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Negociação em Compras – Você sabe aplicar o TCO?

Negociação em Compras – Você sabe aplicar o TCO?

AJ Limão Ervilha

É  miopia de compras, comprar mais barato, sabe por quê?

Porque pensando em pagar mais barato, o comprador deixa dinheiro na mesa. Negocia somente o preço de aquisição e deixa de negociar os gastos associados. Esse é o conceito do TCO – Total Cost Ownership, ou Custo Total de Propriedade.

Deixe-me dar um exemplo. Fui contratado para ministrar treinamento em uma empresa de autopeças de Caxias do Sul. O programa era de uma semana e me instalaram em um hotel isolado da cidade, do lado do aeroporto, esses de preço tipo R$ 198, que não tem restaurante. Eu gastava R$ 50 de taxi até a fábrica e a noite para jantar, mais R$ 45,00.  A despesa era por conta da contratante, que totalizava R$ 388, minha diária.

 

Eu como consultor estava descontente

Instalado em hotel isolado e sem alternativas para jantar. No primeiro dia de treinamento perguntei quem foi o responsável pela minha reserva e instalação na cidade. Um comprador se identificou. Perguntei, porque me hospedou naquele hotel, disse que “era o mais barato”. Então lhe perguntei se conhecia o TCO, disse que não. Expliquei.

O Custo de Aquisição foi de R$ 198, mas, o Custo Total foi de R$ 388 e me deixou descontente. A miopia é: pensou que pagou mais barato me colocando naquele hotel, mas o total do desencaixe é quase o dobro. Perguntei, entre esses valores não tem um hotel mais confortável melhor localizado?

No dia seguinte me colocaram em um hotel muito bom e o preço não era tão alto R$ 250, com restaurante e com várias outras opções no entorno. Deixei de gastar os R$ 90 de táxi para jantar e como era no centro, passaram a me pegar para levar à fábrica todo dia no hotel, e deixei de gastar outros R$ 100 de taxi até a fábrica.

A minha estada ficou bem mais agradável e com certeza fiquei mais produtivo.

 

É disso que se trata o TCO

Esse é o raciocínio. Quando for adquirir não focar somente no preço de aquisição, mas ter clareza sobre os outros gastos associados. Assim, deve focar o Custo Total de Propriedade. Negociar o conjunto de gastos e não somente o valor principal. De acordo com os estudos, o impacto do TCO é:

  • 19% refere-se ao valor de Aquisição;
  • 81% trata-se dos gastos associados.

 

Esse estudo iniciou com a compra de hardwares e softwares. Verificou-se que não era somente o valor do equipamento e o programa, mas, todos os outros valores associados a essa compra.

 

Nesse estudo os valores teriam estes impactos:

  • Aquisição inicial: 36%
  • Treinamento: 21%
  • Aplicações: 19%
  • Manutenção: 9%
  • Realocações: 12%
  • Suporte técnico: 3%

 

Quando aplicado no horizonte de uso, por exemplo, de 5 anos, o impacto em percentuais seria:

  • Aquisição inicial: 19%
  • Treinamento: 22%
  • Aplicações: 19%
  • Manutenção:  21%
  • Realocações: 13%
  • Suporte técnico:   6%

 

Criei uma ferramenta para verificação rápida de TCO, quando recebe as propostas no momento da equalização das variáveis. Se tiverem interesse, solicitem por email.

 

Total Cost analisa estas duas bases:

Custo de aquisição – Oportunidade percebidas

Oportunidades efetivas: Custos de especificação, de aquisição, de propriedade, de inventário, de obsolescência.

Todos componentes de TCO apresentam oportunidade de saving.

  • No preço, Podem ser negociados: volume, descontos, desempenho, ganho compartilhado, redução de garantias.
  • No uso: Mudanças de especificações, alterações de design, produtos equivalentes, transporte, sucateamento, modificações no produto, eliminação…
  • Custos de processos e administrativos: Processamento de pedidos, faturamento automático, eliminação de inventário, eProcurement, pagáveis…

 

 

Strategic Sourcing e negociação 30% de redução de gastos

Na implantação do Strategic Sourcing, um dos trabalhos iniciais é o de analisar o TCO do grupo de produtos, ou da sua carteira de compras. Então, cada item comprado, deve ter inicialmente, elaborado a sua descrição genérica, sair da especificação montada em cima de um fornecedor ou marca determinada. Deve ser como ocorre com remédios. Não deve ser aquela marca específica, mas a descrição com o principio ativo que resolve aquela doença específica. No nosso caso, resolva o problema específico, que o produto ou serviço seja a solução.

