas e podia verificar essa ocorrência. Além do próprio esforço, em muitos casos profissionais de imagem, são contratados para orientá-los.

Os políticos também fazem isso, ao longo da sua carreira vão identificando elementos que os aproximam do povo e acentuam essas características. Ou mesmo seus “marketeiros”, procuram orientá-los como agir para ter a benesse do povo. Quando não há características inatas que ajudem nesse processo, pode-se perceber que as ações são “maquiadas”.

 

jamie-foxx-quvenzhane-wallisFonte: http://www.indiewire.com

Um bom exemplo é o filme Annie, estrelado por Jamie Foxx e Quvenzhané Wallis. Ele um empresário que se candidata a prefeito de sua cidade, nada carismático. Seu assessor de marketing vê a oportunidade de associar sua imagem a de uma garotinha muito carismática. Sua popularidade sobe nas pesquisas, depois tem um final inusitado, a garotinha contamina o mau caráter do político.

 

  • Uns tem carisma outros não, o fator genético fala mais alto

O que prevalece é o que chamamos de personalidade natural e tem a ver com a genética. Há porém, a influência do ambiente, que chamamos de personalidade complementar. Estudiosos divergem quanto a contribuição dos fatores que caracterizam o natural e o complementar. Porém, desenvolver o carisma é possível, no que se refere a personalidade complementar,  o que precisa é de muita disposição e mudanças de  algumas crenças e até de valores, refletindo no seu comportamento e assim, ser percebido pelos outros. 

 

O carisma pode ser conquistado?

De forma autêntica, eu diria que sim. Um profissional que adquire autoridade técnica passa a ser uma referência e é respeitado por isso. Sua forma de solucionar problemas gera confiança nas pessoas, passa a ser uma referência profissional e influencia aquele que o consulta.

Da mesma forma uma pessoa com capacidade de relacionamento e que sabe lidar com crises e conflitos, nas situações difíceis é procurado pelos outros porque respeitam seu parecer sobre os assuntos. Confiam nas indicações que dá a solução do problema e será referência quando ocorre algum tipo de entrave. A sua forma de falar sobre o assunto, exerce fascínio naquele que o ouve e influencia as suas decisões.

 

Vejam nessas situações acima os elementos em negrito que definem o carisma. Também nos líderes. O propósito nesses casos é encantar e persuadir os outros de modo sutil. O indivíduo que classificamos como carismático, são pessoas notáveis, admiráveis e fascinantes. Essa é a percepção que terá.

 

  • O líder carismático é visto como uma pessoa notável, admirável e fascinante

Há certo grau de carisma em todos nós. Temos referências genéticas, estas mais difíceis de serem trabalhadas e também as referências ambientais, relativo às pessoas significativas que nos influenciaram na formação da nossa personalidade. Essas referências de ambiente é que podem ser trabalhadas, no meu entender.

 

E então, pode-se desenvolver o carisma?

 Não basta praticar a simpatia para ser carismático. A empatia pode ajudar, com algumas outras características acrescentadas.  Vejamos quais são as 10 características compostas de um líder carismático:

 

1º.  É o respeito que conquista e admiração como consequência.

2º.  A confiança que adquire e a segurança que transmite.

3º. O fascínio que exerce e a influência que promove.

4º.  A comunicação fácil e agradável e muito persuasiva.

5º.  A atratividade espontânea e o magnetismo pessoal.

6º. O encanto na forma de agir e a personalidade sedutora.

7º. As atitudes tomadas e os riscos assumidos.

8º. A busca de resultados e o desempenho incansável.

9º. As situações difíceis enfrentadas e o preparo para superá-las.

10º. Criar e inovar para gerar a admiração dos seus seguidores.

 

No meu curso de liderança ensino os participantes a descobrirem os drives motivacionais dos liderados e como influenciá-los, tornando-se um líder carismático.

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AJ Limão Ervilhaajlimao_signature

Empresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como Hospital Albert Einstein, Ford, Kibon, Philips, VOLVO.  Autor do livro Liderando Equipes para Otimizar Resultados, entre outros. Especialista em Criatividade Aplicada ao Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community.

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Liderança Transformacional, o que é?

Liderança Transformacional, o que é?

Liderança transformadora, carisma e inspiração como princípios.

 

A.J.Limão Ervilha

A liderança está se transformando em um processo mais colaborativo entre as pessoas.

Atualmente as pessoas se sustentam entre si para atingir seus objetivos. Diferente do que era em um passado não muito remoto, em que o ambiente era mais competitivo e o que interessava era chegar à frente sozinho. Esse trabalho tem como base os estudos sobre Liderança Transformacional desenvolvido por James McGregor Burns.

Essa visão de liderança coincide com as mudanças aceleradas da tecnologia e da sociedade e, por consequência provocam mudanças também nas organizações. A transformação cultural e as novas gerações desenvolvem uma nova relação entre o lazer e o trabalho.

