Negociador

ESTRATÉGIAS DE NEGOCIAÇÃO ESSENCIAIS: TIPOS, TÁTICAS E TÉCNICAS PARA  SUCESSO GARANTIDO.

ESTRATÉGIAS DE NEGOCIAÇÃO ESSENCIAIS: TIPOS, TÁTICAS E TÉCNICAS PARA SUCESSO GARANTIDO.

Estratégias de Negociação Essenciais: Tipos, Táticas e Técnicas para o Sucesso Garantido.

 

AJ Limão Ervilha

Domine as estratégias, táticas e técnicas de negociação. Conheça os tipos (distributiva/integrativa) e as habilidades essenciais para ser um negociador de alta performance.

Negociar é preciso

Parafraseando Fernando Pessoa, “negociar é preciso” na família, na sociedade, internamente da empresa, na liderança e na gestão de equipes, em compras e suprimentos, em vendas, em negócios entre corporações, enfim em todas as atividades de interação humana.

Entendo que negociar é a segunda competência de um profissional, depois da comunicação. Assim, negociar é uma competência que envolve conhecimento, habilidade e atitude. E, pode ser desenvolvida por meio de estudo e prática.

 

| Você negocia todos os dias, mas será que sabe como fazer isso estrategicamente? |

O que são Estratégias de Negociação? Definição e Plano Geral

Estratégias de negociação consistem em conjuntos de métodos e práticas que orientam o processo de negociação, com o objetivo de garantir resultados positivos e satisfatórios para todos os participantes envolvidos no acordo.

Além disso, a escolha da estratégia adequada pode determinar o sucesso ou fracasso de uma negociação, influenciando diretamente o resultado e o nível de satisfação das partes envolvidas. O domínio dessas estratégias permite adaptar-se às circunstâncias e aos perfis dos negociadores, tornando o processo mais eficiente e alinhado aos objetivos desejados. Desse modo, estratégia é o plano geral de uma negociação.

Para facilitar o entendimento, imaginem a negociação como uma ponte que atravessa o vale e que leva de uma montanha (onde estou), proposta, para outra (onde quero chegar), acordo.

 

A Analogia Definitiva da Negociação:

✔️  A ESTRATÉGIA é o Tipo de Ponte escolhido, o plano geral

✔️  As TÉCNICA são os Pilares e Vigas, os métodos estruturados que dão   sustentação: BATNA, ZOPA…

✔️  As TÁTICAS são as Manobras e Ajustes, feitos durante a obra, a ação pontual em tempo real.

✔️  As HABILIDADES são as Destrezas e Práticas, dos executores no trabalho.

✔️  O PERFIL do negociador é o Engenheiro e o Alicerce, quem domina e executa o projeto.

Analogia da construção da ponte com a negociação.

Tipos de Estratégias de Negociação: O Modelo Thomas-Kilmann (TKI)

Durante uma negociação, pensa-se qual é a melhor forma de atingir os objetivos, levando em consideração o ambiente, o oponente, as dificuldades a serem superadas. Utilizando a analogia da ponte, deve-se levar em conta o outro lado da sustentação, observar a natureza do terreno, o vão a ser superado, os ventos, as vibrações e tudo mais. Dessa forma o tipo de ponte mais apropriada a ser construída poderá ser estaiada, pênsil, arco, viga ou treliça.

Em negociação utilizamos alguns estudos que embasam os tipos de estratégias a serem aplicadas. Por definição a negociação é um conflito de interesses entre as partes. Um lado quer alguma coisa e outro lado quer outra coisa.

 

 

Como lidar com conflitos segundo o modelo Thomas-Kilmann

A forma de obter esses interesses pode ser:

  • Impositiva: quando somente um lado ganha ou leva vantagem.
  • Colaborativa: quando ambos ganham ou levam vantagens.
  • Conciliativa: quando chegam ao meio termo, ganhando e cedendo em partes.
  • Acomodativa: quando um lado cede seus interesses para o outro.
  • Evitativa: quando não há confronto sobre os interesses.

O estudo de Kenneth Thomas e Ralph Kilmann, avalia a maneira de como as pessoas lidam com conflitos. O instrumento desenvolvido é o de Modalidade de Conflito Thomas-Kilmann (TKI). Esse estudo modula o comportamento humano em duas dimensões que são a assertividade (seu interesse) e a cooperatividade (interesse do outro). Desse estudo, resultou 5 modalidades de comportamento: Competir, Colaborar, Conciliar, Acomodar e Evitar.

Para melhor visualização, observe a Matriz Thomas-Kilmann:

Modelo Thomas-Kilmann  - tki. Eixos cartesianos Assertividade e Cooperatividade

Matriz Situacional de Negociação: Guia Estratégico (Shell)”.

Vejamos como aplicar a matriz situacional a partir do Instrumento TKI, visto anteriormente, como um guia estratégico para o planejamento de uma negociação.

O Professor   G. Richard Shell, JD    da Wharton School Executive Education, com base no TKI, elaborou uma matriz como guia estratégico. Considera-se nessa matriz, duas variáveis, a primeira relativa a Conflitos Percebidos com Relação a Riscos (alto ou baixo) e a segunda com relação a Importância Percebida Futuros Relacionamentos (alto ou baixo).

É possível visualizar as combinações e classificar o tipo da estratégia a ser adotada:

I – Preocupação balanceadas

Se riscos de conflitos e importância de futuro relacionamento, forem altas. A análise para essa estratégia será sobre a continuidade dos negócios.

Exemplos:

  • Contratos de longo prazo com a outra parte, parcerias onde há interesses de ambas as partes.
  • Terceirizações em que há uma coabitação em termos de realização de serviço e espaço físico comum.

O melhor estilo que determina a estratégia, portanto é o Colaborar e se houver qualquer conflito, deve utilizar o estilo Conciliar, buscando um consenso nas possíveis divergências.

II – Relacionamento

Caso seja necessário manter o risco baixo de conflito e a importância de relacionamento futuro for alto. A análise neste ponto é buscar o consenso como solução e em algumas situações, ceder, para que não haja rompimento do relacionamento.

Exemplos:

  • Negociações que envolve uma sociedade,
  • Esquipes de trabalho e,
  • Casamento.

O melhor estilo neste caso é: Conciliar como primeira opção. Acomodar como segunda opção, caso não haja consenso.

III – Transação

Se for de conflito com risco alto e continuidade de relacionamento baixo. A análise nesta negociação, para aplicar o estilo é a de obter o melhor resultado possível naquela negociação.

Exemplo:

  • Transação no mercado que seja spot (única),
  • Venda (ou compra) de uma casa,
  • Divórcio.

Neste caso é tirar a máxima vantagem daquela situação, o melhor estilo é: Competir.

IV – Acordos tácitos

Se neste caso riscos de conflitos e de relacionamento forem baixos. A análise é o que está estabelecido no contexto. Muitas vezes não há necessidade de formalizar tudo. Muitas situações são implícitas, é um entendimento silencioso, onde as partes se alinham sem precisar escrever.

Exemplo:

  • Não contesta uma condição implícita, mas também não a reforça — isso evita confrontos e mantém o fluxo da negociação.

O melhor estilo neste caso é: Evitar.

Matriz Situacional – Guia Estratégico (Shell)

Em negociação, essas são as estratégias básicas. Qualquer outro tipo, que venham a apresentar sempre se encaixarão nessas modalidades.

Abordagem de Negociação Distributiva: Quando Usar e Riscos

A abordagem distributiva é de competição, ou seja, para que um lado ganhe, o outro tem que perder. A forma de definir essa estratégia é a de transação, quando será feita somente uma negociação e esta não se repetirá. Pode ser citado, como aquisição de um imóvel. Transação única e possivelmente não negociará com aquele corretor novamente. Nesse caso, a estratégia é obter tudo que puder.

Vejamos esta situação: Alguém quer vender um carro por um determinado valor. Ele quer obter o máximo que puder, nessa venda. Porém, já está a algum tempo oferecendo no mercado e não aparece pretendente. Um determinado revendedor oferece 60% do valor pretendido. Este, pela necessidade do dinheiro, aceita a contraproposta. Somente um lado levou vantagem, o outro ficou em desvantagem. É o que define um fechamento de negociação Perde-ganha. Nesse caso quem vende o carro perdeu enquanto o quem compra ganhou.

Abordagem de Negociação: Distributiva e Integrativa

Abordagem de Negociação Integrativa: Conceito, Confiança e o Ganha-Ganha

Já a negociação integrativa é baseada em colaboração e confiança e são as melhores estratégias para negociação: ganha-ganha.

As partes buscam criar valor juntas. Em vez de focar apenas em ganhos individuais, ela procura soluções criativas que beneficiem ambos os lados, transformando situações de “ganha-perde” em acordos de ganha-ganha.

Apesar de seus limites, o desafio está em criar e reivindicar valor ao mesmo tempo. Um ponto crítico é que muitos negociadores evitam compartilhar informações, mas esse tipo de negociação depende justamente da revelação de interesses e preferências.

O diferencial da negociação integrativa é a construção de relacionamentos de longo prazo, preparando terreno para futuras negociações mais produtivas e sustentáveis.

O exemplo da venda de um carro, que vimos anteriormente. Procura por um revendedor diz quanto quer no seu carro usado, o vendedor pergunta: “Você vai trocar por um carro zero quilômetro?”  Se a resposta for sim, ele propõe: “Se você levar este modelo, com tais acessórios e conforto, posso pagar o preço que quer!” Portanto, paga o valor que quer obter pelo carro usado, (ganhou). Leva um carro zero quilômetro, com mais acessórios, mais caro, porém compensou a diferença, devido ao valor obtido no carro usado.