Depois, faz-se a análise dos diversos itens que compõe a aquisição daquele produto, ou serviço. Veja este exemplo de um cliente:

 

  • Preço médio de compra: 38,0
  • Taxa de agenciamento: 4,0
  • Pagamento a fornecedor: 0,5
  • Preparação do produto: 0,1
  • Recebimento: 0,5
  • Devolução: 2,2
  • Inspeção: 0,3
  • Espera para armazenar: 0,3
  • Treinamento: 4,0
  • Inventário: 5,0
  • Distribuição: 6,0

Custo Total:  60,9

 

Neste exemplo, era negociado somente o preço médio de compra: 62,4 % o restante: 37,6 % não era percebido.

Quando aplicado o Strategic Sourcing, e têm todas essas informações, a negociação poderá ser conduzida de modo a obter economias consideráveis. É o que ocorre quando as empresas enxergam a área de compras e negociação, de modo estratégico.

 

Eu provo essa economia nas negociações

escrevi um artigo dizendo que em cada negociação em compras, de 1% de saving, se obtém 3,2% de redução de gasto. Na apuração de resultados de uma empresa, quando se aplica em 50% da conta negociada (apenas a metade). Considere que não tem poderes sobre o restante do valor, pois se refere a mão de obra, energia elétrica, tributos. Se obtém 3 vezes mais de economia.

Em meu livro: Negocie bem Negociação para compradores de alto desempenho, editado pela Saraiva, apresento uma prova desse impacto. Verifiquem.

Se fizer a implantação do Strategic Sourcing e, com negociações planejadas, consegue-se um impacto considerável. A redução no orçamento de compras, atingem percentuais incríveis de até 30%.

Quando compra é encarada de forma estratégica, traz resultados impensáveis. Algumas empresas, tem o departamento de compras como uma área de faturamento. Se considerar os rebates (descontos) isso é possível.

 

 

AJ Limão Ervilha

Empresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como Duratex, Hospitalajlimao_signature Albert Einstein, Ford, Mercedes-Benz, Philips, Unilever, VOLVO.  Autor dos livros Negocie Bem e Negociando em Qualquer Situação, entre outros, entre outros. Especialista em Negociação e Criatividade Aplicada ao Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community.

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Líder Sustentável, O que é?

Líder Sustentável, O que é?

A era do lucro a qualquer custo ficou para trás e o líder atual é responsável pelos seus atos.

O lucro é a consequência das ações desses líderes e assim, parte do lucro é designado para sustentar a outra parte. Por exemplo, no passado as decisões dos líderes implicavam em retirar água do rio para movimentar a fábrica sem importar-se com a poluição que causava ao meio ambiente. Atualmente continua a retirar a água do rio, mas devolve tratada, para assegurar a continuidade do recurso no meio ambiente. Parte do lucro é designada para o tratamento dos efluentes. Seguindo o mesmo exemplo, no passado desmatavam-se florestas nativas para fazer carvão para a siderúrgica produzir aço. Continuam cortando florestas para produzir carvão, só que agora são próprias. Parte do lucro destina-se para obter o recurso, plantando a própria floresta.

Mesmo o acionista que antes procurava por ações mais lucrativas, sem se importar com a forma da empresa buscar lucro, hoje, procura investir em empresas com responsabilidade social e de meio ambiente, preocupa-se com o uso de mão de obra infantil e de mão de obra escrava. Procura o lucro, não imediato, mas duradouro e sustentado.

 

Produzimos lixo o tempo todo

A sociedade evoluiu se organizando e produzindo bens para que o ser humano possa usufruir. Por exemplo, quando se compra um automóvel, busca-se nesse bem o valor: mobilidade e liberdade.

Para entregar esse valor a seus consumidores, empresa desenvolve transformações positivas para produzi-lo: utilizando-se de matérias primas, mobilizando mão obra em todas as fases, do processo de fabricação, do financiamento, do serviço até o seu consumo final. Resulta em transformações negativas quando para produzir esse valor, chega ao descarte do bem, gerando lixo, que se não reciclado afetam o meio ambiente e nosso planeta.

Até meados do século passado as empresas não se importavam muito com o lixo produzido, mas, devido às mudanças culturais e conscientização ambiental, a empresa e seus líderes são mais responsáveis, porque independente da legislação, o consumidor consciente, deixa de consumir aquilo que produz lixo e contamina o meio ambiente, preocupado com o planeta e gerações futuras.

Há uma mentalidade cultural em evolução e transformação, onde o jovem tem mais consciências nesses aspectos que seus pais.