Até o final do século passado, a liderança era um processo competitivo, tipo transacional (próximo artigo), ou seja, “líderes que valorizam o trabalho padronizado e as aplicam tarefas orientadas”, utilizam da “recompensa contingencial” onde o bom desempenho é recompensado quando as metas são atingidas e a punição é aplicada, quando o trabalho não corresponde aos padrões exigidos. Por exemplo, o líder não reconhece quando a equipe obtém bons resultados e, no entanto, aplica-se a punição quando ocorrem problemas, como o não atingimento de metas ou ainda ao simples fato de se chegar atrasado ao trabalho.

No tipo de liderança transacional a gestão é por exceção. Que pode ser ativo aplicando ações corretivas na ocorrência de “desvio padrão ou de regras” e quando não há obtenção de resultados. Ou passivo quando nada se faz nos casos em que os padrões estabelecidos não são cumpridos. Tem ainda outra caracterização que é pela postura laissez-faire, quando há omissão pura e simples de decisões e responsabilidades por parte do líder.

 

Agora a colaboração é que conta

O que caracteriza a liderança transformacional? Os líderes transformacionais lidam com os indivíduos, mais que a equipe. A equipe será a consequência natural dessas considerações individuais. Nesse líder há uma preocupação permanente com o desenvolvimento intelectual do seu liderado e compromisso com o seu crescimento pessoal. Esse líder tem como característica marcante o carisma.  Em breve postaremos um artigo sobre esse tema.

Esse líder é inspirador da equipe por partilhar sua visão, levando seus liderados a colocar energia no trabalho e a dedicar-se totalmente, pela percepção do todo e saber onde devem chegar. Ainda que haja o direcionamento para as operações e foco no desempenho, o alinhamento das ações está adequado à estratégia da organização.

Nessa liderança transformacional, parte das atribuições do líder passa para os liderados, já que a sua preocupação maior é o seu desenvolvimento. O liderado tem poderes para resolver os problemas que surgem na base da organização, quando estão em contato direto com o cliente. Por isso o empowerment é o instrumento fundamental para esse tipo de liderança. Propicia a autonomia com a delegação de poder de decisão, assim o liderado tem participação na gestão da empresa e obtém-se maior engajamento.

 

Líder transformacional e suas 4  características marcantes

Os líderes transformacionais possuem estas características:

  • Influenciador e idealizador
  • Inspirador e motivador
  • Estimulação intelectual
  • Consideração individualizada

 

Influenciadores e idealizadores

Para influenciar, descobre no liderado seus desejos de realização e alinham com a visão da empresa, transformando suas atividades em verdadeiras missões realizadoras. Ganham a confiança do indivíduo, porque demonstra o que ele deve fazer para atingir suas metas pessoais a medida que realizam a estratégia da empresa. São respeitados porque demonstram um sentido de cuidado e preocupação com as realizações individuais. Para isso tem muito carisma e está em permanente processo de evolução.

 

Inspiradores e motivadores

Para inspirar pessoas, são otimistas em tudo que fazem e dizem, envolvendo seus liderados em sua visão. Os desafios são lançados para despertar a energia realizadora do indivíduo e mobilizar positivamente a equipe. Descobrem os fatores motivacionais de cada elemento da equipe alinham com os da empresa e demonstram como obter um melhor futuro, para si e para a organização. Por isso são estimuladores tanto do liderado no seu universo de conquistas como da força realizadora da equipe.

 

Estimulação intelectual

Estimula um ambiente de inteligência criadora, de reflexões e estudo, de reflexões e atitudes. O espaço é para experimentação, sendo encorajados a encontrar soluções inovadoras para os problemas e melhorar continuadamente os processos e relações de trabalho. As soluções que são obtidas são permanentemente testadas e não há um único meio de se obter resultados. Todas as contribuições são encorajadas e estimuladas.

 

Consideração individualizada

A melhor performance é sempre objetivada e o desenvolvimento do liderado é um processo permanente para o líder, pois, visa atingir sempre os melhores níveis de produtividade. Esse líder utiliza de ferramentas como o coaching para desenvolver o liderado. Técnicas de training, para competências específicas e mentoring nos aconselhamentos e orientação dos seus planos individuais, sempre visa a performance individual que refletirá na da equipe, no atingimento de metas.

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A liderança transformacional foca o comprometimento das pessoas no longo prazo, e o carisma é essencial para inspirar, comunicar, cooperar, desenvolver, motivar, delegar, participar, que traduz em engajamento, do indivíduo e da equipe.

 

AJ Limão Ervilha

Empresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como Hospital Albert Einstein, Ford, Unilever, Mercedes-Benz, Philips, VOLVO.  Autor do livro Liderando Equipes para Otimizar Resultados, entre outros. Especialista em Criatividade Aplicada ao Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community.

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