Dessa forma os dois lados chegaram em entendimento de ganhos e vantagens mútuas. É o que se denomina: Ganha-ganha, ou Vantagem-vantagem, na tese do livro de minha autoria: Negociando em Qualquer Situação, editado pela Saraiva.

Este artigo, intitulado O que é Negociação Integrativa da Harvard Business School explica a diferença entre negociação distributiva e negociação integrativa, caso queiram aprofundar seus conhecimentos.

 

Técnicas de Negociação: Métodos Estruturados e a Metodologia Harvard

Técnicas de negociação são métodos estruturados usados para executar tarefas específicas dentro de uma negociação. Elas ajudam a organizar o processo, tornando as decisões mais claras e eficientes. Diferente de regras rígidas, as técnicas funcionam como ferramentas neutras que podem ser aplicadas em diferentes situações.

Essas técnicas fazem parte de um plano maior — a estratégia — e são menos flexíveis, pois seguem um modelo definido de ação. Elas mostram como executar uma etapa da negociação de forma prática e objetiva.

Estes são os elementos estruturais do Projeto de Negociação de Harvard, de autoria dos professores Bob Fisher, Willian Ury e Bruce Patton, que escreveram o livro Como Chegando ao Sim. A metodologia envolve Princípios e Técnicas.

Princípios:

✔️ Separar o problema da pessoa;

✔️ Focar nos interesses e não nas posições declaradas;

✔️ Utilizar critérios objetivos;

✔️ Gerar opções, criar valor;

Técnicas:

✔️ MESO (Múltiplas Ofertas Equivalentes Simultâneas);

✔️ MDO – (Resultado mais desejável);

✔️ LAA – (Acordo menos aceitável);

✔️ ZOPA – (Zona de Possível Acordo);

✔️ BATNA (Melhor Alternativa para um Acordo Negociado);

✔️ WATNA (Pior Alternativa para um Acordo Negociado).

Infográfico sobre Metodologia de negociação de Harvard – Princípios e TécnicasI Métodos estruturados para executar tarefas específicas |

Diferença entre Tática e Técnica de Negociação

A maior dificuldade que os profissionais encontram é entender a diferença entre tática e técnica de negociação, o que levanta a questão de como aplicar a técnica BATNA na prática.

Como Aplicar as Técnicas Fundamentais: BATNA, ZOPA e MESO na Prática

A maior dificuldade é entender a diferença entre tática e técnica de negociação, e como aplicar a técnica BATNA na prática. O negociador de sucesso utiliza o BATNA para definir seu poder e o ZOPA para identificar o espaço de manobra.

Técnica Nome Função Essencial
BATNA Best Alternative to a Negotiated Agreement  (Melhor Alternativa para um Acordo Negociado) Define o poder do negociador, estabelecendo seu Preço de Reserva    (o limite aceitável antes de abandonar a mesa).
ZOPA Zone of Possible Agreement (Zona de Possível Acordo) É o intervalo de sobreposição entre o ponto de reserva do Comprador e o ponto de reserva do Vendedor.
MESO Multiple Equivalent Simultaneous Offers (Múltiplas Ofertas Equivalentes Simultâneas) Geração de opções com o mesmo valor para você, mas valores diferentes para a outra parte, para descobrir suas prioridades.

 Exemplo Prático: Negociação de Software CRM

Considere o CEO de uma startup (Comprador) negociando um software CRM.

  1. Exemplo de Aplicação da BATNA (Âncora de Poder)

A BATNA funciona como sua âncora de poder e define o Preço de Reserva (Limite Aceitável).

Etapa Ação do CEO (Comprador) Valor
Proposta Inicial Proposta do Fornecedor (TechLemon) R$ 120.000
Cálculo da BATNA Contratar software concorrente                    (R$ 60.000) + Desenvolvedor Júnior         (R$ 30.000) R$ 90.000
Preço de Reserva (LAA) O BATNA () torna-se o limite máximo          de gasto. R$ 90.000

 

A Execução Tática: Quando o fornecedor manteve o preço em R$ 110.000, o CEO utilizou sua BATNA de forma tática:

“Compreendo o valor do seu produto, mas R$ 110.000 está fora do nosso orçamento. Nosso limite é R$ 90.000. Se não pudermos chegar a um valor viável, seremos forçados a seguir com uma alternativa interna/híbrida, cujo custo total é nosso teto.”

O Resultado: O fornecedor, percebendo a firmeza e o embasamento lógico do CEO, reduziu o preço para R$ 95.000 em um contrato de três anos.

  • O acordo final (R$ 95.000) foi aceito, pois é superior à alternativa do CEO (R$ 90.000).
  • A BATNA, embora não tenha sido executada, forçou a redução de R$ 25.000 na proposta original, provando que o poder de negociação reside na sua capacidade de sair da mesa.
  1. Exemplo de Aplicação da ZOPA (Zona de Possível Acordo)

A ZOPA é o espaço onde a negociação pode resultar em acordo.

Parte Limite (Preço de Reserva) Descrição
Comprador (CEO) Máximo a Pagar:                                    R$ 90.000 (Seu BATNA) Acima deste valor, o CEO prefere sua alternativa.
Vendedor (TechLemon) Mínimo a Receber:                             R$ 75.000 (Custo + Margem Mínima) Abaixo deste valor, o fornecedor não fecha o negócio.

 

A Execução Tática e a Expansão do Valor:

  1. A TechLemon propõe R$ 110.000. O CEO usa o BATNA (R$ 90.000) como âncora para forçar o fornecedor a entrar na ZOPA.
  2. O fornecedor, percebendo que R$ 90.000 era o ponto de ruptura do CEO, baixou a proposta para R$ 95.000, mas ofereceu um contrato de três anos como benefício adicional.
  3. O acordo final (R$ 95.000) ficou R$ 5.000 acima da ZOPA estabelecida (R$ 90.000), mas foi aceito.

Conclusão: A ZOPA não é estática. A inclusão de um benefício adicional (contrato de longo prazo) transformou a negociação, expandindo o valor e permitindo que o preço se movesse ligeiramente além do limite inicial.

  • O BATNA define seu poder de saída.
  • A ZOPA define seu espaço de ganho.

| As técnicas dão segurança e consistência à negociação |

                                                   Infográfico sobre as técnicas de negociação de Harvard BATNA e ZOPA

Táticas de Negociação: Diferença entre Tática e Técnica e Exemplos de Aplicação

Táticas são as ações pontuais aplicadas durante a utilização das técnicas, no processo da negociação e de acordo com a estratégia (tipo de ponte). São aplicadas em um determinado momento, para obter uma mudança de comportamento. Caracteriza- por uma pressão psicológica, durante a comunicação e que pode ser verbal ou não verbal.

A principal função de uma tática em negociação é obter algo ou rechaçar algo que o outro quer, em tempo real. Visa influenciar a outra parte e existe uma série de táticas, como se fosse uma caixa de ferramentas, para serem aplicadas quando for oportuno.

| Táticas são as “Ações pontuais aplicadas em tempo real” |

 

Como quebrar impasse em negociação

Entre essas diversas táticas, podemos enumerar: Silêncio, adiamento, tempo para pensar, drible, ultimato, blefe, intimidação, ameaça, consulta ao superior, autoridade limitada, enfim, muitas podem ser utilizadas no desenrolar da negociação.

Exemplos de Táticas de Negociação e Antitáticas Comuns

A tática mais conhecida no dia a dia é a de pechinchar. Se aplica em determinado momento, nunca no início, mas no momento do fechamento de um negócio. O objetivo, neste caso é estabelecer uma vantagem.

Por exemplo: No momento do fechamento da compra de um terno, depois do vendedor gastar tempo no atendimento e no exato momento em que vai fechar o pedido, aplica-se a tática, com um gesto de mão espalmada para baixo, sobre a roupa, diz: “Mas a gravata, vai me dar como brinde, certo?

O vendedor pensa: 1. Se não der o brinde, pode não levar o terno. 2. O valor da gravata é muito baixo, comparado ao terno. 3. Se der a gravata, posso conquistá-lo como cliente.  Essa é uma pressão psicológica que é feita pontualmente. A possibilidade de ganhar (vantagem) a gravata é grande. Do contrário o esforço do vendedor para não dar e contra-argumentar será maior ainda.

As táticas estão sedimentadas em três variáveis básicas de negociação: Informação, tempo e poder.

Por exemplo tática de tempo: “Data limite”. O vendedor pergunta ao comprador: “Qual é a data limite para esta compra?” Ao saber o dead line, ele poderá esgotar o tempo e fechar na véspera da data, limitando a possibilidade de negociar com outros fornecedores.

Nesse caso, caberia ao comprador uma antitática (caixa de ferramentas), o “drible”. Precisa comprar até o dia dez, mas responde que o limite é até o dia cinco.  Se o representante tentar esgotar o tempo, o comprador terá de reserva cinco dias, para qualquer contingência.

Por exemplo tática de informação: O comprador sabe do preço menor aplicado em outra negociação. “Por que esse preço, se fechou com meu concorrente 8% menor?”

Outro exemplo de tática de poder limitado:  Uma declaração por exemplo: “Antes, preciso consultar meu superior.” Na verdade, o que está fazendo é diminuir a expectativa do outro.

Constitui, portanto, em um conjunto de recursos, que pode ser aplicado a qualquer momento. Imagine uma caixa de ferramentas, que poderá ser escolhida a melhor, a ser aplica naquele momento.