 

Duas variáveis: Lucro e pessoas

Ao montar seu planejamento estratégico, com base na matriz da materialidade, a empresa foca duas variáveis: o eixo interno que é a capacidade de atingir objetivos estratégicos e que busca o lucro e a remuneração do capital além do resultado operacional. E o eixo externo, relacionado com as partes interessadas que foca os stakeholders e sociedade. Demonstra que para obter o lucro deve satisfazer os públicos que influenciam o negócio.

Dessa forma para transformar a decisão do líder em sustentável, deverá mapear a alta gestão e seus objetivos estratégicos, no eixo X e os interessados no eixo Y, como os acionistas, colaboradores, fornecedores, clientes, órgãos reguladores, comunidade, sociedade e outros, se houver.

O líder sustentável desenvolve programas para atender os dois lados, busca os resultados da companhia e satisfação das partes interessadas. Esse líder tem a ver com o Líder Transformacional, relativo aos artigos publicados em meu blog ultimamente e que vocês acompanharam. Diferente do Líder Transacional do passado, que também apresentei artigo sobre o tema, mostrando as diferenças entre esses dois líderes.

As características do líder sustentável:

  • Lucro responsável, como conseqüências de suas ações;
  • Planejamento de longo prazo;
  • Qualidade como filosofia;
  • Inovação permanente;
  • Desenvolvimento de talentos;
  • Potencial ao invés de desempenho;
  • Eliminação de burocracia.

 

Essas e outras características, menciono em meu livro Liderando Equipes para Otimizar Resultados, publicado pela Saraiva.

 

 

Planejamento em longo prazo

Como vimos, o lucro sustentado está lastreado em investimentos iniciais para retorno em longo prazo. Há um custo inicial alto, com planejamento de retorno mais prolongado. Há previsão de lucro continuado e permanente.

 

Qualidade como filosofia

Até os idos de 2000 o Departamento de Qualidade detinha a hegemonia do controle na empresa. Tratava-se de algumas pessoas fiscalizando todo o contingente da organização sobre os princípios e ferramentas da qualidade. Quando aparecia para fazer uma auditoria, parava o departamento e era visto como um departamento que “atrapalhava” o funcionamento da empresa.

Depois do surgimento do Six Sigma e do Lean, que são vistos como filosofia e não mais um programa, a empresa respira qualidade em todas as áreas.

 

Inovação permanente

A empresa investe em P&D, permanentemente e luta com ela mesma para permanecer inovadora. Quando estive a frente do Marketing da Incepa, tínhamos um laboratório de desenvolvimento de produtos que possuía em média 600 itens, prontos para serem lançados no mercado.

Fazíamos dois lançamentos anuais com média de 45 novos produtos por lançamento em técnicas, decoração e formato. No prazo de 3 anos, substituíamos praticamente todos os lançamentos anteriores, provocávamos a nossa própria obsolescência. Tínhamos uma pesquisa de tendência de moda e cores de produtos para ambientes. E definíamos antecipadamente as cores dos lançamentos daquele ano.

Desenvolvíamos em comitê, com outros fabricantes o material e cores de ambiente de cozinha e banheiros, integrando os diversos produtos que se complementavam.

 

Desenvolvimento de talentos

Não basta descobrir os talentos e se antecipar para atraí-los diretamente nas universidades, como faz a AmBev e outras empresas. Há que ter um programa interno para desenvolvê-los e prepará-los para que estejam prontos para serem utilizados quando a empresa precisar.

Assim, programas de trainees para recém formados, colocá-los para estagiar nas diversas áreas e posteriormente passar por programas mais avançados de desenvolvimento, para quando a empresa precisar de um jovem diretor ou presidente, tê-lo pronto. Examente como a AmBev o faz. Paulo Lemann declarou que “se tivessem mais talentos prontos, compraria mais empresas.” A limitação não são os recursos financeiros, mas o intelectual.

 

Potencial ao invés de desempenho

Até meados dos anos 1980, verificava-se na empresa que as pessoas eram promovidas pelo desempenho. Assim, um auxiliar que mostrasse desempenho era promovido a coordenador, que se mostrasse desempenho, era promovido a supervisor, que se mostrasse desempenho era promovido a gerente e assim, até chegar a uma presidência.

O que conta atualmente é o potencial. Quando um profissional que mostre potencial é colocado em posição para que prove sua capacidade de realização. Dessa forma vemos hoje jovens serem diretores e presidentes de empresas.

 

Uma engarrafadora da Coca-cola nordeste teve um jovem trainee que mostrou-se com potencial, foi colocado em posição de gerente. Deu resultado em um momento em que a Coca-cola estava perdendo mercado naquela região devido ao ataque de refrigerantes e outras bebidas de baixo custo. Retomou o mercado, foi logo colocado como presidente daquela unidade, com apenas 30 anos de idade. Depois foi para Singapura, para comandar as operações naquele país e ser preparado para um posto na Coca-cola Internacional.

O potencial vem primeiro, depois prova o desempenho, como ocorreu. A empresa está pensando dessa forma nos dias atuais.

 

Eliminação da burocracia

De um modo geral a empresa é burocrática porque foi criada dessa forma, com estruturas rígidas e bem definida, com organogramas, relação hierárquica rígida e tudo mais. A empresa que vemos atualmente tem as relações entre suas diversas áreas de forma matricial, apesar da estrutura ainda obedecer aos primórdios do seu surgimento. Se há burocracia, ela se tornou mais amigável, pois, a tecnologia permitiu que isso ocorresse.

Até pouco tempo para tirar uma cópia Xerox, tinha que fazer uma requisição e o gerente da área tinha que assinar. Chegava na máquina, tinha uma pessoa responsável que somente ela tirava cópia e a pessoa que levava os documentos, tinha que assinar outra vez. Nos dias atuais, você mesmo tira as cópias e se houver algum desvio que era a preocupação do controle, você responde por isso.

 

Chegou-se a conclusão que o custo do controle, o tempo do gerente assinar, era mais alto do que o desvio. Assim, a burocracia foi caindo nas organizações.

 

Liderança sustentável é responsável

Esse é um Líder Carismático que gera responsabilidade e torna sustentável a organização, com empoderamento dos seus colaboradores. A consciência das pessoas, a evolução da maturidade dos profissionais, possibilita essa transformação que constatamos nas organizações.

 

 

AJ Limão Ervilha

Empresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como Duratexajlimao_signature, Hospital Albert Einstein, Ford, Mercedes-Benz, Philips, Unilever, VOLVO.  Autor do livro Liderando Equipes para Otimizar Resultados, entre outros. Especialista em Criatividade Aplicada ao Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community.

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Os 3 princípios para a negociação

Os 3 princípios para a negociação

A.J.Limão Ervilha

 

Você diz a verdade numa negociação? Ou omite essa verdade? O que é ético numa negociação? Sabe quais são esses princípios?

 

Pode-se afirmar que há 3 princípios  para negociar:

 

  • Ideológico;
  • Pragmático e
  • Jogo.

 

Qual é ético? Ou os três são éticos?

A ideológica tem fundo filosófico e religioso e o princípio é o de ser correto e fazer sempre o bem. A pragmática é da vida, utilizam-se justificativas para algo ser feito, entendendo como necessário naquela circunstância. O jogo possui regras que devem ser conhecidas e seguidas, para poder se jogar.

 

Ideológica, pragmática e jogo

 

 A negociação ideológica acredita que os princípios morais que governam a vida devem ser transportados para os negócios. Se utilizar da mentira for condenável, não se deve levar à mesa de negociação.  Já os idealistas preferem não fazer negócios a ter que tirar uma vantagem do outro. Acredita que os interesses são condenáveis. A minha esposa, por exemplo, encara as negociações como ideológicas. Que deve se obter as coisas sem manipulação. Se puder comprar, compra, se não estiver ao seu alcance deve abrir mão.

 

A negociação pragmática procura algo aplicável nas negociações, ou omitir algo. Por exemplo, aqueles que a usam preferem responder uma pergunta com outra pergunta, para não ter que mentir, portanto, utiliza táticas de bloqueio. Acredita que se não souberem se defender, os outros tiram proveito dele. Omitem informações, se tiver que apresentar uma desvantagem.

A negociação enquanto jogo, funciona como em jogo de cartas, se está com a mão fraca e quer parecer forte utiliza a tática do blefe. O outro tem opção de chamar a jogada, dando um ultimato, portanto utilizando outra tática, ou simplesmente retirar-se. Da mesma forma um jogo de futebol deve ser jogado dentro das regras. Um jogador se sofrer uma falta aquele que a cometeu será punido, mas também pode provocar uma falta e fazer com que o outro seja expulso, ainda que não seja bem visto por essa atitude.

 

 

E você como negocia?

 

Quando pergunto em meus cursos qual dos três princípios que acreditam ser ético, geralmente me respondem prontamente que é a ideológica.

Então apresento um exemplo e pergunto o que fariam na seguinte situação:

  • Se vocês tiverem que vender um automóvel com cento e vinte mil quilômetros, informaria que o motor está cansado e que já o deixou na mão algumas vezes e que pode ocorrer o mesmo com quem o comprar?