Habilidades Essenciais do Negociador: Escuta Ativa, IE e Persuasão

A distinção é fundamental entre habilidades pessoais inatas ou desenvolvidas (capacidades) e técnicas estruturadas (métodos), utilizadas no processo de negociação. No meu entender a confusão desses termos em artigos muitas vezes reflete o fato de que uma negociação eficaz requer uma combinação de ambas, dessa forma, se confundem na prática.

 

A Escuta Ativa como Habilidade Dominante: Como Desenvolver e Aplicar

 

Habilidades são capacidades pessoais, frequentemente interpessoais ou “soft skills”, que um negociador desenvolve e prática ao longo do tempo. Elas estão relacionadas a como uma pessoa se comporta e interage durante o processo de negociação. A comunicação, como já mencionamos anteriormente, é a habilidade dominante nas negociações.

  • Habilidade de Comunicação:

Implica em falar (emissão) e ouvir (recepção). Incuii a mensagem (conteúdo). Encerra um conjunto de habilidades que engloba formas verbais: conversar, argumentar, convencer, persuadir e formas não verbais: expressão corporal, facial, gestual, resumindo, comunicação consciente e inconsciente.

  • Habilidade de Escuta Ativa:

Um desdobramento da habilidade de comunicação, crucial porque envolve concentrar-se totalmente no interlocutor, compreender, responder e, em seguida, lembrar o que está sendo dito. Seus comportamentos associados, por exemplo, refrasear, fazer perguntas para esclarecer, (usar linguagem corporal receptiva, adiar o julgamento) às vezes são chamados de “técnicas de escuta ativa” em um sentido comportamental.

  • Persuasão:

Capacidade de influenciar a outra parte (convencer, induzir), quanto a sua proposta. Cria-se uma linha de raciocínio e convence por meio da lógica do pensamento, ou induz a outra parte a pensar da forma proposta.

  • Inteligência Emocional:

Capacidade de gerenciar suas próprias emoções (autocontrole) e reconhecer os sentimentos dos outros (percepção).

  • Empatia:

Capacidade de compreender e compartilhar os sentimentos da outra parte, como se diz, “calçar o sapato do outro”, isto é, se colocar no lugar dele

Entre outras, que podem ser enumeradas e essenciais para a boa negociação.

 

| Essas habilidades são as bases que permitem a aplicação eficaz das técnicas |

 

 

Como Desenvolver Habilidades de Negociação

Em uma situação em que se trabalha a técnica: MESO – Múltiplas Ofertas Equivalentes Simultâneas, aplicando a tática de Concessões mútuas, a utilização da habilidade de escuta ativa é essencial. Veja o exemplo:

Habilidade de escuta ativa.

O outro negociador oponente diz: “Não posso concordar com sua proposta, nesse preço e quantidade que propõe.”

O negociador: “Entendo que esses valores e volumes não atendem às suas condições atuais. Isso faz sentido para mim (habilidade de escuta ativa). Podemos então, explorar juntos alternativas que se ajustem melhor às suas expectativas? (Técnica MESO). Talvez revisar a quantidade ou incluir algum benefício adicional possa tornar o acordo viável para ambos (Tática de concessões mútuas).”

O Perfil do Negociador de Alto Desempenho: A Tríade Essencial

O sucesso em negociação transcende o domínio de estratégias, táticas e técnicas; ele reside fundamentalmente no perfil do indivíduo que as executa. Um negociador de alto desempenho é, acima de tudo, um gerente de processo e de relacionamento, dotado de uma tríade de características interligadas: uma estrutura de personalidade sólida, drives motivacionais claros e competências aprimoradas.

  1. A Estrutura de Personalidade: O Alicerce da Calma

Em ambientes de alta pressão, o desempenho é sustentado por traços de personalidade que favorecem o raciocínio claro e o controle emocional. O negociador de elite exibe uma Assertividade Calma, que permite a defesa firme de seus interesses sem cair na agressividade, mantendo o respeito mútuo. Sua Alta Conscienciosidade garante uma preparação exaustiva (o fator número um de sucesso), enquanto a Resiliência e Persistência permitem que ele veja os impasses não como falhas, mas como desafios que requerem soluções criativas. Mais crucialmente, a Baixa Reatividade Emocional é o traço que assegura a tomada de decisão racional, impedindo que a pressão tática da outra parte dite o curso do acordo.

  1. Drives Motivacionais: O Impulso pela Solução Ótima

O que move o negociador de alto desempenho não é apenas a vitória pessoal, mas sim a busca pela solução ótima. Seu principal drive é a Motivação para Solucionar, onde o objetivo é maximizar o valor total do acordo para ambas as partes, garantindo a sustentabilidade do relacionamento. Essa orientação para o Foco em Metas Claras é combinada com uma insaciável Busca por Conhecimento e Informação, reconhecendo que o poder na mesa de negociação está diretamente ligado à profundidade e à qualidade dos dados que possui.

  1. Competências Necessárias: A Execução Habilidosa

As habilidades do negociador transformam o potencial em resultado.

  • Competências Estratégicas: O Planejamento Exaustivo é a base, mas a flexibilidade é a chave. A capacidade de Criação de Valor (Geração de Opções), expandindo o escopo do acordo para atender a múltiplos interesses subjacentes, é o que separa o negociador tático do estrategista.
  • Competências Interpessoais: Nenhuma habilidade é mais vital do que a Escuta Ativa. Ela permite ao negociador ir além das posições declaradas e identificar os interesses reais do oponente. Essa escuta é combinada com a Comunicação Persuasiva e Empática, uma ponte que constrói rapport e confiança, fundamentais para navegar em momentos de conflito e garantir que ambas as partes se sintam ouvidas e compreendidas.

Infográfico sobre as técnicas de negociação de Harvard BATNA e ZOPA

O negociador de alto desempenho é um profissional que domina a si mesmo antes de tentar dominar o ambiente. Ele utiliza técnicas com a cabeça fria da personalidade resiliente, impulsionado pela vontade de solucionar de seus drives, e executando com as mãos habilidosas de suas competências interpessoais e estratégicas.

 

Treinamento para Negociador de Alta Performance

 

A questão central sobre se o negociador de alto desempenho é nato ou desenvolvido tem uma resposta enfática: é desenvolvido. A excelência em negociação não é um traço fixo, mas sim uma habilidade cultivável que pode ser sistematicamente aprimorada em qualquer profissional.

✔️ Alinhamento da Personalidade:

Embora traços como resiliência e baixa reatividade emocional sejam intrínsecos, eles podem ser gerenciados e fortalecidos por meio de autoconhecimento e treinamento de controle emocional. O profissional aprende a alavancar seus pontos fortes de personalidade e a mitigar os vieses que possam prejudicar o julgamento racional.

✔️ Fomento dos Drives Motivacionais:

O profissional é incentivado a internalizar a Motivação pela Solução Ótima (Win-Win) e a Busca Incansável por Informação. Isso se traduz no desenvolvimento de um mindset de valorização mútua, afastando a visão transacional de soma zero e abraçando uma abordagem estratégica de longo prazo.

✔️ Desenvolvimento das Competências:

Esta é a etapa mais prática. Por meio de treinamento e simulações, o profissional adquire e aprimora as ferramentas necessárias. Isso inclui o domínio das melhores estratégias (como as baseadas em interesses), o domínio das técnicas mais eficazes (como a escuta ativa e o framing) e o uso ético das táticas negociais. O aprimoramento contínuo da Escuta Ativa, da Comunicação Persuasiva e da Habilidade de Criação de Valor transforma a teoria em desempenho prático.

     Comente abaixo e receba gratuitamente um teste de Perfil Negocial       

Conclusão

A aquisição de instrumentos e ferramentas – seja por meio de cursos de Negociação Avançada – fará com que aplique as Estratégias apropriadas a situação, utilize as melhores Táticas com as Técnicas certas e Habilidades adaptáveis, ou a Mentoria ADPM6X. Torne-se um Negociador de Alto Desempenho com prática guiada, aplicabilidade imediata e certificação de Expert em Negociação.

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     “QUERO ME TORNAR UM EXPERT EM NEGOCIAÇÃO! (Inscrição Imediata)”       

AJ Limão Ervilha 

Empresário, professor, escritor, palestrante, consultor há mais de 25 anos em organizações como @Ambev, @Coca-Cola, @Duratex, @Hospital Albert Einstein, @Mercedes-Benz, @Philips, @Renault do Brasil, @Unilever, @Volvo.

Professor de pós-Graduação e Mestrado pela New York State University.

Autor dos livros: @Liderando Equipes, @Negocie Bem, @Negociando em Qualquer Situação (Ed Saraiva), @Habilidades de Negociação, @Persuasão Oculta (Ed Nobel.

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Quer saber como liderar a Editora Abril em crise?

Quer saber como liderar a Editora Abril em crise?

Liderar uma empresa com a dimensão da Editora Abril, não é uma tarefa fácil, imagine liderar o Grupo Abril em crise!  Vendida pela família Civita pela quantia simbólica de 100 mil reais, a Fábio Carvalho mostra a difícil tarefa que esse líder terá pela frente.

Se você quer saber qual é o tipo de líder ideal e como liderar empresas em crises, agora tem um artigo que mostrará como fazer. Leia este conteúdo de como liderar líderes, exemplo de liderar empresa em crise, veja os 3 princípios e as 7 habilidades necessárias, para ter sucesso.

A questão é que líderes lideram negócios que bons gestores perpetuam

E a realidade neste caso é a transformação do negócio editorial que vem ocorrendo em todo mundo e a capacidade dos líderes compreenderem esses horizontes para promoverem a transformação na empresa, compreendendo as “dores” do novo consumidor e as formas de “aliviar essas dores”, com tecnologia atualizada, construindo valores que favorecem o consumo. Fazer uma revista mais bonita visualmente, com melhorias na diagramação e adequação editorial não são inovações suficientes. Liderar o negócio e gerir bem é que faz a diferença.

“Veja” a minha “realidade” que é a mesma de outros leitores

Quando garoto, sedento por informações, comecei a comprar e colecionar a revista Realidade, revolucionária publicação da Editora Abril com conteúdo editorial impecável àquela época. Superava as revistas: Cruzeiro e Manchete de então. Fotos e reportagens primorosas da nova revista quebravam paradigmas. Muitos devem lembrar-se da capa de Rose Di Primo nua, sentada em uma boia, em uma piscina; fotos de um parto real; Pelé com chapéu dos guardas ingleses. Aguçavam minha curiosidade e eram muito ousadas para a época.

Seguiam-se outros sucessos da Editora Abril, como Claudia, 4 Rodas, Veja, Exame, sempre ligados a cultura, história e desenvolvimento econômico deste país. Durante muitos anos assinei as revistas Veja, depois a Exame, minhas fontes de informações e atualizações de então.

Capas-Abril

Quando surgiu a internet com revistas eletrônicas e, com a possibilidade de consultas em bibliotecas do mundo inteiro, por meio do Google fui deixando todas as revistas impressas de lado, incluindo as da Editora Abril.

Os livros de minha autoria, publicados pelas Editoras: Nobel e depois pela Saraiva passam por transformações também e, procuro por novas mídias para escrever e editar minhas ideias. As livrarias e editoras estão sofrendo também com as novas mídias e novos hábitos de leituras.

Líderes formidáveis enxergam além dos horizontes

Victor Civita à sua época enxergou além dos seus horizontes, quando criou a Editora Abril. Porém, os líderes atuais da Editora Abril não acompanharam leitores como eu e muitos outros dos novos tempos. Também a tendência de consumo de informações das novas gerações mais dinâmicas e as mudanças tecnológicas bem mais rápidas.

Como muitas das mídias impressas a Editora Abril não conseguiu acompanhar a revolução digital, e foram perdendo sua importância no mundo editorial. Foram feitas adaptações e não enxergaram as transformações necessárias. As editoras como a Saraiva, livrarias como a FNAC, a Cultura, demoraram muito para perceber as transformações que a Amazon.com na liderança de Jeff Bezos, vem fazendo já há algum tempo.

O final não podia ser diferente desse que estamos vendo. O Grupo Abril é vendido após pedido de recuperação judicial.

Surge um novo líder nessa oportunidade?

Em um dos meus últimos artigos, digo que existem líderes surgem nas crises e, que estas são vistas por  eles como oportunidades, esse também é um pensamento de Fábio Carvalho.

Sao Paulo - 18/12/2018 - Fabio Carvalho, da Legion Holdings. foto: Masao Goto Filho / divulgação

Sao Paulo – 18/12/2018 – Fabio Carvalho, da Legion Holdings. foto: Masao Goto Filho / divulgação

Esse é o momento da figura do Empresário Fábio Carvalho, que negociou a Abril, assumindo sua dívida bilionária de R$ 1,6 bilhão. Um empresário especializado em comprar empresas insolventes para recuperá-las. Fábio Carvalho fez isso com a Casa & Vídeo e em seguida com a Leader Magazine. Intitula-se um “empreendedor que faz criação e transformação”. Começou sua carreira, como administrador, recuperador de dívidas e advogado. Vê na crise uma grande oportunidade, pois, todos querem resolver o problema. Fábio Carvalho enxerga a empresa como um conjunto de contratos e que na crise eles estão se esfacelando pela falta de recursos que não dá para pagar todos os credores e o que precisa fazer é renegociar todos esses contratos. Para Fábio Carvalho há boa vontade nesse momento.

Somente a gestão de custos e despesas resolverá?

Por quanto tempo poderá um negócio em vias de transição durar? A questão é que o Grupo Abril representa uma grande massa de negócio e o que Fabio propõe é renegociar contratos e administrar rigorosamente a crise na Editora. Enxugar custos e diminuir despesas, em ambiente de receita em processo de redução não perpetuará o negócio.  Que produtos poderão ser criados em mídia impressa e em diminuição?

Não vejo alternativas a não ser inovar tecnologicamente, compreender o consumo de informações e o processo de busca desses novos consumidores.

Liderança com inovação é a solução

Eu passei por isso em uma empresa de mídia fonográfica, quando estive a frente da gravadora Continental/Chantecler a Gravações Elétricas. O mundo do vinil e das fitas cassetes deteriorava com a pirataria reinante, iniciava a nova tecnologia dos CDs digitais, que supostamente estancaria o vazamento de cerca de 60% da receita, do negócio do setor.

Na época eu disse ao então presidente e acionista majoritário que imaginava uma central que armazenaria todas as músicas e o ouvinte, baixaria em sua casa, em um aparelho, programando aquela que quisesse ouvir. A resposta dele na época foi: “Limão, você está louco, isso nunca acontecerá”. Não demorou muito para surgir o Napster um streaming da Rapsódia Internacional, em 1999, que permitia compartilhar arquivos no formato MP3, possibilitando download, compartilhando na internet. Em 2001 cerca de 20 milhões de músicas eram trocadas simultaneamente de computador a computador. Esse primeiro e grande episódio tornou o negócio fonográfico totalmente obsoleto. De nada adiantou as gravadoras processarem a Napster. Ela sobrevive vendendo arquivos de músicas, agora, respeitando-se todos os direitos envolvidos.

O que foi feito para não morrer?

Na época, contratos foram enxugados, o cast foi reduzido de 420 artistas, para apenas 98. Os lançamentos mensais eram planejados, sendo um astro, um artista revelação, e dois artistas potenciais com trabalhos programados. Os “jabás” junto às rádios e tvs, foram reduzidos a zero, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo e, o trabalho passou a ser feito em rádios do interior do país, sem custos de divulgação, somente trabalhado pelos divulgadores.

O concorrente como aliado

A fábrica no Rio de Janeiro foi vendida, não valia a pena qualquer atualização tecnológica em um negócio em transição. A prensagem passou a ser feita na maior concorrente de então, a RCA. A missão era preparar a empresa para ser vendida. Com essas medidas, a gravadora sai do 5º. lugar em faturamento entre as gravadoras que operavam no mercado nacional, chegando ao 2º. Lugar no mercado fonográfico. A MPB, o Rock, o Samba, estava em baixa e esses artistas não faziam parte de nosso cast que era formado basicamente por artistas regionais como os sertanejos: Leandro & Leonardo, Roberta Miranda, João Paulo e Daniel, Gean e Giovani, Milionário e José Rico. Mantidos os principais artistas de Forró: Genival Lacerda e outros. As bandas de Axé Music: Olodum, Chiclete com Banana, Banda Mel. Os Bregas Românticos: Amado Batista, Alípio Martins etc.

Assédio das grandes gravadoras internacionais

Esses artistas vendiam acima de 100 mil cópias, número que os grandes nomes, os gigantes da MPB, as bandas de Rock e os Sambistas não conseguiam atingir na época. Leandro & Leonardo atingiu a marca de 2 milhões de discos por lançamento.

Somente a parte software da empresa foi vendida, ou seja, contratos relativos ao cast e o acervo da Gravadora, para a Warner Music Brasil, composto pelos selos: Continental e Chantecler, mantendo todo ativo imobilizado.  O momento foi preciso, o que se seguiu nesse mercado, vocês acompanharam, desde então.

Liderando líderes, esse é o líder

Fabio tem consciência da importância da empresa negociada, o Grupo da Editora Abril, como disse: “não temos dúvidas dos méritos e qualidades que permeiam as companhias do grupo e quem serão os pilares sobre os quais nos apoiaremos para superar os grandes desafios que se apresentam”.

Já pensou em nomes para assumir o cargo de Publisher, buscando profissionais com experiência em jornalismo. Portanto não terá uma postura ativa a frente da Editora Abril. Será o empresário. A forma de condução do Grupo, do board determinará a sua liderança. Fábio Carvalho pensa que numa empresa, os outros líderes terão o mesmo propósito da recuperação da empresa e isso une as pessoas. Esse é um bom momento para observarmos isso, nós que estudamos liderança.

Um time de líderes

Sobre o time, ele diz que há muitos profissionais com “curriculum bem arrumadinho”, sem interrupções e todo sequencial. Ele procura por aqueles que passaram por dificuldades, na sua percepção o fracasso ensina muito. Como ele diz:

Crise é momento de depuração

Procura por personalidades, não por gestores. Sobre isso, há um trecho em um livro da minha autoria que menciono uma entrevista de Jack Welch em que ele destaca que líderes que passaram por dificuldades na sua infância e adolescência, tem o edge necessário para liderar.

Cita alguns estudiosos documentando o que fala. Confira nesse meu livro no capítulo: Tomada de Decisão, em que abordo esse assunto.

Liderar pessoas inteligentes, realizadoras e instruídas

Tenho um curso que construo esse conteúdo: Liderando Líderes, em que mostra a importância daqueles que tem que liderar outros líderes. Ou seja, no ambiente de empresa um líder lidera outros líderes e que são pessoas instruídas, realizadoras, capacitadas, construtivas e inteligentes. Como fazê-lo? Essa será a grande habilidade que Fábio Carvalho terá que provar.

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Até aqui tem demonstrado fazê-lo muito bem, nas duas experiências que realizou. Evidentemente a dimensão do Grupo da Editora Abril com um faturamento de 4 bilhões de reais e que empregam 46 mil pessoas, é bem maior que a que teve até agora e exigirá muito da simplicidade de pensamento e comunicação que tem. Quando perguntado sobre como fará, sua linha de pensamento não é complexa, demonstra a mecânica do processo que é compreensível e realizável. Suas explicações são claras e facilmente assimiladas.

Líderes engajados

Ele diz que no ambiente de uma empresa em crise, existem muitos profissionais motivados e se engajam no propósito da transformação. Existem muitos talentos dentro da empresa e que estão engajados. Para formar o time, traz de fora outros, também talentosos e que aceitam o desafio num momento em que se ganha pouco e tem muitos problemas pela frente. Essas pessoas entendem que ganhar dinheiro ocorre eventualmente e se não ganharam, tem a satisfação da grande transformação. Essas são suas lições com base em sua experiência.

Empreender, segundo Fábio “é simples, não tem a ver com ser fácil”. “O mundo vende muita complicação. Tem que ter uma dose de coragem, uma visão legitima que vai criar”.

“Tem que aceitar que as vezes dá e as vezes não dá”.

As Lições para liderar líderes

Para liderar outros líderes, apresento em meu curso, 3 princípios e 7 habilidades, que devem ser observadas. Estas são contribuições para os líderes que desejam desenvolver-se:

Os 3 princípios estão relacionados a ter:

1) Comunicação estratégica, ou seja, deverá ter sempre objetivos claros e definidos;  provocar no outro o interesse em querer ouvi-lo, portanto, desenvolver a mensagem com a participação ativa do outro.

2) Relacionamento tático, toda comunicação tem o propósito de estabelecer uma ação ou reação no outro. Assim, devo saber na minha comunicação o que quero do outro e como vou obtê-lo. A construção da mensagem, a escolha das palavras tem um função tática.

3) Motivadores da ação, deve saber como provocar no outro a mobilização para o objetivo da sua comunicação.

 

As 7 habilidades do líder de líderes:

1) Direção tem a ver com o compartilhamento dos objetivos da organização;

2) Integração em fazer das estrelas (líderes), um time;

3) Mediação está relacionado em criar acordos e entendimentos;

4) Educação tem a ver com a capacidade de ensinar pessoas graduadas, analíticas e com teses próprias;

5) Motivação de outros líderes tem a ver com a capacidade de mobilização para uma causa, um propósito maior;

6) Representação refere-se a conquistar o seu mandato de líder dos líderes, com conversação, diplomacia e representatividade;

7) Confiança é a capitalização da liderança com coerência, integridade, ética e justiça.

É sobre esse conteúdo que desenvolvo no curso que ministro. Se acompanhar Fábio Carvalho poderá verificar esses princípios e habilidades. Será um bom laboratório de aprendizagem.

Do outro lado também terá líderes e negociadores experientes

Porém, estará lidando com pessoas instruídas e competentes. Outros líderes igualmente educados e com opiniões bem formadas, além de experientes e também realizadores. O time deverá ser muito bom.

Do outro lado terá excelentes negociadores, também experientes e competentes. Mesmo que haja predisposição em negociar, querem a sua parte do dinheiro envolvido.

O ambiente está configurado, vamos observar e acompanhar, torcendo para que tenha sucesso!

 

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AJ Limão Ervilha

ajlimao_signatureEmpresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como AmBev, Coca-cola, Duratex, Ford, Hospital Albert Einstein, Mercedes-Benz, Philips, Unilever, VOLVO. Autor dos livros Negocie Bem; Negociando em Qualquer Situação; Liderando Equipes, entre outros, Especialista em Negociação, Certificado pela SPSM® Senior Professional in Supply Management. Administração de Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community

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VENDAS 4.0 – Máquina de Vendas?!

VENDAS 4.0 – Máquina de Vendas?!

AJ Limão Ervilha

 

Vendas não é uma arte, venda é pura ciência. Concorda?

Antes os vendedores encantavam pela sua eloqüência, sua habilidade de convencimento e sua agressividade. Mas, agora mudou, para vender tem que conhecer como funciona o mecanismo mental dos clientes para conduzi-los até a aquisição. E isso tem base em conhecimentos sistematizados, pesquisas metódicas e racionais, não é uma arte. Antes se inspirava para vender. Hoje entende, analisa, executa, avalia e corrige.

Máquina de vendas – inbound e outbound

O marketing digital se alia a vendas. Então para vender o profissional deve: Primeiro, entender os mecanismos da mente do cliente e seus disparadores mentais; Segundo, juntar as ferramentas de marketing e; Terceiro usar os instrumentos de vendas. Trabalhar os interesses e movimentos do cliente, colocá-los em um processo decisório, gerenciar esse processo, até o fechamento. Como se fosse uma máquina… de vendas.

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Vendas 4.0

Tudo que aprendeu até agora sobre vendas deve ser utilizado para acrescentar outros conhecimentos, incluindo o mundo digital, é disso que se trata a versão 4.0 de vendas.

Esqueça a sorte, esse profissional não pode mais depender dela, acabou a poesia em vendas.

Hoje, tratamos a venda como um processo mental previsível e escalável. Deve funcionar como uma máquina de vendas, juntando as fases mentais da decisão de aquisição do cliente, sendo acionada cada uma delas pelo vendedor. É o que podemos denominar que alta performance em vendas. Portanto o profissional cria a sua própria sorte. Sabe quanto vai vender e o que fazer para que a venda avance até o fechamento.

Vender querendo ser o “amigão” do comprador não funciona mais. Esse tempo já passou. O comprador não compra mais por que o vendedor é legal, por ser “grande praça” como se dizia, ou um bom contador de piadas. Tampouco esse comprador atual não responde às campanhas de marketing, que se comprando o volume que se quer vender, ganha viagens com acompanhante para as feiras na Europa ou nos Estados Unidos. Eu sei por que já fiz muitas dessas campanhas e funcionava, mas, hoje não funcionam mais.

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Ainda ensinam técnicas de manipulação em vendas

Não entendo como ainda pode ter no mercado, treinamentos ensinando como manipular comprador, ou táticas para “enganá-lo”. Sabemos que ainda há muitos treinamentos assim. Um colega me convidou para escrevermos um eBook, contando “macetes” para o vendedor lidar com comprador. É lógico que nem respondi ao seu convite. Outros anunciam a versão 4.0, incluindo o lado comportamental da negociação. Isso só é mais do mesmo.

Vendas evoluíram como Compras evoluíram também. O cliente tem as mesmas fontes de informação que o vendedor. Os sites de informação são os mesmos. Por exemplo, fui vender um carro, pesquisei o preço na tabela FIPE e WEBMOTORS, onde o comprador acessou o mesmo site, me fazer uma proposta.

Conversamos sobre os valores, falou-me das suas despesas e das suas margens e chegamos ao mesmo valor de compra e de venda. A negociação ficou por conta de uma pequena e variável diferença de dois mil reais. Afinal, eu tinha que aplicar minhas habilidades de negociador.

A evolução das negociações em vendas

No meu artigo anterior sobre NEGOCIAÇÃO 4.0, apresento a evolução desde os tempos do escambo e da barganha passando pela,

  •  Fases da negociação – 1.0 Clássica; Seguida por
  • Negociação enquanto conhecimento 2.0 (Richard Schell) Wharton School;
  • Negociação enquanto processo 3.0 (Willian Ury). Harvard Law School até
  • Estratégias abertas: 4.0. – Millenium, que falamos atualmente.

A Negociação 4.0, trata a negociação como um sistema aberto a entendimentos múltiplos. Ou seja, a medida que procuro me satisfazer, satisfaço a outra parte. O foco das duas partes é no ganho e no resultado. Ganho é psicológico, é uma satisfação interna da pessoa que negocia. O resultado é racional, é uma realização material ou o objeto do negócio da empresa.

O profissional de vendas 4.0

O cliente mais consciente e muito mais informado procura por ganhos e resultados. Por isso o mundo digital, propicia um poder que o cliente não tinha anteriormente. Como dissemos, qualquer pessoa tem acesso a internet, antes de comprar algum produto ou serviço. Pesquisa por informações tira suas dúvidas e se prepara muito bem antes de uma compra. Fazemos isso o tempo todo, o profissional de vendas também o faz quando vai comprar algo para si. O cliente detém conhecimentos que antes, só obtinha quando em contato com o vendedor.

O profissional de vendas deve incorporar conhecimentos tecnológicos, de marketing digital, além dos que já tem como vendedor. Deve fazer um upgrade nos seus conhecimentos.

Assim, o Marketing Digital funde-se cada vez mais com vendas. O profissional de vendas e a empresa devem estar preparados para trabalhar o cliente, sensibilizando-o para a compra, até o momento do fechamento, assim, o vendedor tem que pensar no processo de decisão do cliente (jornada de compras), entender as etapas do amadurecimento da aquisição.

Em meus trabalhos que podem ser confirmados nos livros: Habilidades de NegociaçãoVendas com Aplicação de Neurolinguística, editados pela Nobel, apresento a aplicação das técnicas de vendas, seguindo as fases mentais do cliente e abordagem do vendedor. Sempre procurei trabalhar o sincronismo e sintonia das mentes do cliente e vendedor, vender em sinergia com o cliente, portanto é uma linha de pesquisas e aplicação que venho desenvolvendo já há algum tempo.

Marketing digital e vendas

No Marketing Digital, esse processo de sensibilização e condução do cliente, chama-se Inbound Marketing atinge o cliente quando ele está no processo de amadurecimento da aquisição, buscando informações na internet. Assim que ele é detectado pela empresa, procurando por algo, esta empresa o alimenta com novas informações: Marketing de Conteúdo, sobre os benefícios funcionais, emocionais e sociais do produto ou serviço.

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Identificam quais são as “dores” que esse cliente tem e mostra como aliviar essas dores, antecipando as objeções e tirando dúvidas, ao mesmo tempo em que mostra os “ganhos”, com a solução que apresenta, conquistando assim, sua confiança e conduzindo-o no pipeline (funil de vendas).

E é nesse momento que entra o Outbound Marketing, ou seja, saber qual é o estágio que o cliente está no funil de vendas, é quando o profissional de vendas efetua o contato, faz a proposta e conduz ao fechamento. Analisa cada uma dessas etapas, entende o que fazer, provoca a mudança para o estágio seguinte. A venda é totalmente previsível quanto ao seu resultado, funciona como se fosse uma máquina de vendas.

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Entendendo o seu cliente – persona

Antes de aplicar todo esse mecanismo de vendas, o profissional 4.0 deve começar pelo cliente.  Outra ferramenta necessária para a construção da vendas como ciência, inicia com a construção da persona. É diferente de perfil, porque é como se você estivesse se dirigindo a uma pessoa real. Perfil são características genéricas. Persona é específica. Permite que o conteúdo seja dirigido ao cliente certo.

A forma de construir uma persona é identificar as características específicas e construir o seu cliente como se fosse uma pessoa, a quem você vai se dirigir na sua comunicação e interação no Marketing Digital.

Construa a persona com as informações que tem de seu segmento especifico, depois aprimore a persona, com entrevistas, contatos e vendas realizadas. Quanto mais preciso for, melhor será sua interação de vendas com ela.

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Saberá qual a mensagem certa, em cada etapa da comunicação tanto no Marketing Digital como na Venda Pessoal.

Acessem meu blog acompanhem meu canal no Youtube onde terão uma série de material para desenvolver sua habilidade em negociação.

Bons negócios!

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AJ Limão Ervilha

ajlimao_signatureEmpresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como AmBev, Coca-cola, Duratex, Ford, Hospital Albert Einstein, Mercedes-Benz, Philips, Unilever, VOLVO. Autor dos livros Negocie Bem; Negociando em Qualquer Situação; Liderando Equipes, entre outros, Especialista em Negociação, Certificado pela SPSM® Senior Professional in Supply Management. Administração de Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community

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Luiz Inácio Lula da Silva, de negociador a prisioneiro!

Luiz Inácio Lula da Silva, de negociador a prisioneiro!

A história de Luiz Inácio Lula da Silva de operário a Presidente da República todos conhecem. Aprendeu nas lides do sindicato dos metalúrgicos, participou de momentos decisivos da história brasileira e escreveu seu nome, independente de qualquer julgamento que se possa fazer. Não há dúvida que seus seguidores acreditam no que ele diz e faz. Haja vista a vigília que fizeram no Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo e a manifestação
popular daqueles que o seguem.

Onde está Lula, o grande negociador?

O estilo de negociador impositivo, intransigente é denominado de ”soviético”. É o estilo que predomina entre os negociadores tipo Eu ganho e Você perde. Essa é a forma dos sindicatos negociarem e há uma escola da Internacional Socialista, na Europa, que ensina e recicla os militantes sindicais a negociar com os patrões. Falo sobre isso em meus cursos ilustrando o que está neste texto.

No início da sua carreira política, Lula tinha essa postura e era muito clara. Utilizava palavras como: “vocês tem medo da gente”, “se não der aumento a gente para a fábrica”, “se não der o que a gente quer, não tem negociação”. Basicamente são palavras de intimidação e ameaças, táticas básicas desse estilo de negociador. Com essa postura conseguia, cerca de 30% de eleitores e não chegava ao poder. Fracassou como candidato do Partido dos
Trabalhadores (PT) por três candidaturas: 1990, 1994, e 1998.

Depois, com a contratação de um “marketeiro” e sob sua orientação, passou a ser “lulinha paz e amor”. Foi orientado a se dirigir ao público com palavras do tipo: “o que é bom para os patrões é bom para nós”. Uma postura clara do tipo “Eu ganho e Você ganha”. Com isso conseguiu a outra parte dos eleitores, que tinham medo do que suas palavras no início, poderiam significar. Em 2002, conseguiu “50 milhões de votos”.

Para governar articulou com os partidos de oposição, encontrou seu espaço para negociar e montou uma equipe, conseguindo governar, por dois mandatos. Sua experiência a frente dos sindicato e dos movimentos trabalhistas foram úteis.

“Esse é o cara”, disse Obama quando conheceu Lula

As suas habilidades de negociar foram reconhecidas pelo então presidente americano. O G20, criado em 1999, não tinha representatividade com os Ministros das Finanças dos países membros. Lula articulou por meio de Celso Amorim, seu chanceler, para o encontro do G20, mas de chefes de estados e governos dos seus componentes. O G7 não era mais única voz do destino econômico do mundo. Tinha que compartilhar seus pensamentos com países em
desenvolvimento. Então o G7 piscou, Busch durante a crise americana, convidou o G20 para juntos conversarem. A crise de 2008 não podia ser resolvida somente pelos países mais ricos do mundo.

Para Lula era fácil visualizar essa saída, pois a técnica de negociação soviética é a mobilização da massa contra o capital (equilíbrio de poder). Operários (massa) patrão (capital). Então uma massa de países em desenvolvimento (G20), pode sentar e discutir de igual para igual com os países ricos (G7).

Quando assumiu, Obama articulou para que fosse apenas um único Grupo Econômico. O reconhecimento veio dessa declaração de Obama, quando encontrou Luiz Inácio.

O poder corrompe

Tem um ditado que é atribuído a Abraham Lincoln que diz: “Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder”. Lula era contundente quando da sua luta na aspiração pelo poder. Muitos que votaram nele acreditavam que o seu governo seria diferente. Eliminaria a corrupção daqueles que estavam acostumados a esse poder. Mas, quando chegou ao poder, não foi o que se verificou.

A imprensa nos mostrou as sucessivas incursões às mesmas práticas da velha ala política. Seus “companheiros” e simpatizantes foram vorazes. Não foi e não é diferente dos seus antecessores. Muito menos daqueles que continuam no governo seus opositores. Além dos esquemas montados com empresas mistas, com construtoras e outras privadas. Havia privilégios e favores dos seus correligionários, em troca de propina. Sabemos disso pois foram reveladas pela imprensa. O resultado do julgamento da Operação Lava a Jato, pelo Juiz Sergio Moro. Finalmente Lula se entrega e é feito prisioneiro em Curitiba.

A maturidade de nosso país avança

Negociatas sempre existiram e com certeza existirá. A troca de interesses continuará, por que é a base da negociação. Por exemplo, um voto para aprovação da Reforma da Previdência, por um cargo de ministro. Porém, a partir da Lava a Jato a troca de voto, deverá preservar a ética e a moral. Será?!

E eu pensei que minha geração quando chegasse ao poder, mudaria a corrupção neste país. Não é o que está ocorrendo, até parece pior.

Mas, alguma coisa avançou nestes últimos anos. “Como nunca se viu neste país”. Um Presidente, o Fernando Collor sofreu impeachment. Um operário chegou a Presidência no Brasil. Tivemos uma Presidente mulher. Segundo impeachment, o da Dilma Rousseff. Um Presidente preso, o Lula. Governadores, Empresários e outros políticos na cadeia.

A meu ver é muita maturidade. Eu fiz um estudo sobre o desenvolvimento do Brasil com cortes a cada 25 anos. O Brasil de 1950, ainda era uma terra de ninguém. Em 1975, verifico que o país deu um salto e inicia um sentimento de patriotismo. Começa a surgir em 2000 a consciência de um povo e com certeza 2025 será outra realidade. Com certeza todos terão orgulho de ser brasileiros.

Nossas instituições estão cada vez mais fortes e temos brasileiros com coragem para essa transformação. Não terá espaço para a impunidade.

E é nisso que acredito!

Acessem meu blog acompanhem meu canal no Youtube onde terão uma série de material para desenvolver sua habilidade em negociação.

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Negociação 4.0 – Para Negociadores de Elite e Alto Desempenho
Como conduzir uma negociação

AJ Limão Ervilha

Empresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como
AmBev, Coca-cola, Duratex, Ford, Hospital Albert Einstein, Mercedes-Benz, Philips, Unilever, VOLVO.
 Autor dos livros Negocie Bem; Negociando em Qualquer Situação; Liderando Equipes, entre outros,
Especialista em Negociação, Certificado pela SPSM ® Senior Professional in Supply Management.
Administração de Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE®
Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu
criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC –
International Coach Community.

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Negociação 4.0 para Negociadores de Elite e Alto Desempenho

Negociação 4.0 para Negociadores de Elite e Alto Desempenho

 

             AJ Limão Ervilha

É a essência do MBA em negociação tanto em compras como em vendas, onde a elite dos profissionais, obtém a alta performance, não por acaso ou tampouco pela sorte, mas, pela aplicação de ferramentas práticas que levam ao resultado, e que utiliza um processo científico e não casual, como ocorre com a maioria dos programas de cursos existentes.

Negociações complexas e difíceis 

A aplicação da Negociação 4.0, é para realizar negociações complexas e difíceis e que não se decide simplesmente em uma rodada em uma mesa. Essas negociações envolvem outros decisores que estão por trás do negociador. Implica em atender interesses das diversas áreas  de ambos os lados. Portanto muito mais complicado para atingir a satisfação mútua.  

Recentemente, estivemos apresentando o curso de Negociação 4.0 na Randon, pois, o momento exige um novo perfil profissional e há uma preocupação daquela empresa, em que seus profissionais atinjam o alto desempenho. 

Não se iluda com programas em que anuncia a versão 4.0, mas trata de uma miscelânea de técnicas já exauridas em negociação e vendas.  A novidade que trazem é a inclusão de técnicas comportamentais e trata a negociação como um processo terapêutico. O que realmente não é! É sim, um processo intelectual e que a técnica prevalece sobre o comportamento. 

 

 

A Negociação versão 0.0 – “a la Viking”

Tomar o que queria, agredindo e subjugando o outro ou a outra tribo, assim faziam os povos primitivos. As guerras entre as tribos visavam os despojos dos vencidos e saquear era o grande motivador dos guerreiros. Há historiadores que defendem que a sociedade surge com o processo de troca, inicialmente entre os membros da comunidade e, depois, de outras comunidades, gerando a evolução da raça humana.

Rudimentos de um processo negocial, o escambo dá origem a história da humanidade e a evolução da sociedade de troca. Identificamos na história humana a aplicação do princípio de trocar seu excedente, pelo excedente da produção do outro, ou do acúmulo de bens de um, trocando com o acúmulo de bens do outro.Esse processo evolui com o surgimento da moeda de troca e organização de reinos e impérios.

Na revolução industrial no início da idade moderna, surge um grande marco não só da manufatura de bens, mas também das finanças, que tornam as trocas, mais sofisticadas.

 

A Negociação versão 1.0 – Clássica 

Quando se inicia a preocupação em criar princípios e fundamentos na negociação, podemos classificar como versão 1.0, trata-se de negociações baseadas em transação, como se não houvesse qualquer interesse em parcerias e o objetivo era o ganho, quer seja por parte do vendedor como do comprador, independente da satisfação do outro.

Nessa fase o vendedor é um mero tirador de pedido e o comprador um cumpridor da ordem de compra. Para o vendedor o foco era do objeto ou do produto e sua preocupação nas suas características sendo essa a base da sua argumentação e persuasão. O comprador totalmente passivo e, sua obrigação se resumia em comprar aquilo que foi requisitado, portanto, tinha comportamento reativo.

Nesse período, é denominada de Negociação Clássica, pois era aplicado em fases, o que deixava claro para o negociador o que fazer em cada uma delas. A primeira fase era a preparação, onde buscava as informações necessárias para negociar e descobrir antecipadamente os interesses do outro, enfim, se preparar para o encontro da negociação.  

A segunda fase é o confronto, onde se procura descobrir informações do outro, testar e ensaiar algum entendimento. Após esse encontro, faz-  se uma revisão das informações e se fortalece para o próximo encontro de negociação. 

A terceira fase é o processo de barganha, onde tentativas de acordo são feitas, até chegar ao fechamento da negociação. Esse fechamento pode  ser Ganha – ganha, Ganha – perde, Perde – ganha ou Perde – perde. 

 

No meu livro: Negociando em Qualquer Situação editada pela Saraiva, utilizo as negociações clássicas e de Harvard simultaneamente, casando as fases e processo de negociação, demonstrando sua aplicabilidade na prática. 

Veja o quadro ilustrativo das mudanças em Negociação

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A Negociação 2.0 – com Base em Conhecimentos (Wharton School) 

No início da década de 70, do final do século passado, surge um trabalho de Kenneth Thomas e Ralph Kilmann,  sobre modalidades de estilos de conflitos. Propicia um entendimento do processo de solução das tensões entre duas pessoas. Criaram o Instrumento (TKI™), um teste que serve como base de verificação de como lidar com conflitos para ser utilizado nas empresas e que pode ser aplicado em diversas áreas, como liderança, negociação, relacionamento interpessoal. 

Por volta de 1980, um Professor da Wharton School of Business, Richard Shell, titular da cadeira de negociação passa a utilizar esse instrumento como base no seu curso naquela escola. Surge a negociação com base em conhecimento(confira no vídeo abaixo) e as modalidades de conflitos são os fundamentos dessa forma de combinar interesses. Principalmente a modalidade de Conciliar (compromisso), por  exemplo, “concedo a você parte do que quer se conceder parte do que quero”.  A outra modalidade é Colaborar, por exemplo: “Faço tudo o que quer se fizer tudo aquilo que quero”. 

Com vasta ilustração, diversas fontes e exemplos, R. Schell constrói o curso que formou uma infinidade de executivos e negociadores no mundo todo.Utilizo a base de modalidade de conflitos, para o líder resolver conflitos entre pessoas e áreas, em meu livro: Liderando Equipes para Otimizar Resultados, editado pela Saraiva.  

 

A Negociação 3.0 – Enquanto Processo (Harvard School) 

Na sequência e remontando o trabalho anterior, surge a Negociação enquanto processo no Projeto de Negociação na Harvard Law School.  Trabalho esse desenvolvido por Willian Ury e seus colegas, Bob Fischer e Bruce Paxton. O livro Chegando ao Sim – Negociação de Acordos sem Concessões resume o conteúdo desenvolvido por esses professores.  

Para os professores de Harvard, a negociação deve se concentrar no processo e se utilizar bem cada um dos elementos chegará a uma negociação que satisfaz ambas as partes. Assim, se focar em posição do tipo “eu quero o ar condicionado ligado!” a tendência será um fechamento Ganha (se consegue a o que quer) – perde (para aquele que vai sentir frio). O segredo é concentrar-se nos interesses, ou seja, atender os dois lados, exemplo: por que você quer o ar condicionado ligado? e porque você quer desligado? Quando se concentra nos interesses, surgem naturalmente as opções para um entendimento de ambas as partes, exemplo: temperatura que atenda os dois lados.  

Nessa técnica há ainda a fixação de padrões, ou seja, pontos que possibilitam lastrear a argumentação e estabelecer entendimento mútuo, exemplo: o preço é comparado ao mercado (o mercado define os parâmetros) assim, legitima seu argumento. O último elemento do processo é a alternativa, ou seja, nunca vá a uma negociação sem uma possibilidade de escape, ou bloqueio se estiver do outro lado. Por exemplo, nunca peça um aumento de salário se não tiver outro emprego em vista (escape). Isso dá mais segurança ao negociador e por consequência poder. 

Bill Ury, já utilizou na segunda versão 3.1, a neurolinguística, quando menciona que devemos observar a negociação de um balcão. Ou seja, se colocar numa terceira posição (PNL). Como se observasse você, o outro de um ponto neutro. Assim, consegue-se manter o controle de si mesmo e do processo. 

No meu livro: Negocie Bem editado também pela Saraiva, aplico a negociação enquanto  processo, juntando ferramentas práticas para negociar. 

 

A Negociação 4.0 – Visão estratégica (holística) 

Esta versão da negociação é fundamentada em bases lógicas, por meio de um método racional para criar a própria sorte em negociação. Identificar os players por trás de uma negociação e seu grau de influência nos resultados é fundamental.  

Por exemplo, em uma ocasião assessorava a empresa SEW, fornecedora de motor redutores, para instalação industrial, nas negociações com o dono do frigorífico e que leva o seu nome.  

Ele era um negociador extremamente difícil de lidar e dava pouca atenção para o engenheiro de vendas e seu gerente do fornecedor, que tinha que andar atrás dele pela fábrica, para discutir as bases de negociação. 

Assessorando as negociações, identifiquei que o Diretor Financeiro dele era a pessoa de confiança e que ele ouvia, antes de decidir. Orientei o fornecedor a discutir as bases financeiras da negociação com esse executivo, pois tinha poder de veto – influenciador financeiro. Com a concordância deste, agora, a discussão era a solução técnica, com o dono da empresa, que para conversar com ele tinha que andar por toda a fábrica e assim, “fazia-se o teatro”, pois sabíamos que quando fosse consultar o Diretor Financeiro, teria a sua concordância (já havíamos feito a negociação). 

Nessa versão 4.0 de negociação, identifica os sabotadores e saberá como evitar os matadores de negócio, identificando seus interesses, tratando e neutralizando sua ação no processo.  

É uma negociação estratégica e aberta, onde o fechamento não é como as versões anteriores, criando opções e alternativas, mas, buscando soluções “fora do quadrado”, muitas vezes, fazendo novas parcerias. Buscam-se formas de entendimento fora dos padrões de uma negociação onde o objetivo só é alcançado de uma única forma. 

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Novo perfil negocial para a Negociação 4.0 

O Negociador 4.0, tem um novo perfil.  Um estudo realizado pelo Prof. Geraldo R. Willians, revela que 65% dos negociadores de alto desempenho tem o perfil Colaborativo e Conciliador e 24% Competitivos. Com base nesse estudo desenvolvi um teste em parceria com a psicóloga Lilian Limão Bucollo. O perfil correspondente dos resultados obtidos, do teste é Analíticos e Relacionais. Veja abaixo a relação dos estudos. 

 

Relação dos estudos 
Perfis: Alto Desempenho  Perfis e teste: Melhores resultados 
65% – Colaborativos e conciliadores  Analíticos e relacionais 
24% – Competitivos  Impositivos 
11% – Competitivos e colaborativos  Impositivos e analíticos  
Fonte:

Estudo realizado pelo Prof. Geraldo R. Willians – In Programa de Negociação Executiva da Warthon  School – USA

Fonte:

Projeto de Competência em Negociação Estudo de  A. J. Limão Ervilha & Lilian Limão Bucollo 

Limão & Associados

Esse teste pode ser conferido, pois está publicado no livro de minha autoria: Negocie Bem, editado pela Saraiva. 

Depois de montado o teste, fizemos validação com profissionais de alto desempenho. Estas são as características do Novo Perfil Profissional e que obtém melhores resultados em negociação.  

Competências  Habilidades  Técnicas de negociação 
Analítico  Planejar, organizar, estratégia e equilíbrio emocional.   Resultados, materialidade 

Objetivos, preparação, acordos.  

Intuitivo  Atenção, percepção, sensibilidade, bom senso, raciocinio rápido   Percepçãosensibilidade  

Alternativas,  Tomada de decisão.  

Relacional  Lidar com pessoas: relacio- namento e envolvimento.   Ganhosinteratividade, abertura  

Interesses, opções, concessões.  

Comunicativo  Comunicação: verbal, não-verbal  e argumentação.   Emissãoentendimentofeedback  

Padrões, expressão, convencer.  

Impositivo  Senso crítico, visionário, avaliar, julgar e assumir riscos.   Foco, estratégico, tático  

Posição, fechamento.  

©  A. J. Limão Ervilha & Lilian Limão Bucollo –  Projeto de Competência em Negociação 

 

Perfil de alto desempenho 

O resultado do teste apresenta um perfil, das competências predominantes e complementares. Mostra ainda se há uma característica potencializada que pode prejudicar a performance do profissional. Por exemplo, se o Analítico está muito acima do resultado esperado, pode ser algo que atrapalha, pois, caracteriza-se que muito competente em planejamento da negociação, porém, nunca se sente preparado o suficiente para sentar a mesa e negociar. Tem a sensação de que ainda lhe falta informação. 

Da mesma forma, pode apresentar características que lhe dão fragilidade e que devem ser trabalhadas e desenvolvidas. O teste é um grande indicador no desenvolvimento das competências e utilizamos em nossos cursos, para criar um Plano de Ação e se autodesenvolver.   

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O livro Negocie Bem, mencionado acima lhe dará indicativos de como aplicar e desenvolver a Negociação ao nível 4.0 – Alto Desempenho. Se preferir o curso também poderá ser também o caminho para aquisição dos conhecimentos necessários para o desenvolvimento das competências. 

 

Jogos de negociação 4.0 

Desenvolvi um jogo de negociação que demonstra como aplicar na prática os conhecimentos, desde o conceito de Pricing, que utiliza a ferrramenta Canvas, para entender preço, identificado “dores” do cliente, como aliviar essas dores e entregar valor. Clientes pagam mais por isso. Aplicam-se durante o jogo as Atitudes-chaves da Negociação 4.0. No jogo é criado um mapa de influenciadores de compras e como identificar Ganhos e Resultados. Demonstra como identificar o Coach, ou facilitador dos contatos, para eliminar sabotadores ocultos na negociação.  

Enfim, são aplicados todos os conceitos, desde o Perfil do novo negociador, as técnicas de negociação em ambiente complexo e como obter a Alta Performance.  

Confiram no site, o programa do curso e veja como obter sucesso em suas negociações em um ambiente totalmente aberto e com novos profissionais preparados, tanto do lado de compras como de vendas. 

Ganhos reais e resultados financeiros

Lembre-se acabou-se a era do “presentinho” ao comprador e negociar obtendo favores. Hoje tem que entregar Ganhos reais para ele e mostrar Resultados financeiros para a empresa que representa, para ter Alto Desempenho em Negociação. 

Acessem meu blog acompanhem meu canal no Youtube onde terão uma série de material para desenvolver sua habilidade em negociação. 

 

Bons negócios! 

 

Outros artigos que podem interessar a você, publicado em meu blog: 

AJ Limão Ervilha 

ajlimao_signatureEmpresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como Duratex, Hospital Albert Einstein, Ford, Mercedes-Benz, Philips, Unilever, VOLVO.  Autor dos livros Negocie Bem e Negociando em Qualquer Situação, entre outros, entre outros. Especialista em Negociação, Certificado pela SPSM® Senior Professional in Supply Management. Administração de Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community 
 

 

 

 

 

Posted by A. J. Limão in Blog, Negociação, 2 comments
Como negociar ganhando três vezes mais!

Como negociar ganhando três vezes mais!

Parece mágica, mas, não é. É pura técnica!

 

A meta do comprador profissional é reduzir gastos do orçamento de compras e negociar qualquer repasse de preço nos custos dos produtos vendidos ou em despesas administrativas e de marketing. Essa é a sua missão principalmente nestes tempos difíceis.

 

O comprador é um negociador estratégico e seu papel é trazer economias para a empresa, por meio de negociações produzindo savings (salvar dinheiros) e avoidances (evitar preços).

  • Cada 1% de saving negociado, produzirá 3,4% de redução de gastos na empresa.

 

Portanto, a negociação em compras é o caminho para produzir resultados e provo essa afirmativa em meu curso de Negociação Avançada em Compras e no livro de minha autoria Negocie Bem – Aprenda as técnicas dos compradores de alto desempenho, editado pela Saraiva.

 

Negociador e não mais, comprador

No passado esse profissional era um comprador (comparador), e a técnica que conheciam era partir para realizar três cotações (comparações) e optar por aquele fornecedor que apresentasse o preço mais baixo, cumprindo uma requisição de compras. Era apenas um processo de compras e não exigia técnicas de negociação. Costumo dizer em meus cursos que para fazer cotação, não é preciso de um profissional, um estagiário faz três cotações e opta pelo mais barato.

  • 54% dos valores de uma companhia, passam pelas mãos do comprador.

O papel do profissional de compras na empresa hoje é estratégico, pois, 54% dos valores que circulam na companhia, passam pelas mãos de compras. Apenas nesses valores que são calculados. Se ele negociar obtendo saving e evoidance de 1%, o impacto será de 3,4% no bottom line da apuração de resultados da empresa. Ou seja, três vezes mais resultados. Agora, se negociar 3% de saving, que não é difícil, o impacto será de 9,8%, conforme afirmei no início deste texto.

 

  • Resultado de compras é mais eficaz que de marketing e vendas!

E 10% de resultado em compras são mais eficazes que o mesmo percentual aplicado no aumento de um produto na tabela de preço com apoio de marketing. O gasto de marketing é alto e o concorrente logo irá equiparar o preço. O esforço para aumentar o preço de um produto é rapidamente absorvido pelo mercado.

 

O que é saving e o que é avoidance?

Mesmo as companhias com a áreas de Compras e Suprimentos bem estruturados fazem certa confusão quanto a esses termos. Saving, na sua tradução literal, é salvar dinheiro.  Essa técnica aplica-se para compras repetidas. Por exemplo, se comprou cadeiras para a empresa no período anterior e pagou cem reais e, se voltar a negociar as mesmas cadeiras neste período, conseguindo negociar a noventa e nove reais, produziu saving de um real. O impacto na apuração de resultados será 3,4%.

  • Saving se aplica em negociações repetidas.

Avoidance, na tradução mais literal é evitar o preço. Essa técnica aplica-se na primeira compra. Por exemplo, é feito um orçamento para um projeto e obteve três cotações. Depois da primeira rodada de negociação, que enxugou os preços e condições. Na segunda rodada, negocia com aquele que tem o preço mais baixo entre os demais e consegue reduzir para um valor mais baixo que o que apresentou. Essa diferença é um avoidance. No exemplo, a última rodada as propostas negociadas são de noventa e nove, noventa e oito e noventa e sete reais. Negocia e consegue pagar noventa e seis reais. Esse percentual de 1%, reduzido, impacta e 3,4% na apuração de resultado da empresa.

  • Avoidance se aplica na primeira compra

Note que o cálculo é sobre o preço menor da última rodada e do mais baixo preço apresentado.

 

A linguagem de saving e avoidance é do CFO

Mesmo que o responsável de compras aceite qualquer redução como saving e avoidance, e que entenda que houve esforço do profissional de compras para reduzir gastos, a linguagem é a do financeiro. O CFO cuida do orçamento da organização, e para ele o impacto deve ser no orçamento de compras anual. E dessa forma, não é qualquer negociação que representará economias no balancete da companhia.

 

O profissional de compras que produz saving e avoidance  vale mais.

O profissional estratégico, comprador e negociador devem ganhar mais que qualquer outro na área, porque produz riquezas para a empresa. O salário de um comprador negociador é equiparado a um gerente de Compras.

Tenho clientes que estimula com uma grade de metas e em cumprindo 100%, o profissional consegue dobrar o salário. Merecido e é um novo conceito para essa profissão que é estratégica na organização.

Acompanhem-me que estarei dando as técnicas para negociação em compras com técnicas como essa, ora apresentada. Meu site tem outros artigos e ferramentas que poderão ajudar você no seu dia a dia como negociador.

 

 

AJ Limão Ervilha

ajlimao_signatureEmpresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como Hospital Albert Einstein, Ford, Duratex, Mercedes, Philips, Unilever.  Autor do livro Negocie bem, (Compras), Negociando em Qualquer Situação, editados pela Saraiva, entre outros. Especialista em Criatividade Aplicada ao Marketing pela New York State University. Certificado pela SPSM® Senior Professional in Supply Management . Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community.

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