 

  • Apresenta o automóvel com a quilometragem que tem e se é perguntado pelo estado de conservação, reponde que é um carro já rodado, mas tem atendido às suas necessidades.

 

  • Diz que o carro está rodando, e sempre o serviu, a última vez que levou no mecânico, informou que o carro está em perfeitas condições de rodagem (o que é real), e o motivo da vender é devido querer comprar um mais atual (também é real\).

 

Geralmente os participantes não escolhem a primeira alternativa, que é a ideológica, ficam entre a alternativa dois e três que são a pragmática e o jogo.

 

A ação é diferente do pensamento

 

Assim, podemos verificar que a ação é diferente do pensamento. As pessoas agem de modo adverso ao que pensam e isso se traduz no uso das técnicas, estratégias e táticas de negociação.

O princípio da reciprocidade é utilizado na forma ideológica, a questão é que um dos lados pode utilizá-la para tirar vantagem do outro, e isso não seria integro. Por exemplo, no saguão do aeroporto, uma pessoa lhe aborda entregando um botão de rosa e você diz: “obrigado”. Em seguida a pessoa lhe diz: “poderia contribuir com o Hospital do Câncer? Você fica constrangido porque recebeu algo e, em troca se sente obrigado em contribuir.

  • O princípio da reciprocidade é utilizado na forma ideológica.

Então lhe pergunto como comprador gosta de receber um brinde? Um presente? Gosta que lhe façam um favor? Quando se negocia em compras, essas são táticas de negociação utilizada pelo vendedor. Se tiver esse princípio, o ideológico, é claro que poderá cair nessa tática.

E lhe digo, isso é muito comum no mundo dos negócios. Há um ditado que diz: “Não existe jantar de graça”. Já ouviram isso? Há uma segunda intenção por trás de um gesto aparentemente inocente.

 

O lado prático da vida

 

Aqueles que preferem a pragmática dizem que trata o outro como é tratado, para eles isso seria integridade. É um princípio da vida. Se não estiver preparado, para enfrentar as diversas situações, poderá ser usado pela outra parte. Assim, omite uma informação, para não despertar objeção da outra parte ou uma negativa. Se o outro é ideológico, procura tratar da mesma forma. Se o outro é manipulativo, isso também ocorrerá.

  • O princípio pragmático omite uma informação.

Se vai vender uma casa e tem uma comporta para evitar a entrada da água na residência, não informa (o local inunda). E se for perguntado, responde com uma pergunta, “é sempre bom ser precavido, não é mesmo?

Essa foi uma preocupação que o construtor teve, para evitar qualquer surpresa, caso tenha, concorda?”

No exemplo do carro com 120 mil quilômetros, o comprador poderia dizer: “Esse carro está bem rodado, não? Pode quebrar na minha mão!” “Ao que poderia responder: “Pois é, você não pagaria esse preço por um carro zero.”

 

Se o outro pode eu também posso

 

Esse é o princípio do jogo, conhecer as regras. Se eu conheço as regras e o outro também as conhece, jogamos conforme as regras. Isso ético. Então devo conhecer em negociação, além das técnicas, as estratégias e táticas. Se eu dominar melhor as técnicas, jogo melhor. Se dominar as táticas, uso ou neutralizo utilizando outra tática. Se tiver uma estratégia, essa poderá ser melhor que a do outro negociador. Se não for, serei subjugado.

  • O princípio do jogo, deve se conhecer as regras.

O mesmo se aplica nos esportes. Ambos podem jogar conforme as regras, se alguém sair delas, será punido. Existem coisas que não são previstas nas regras, como simular uma falta. Mas o outro também pode fazer. Se for pego, terá uma penalidade, se não for, terá uma vantagem.

Se utilizar informações disponíveis que o outro pode também utilizar é ético. Agora se utilizar informação privilegiada, e se beneficiar delas para ter vantagens, não é ético. Por exemplo o caso recente de Joesley Batista, Da Friboi, que antes de fazer a denuncia do Presidente Temer, comprou dólares, porque sabia que iria desestabilizar a moeda e a cotação dispararia, não é ético. Utilizou uma informação privilegiadíssima, que ninguém tinha.

A negociação enquanto jogo consiste em dar uma vantagem ao outro, para se obter uma vantagem, isso é integro? Sim, a questão é que procurará fazer um concessão que não lhe custa muito, mas que é valiosa para a outra parte. Essa é uma vantagem. Portanto, não é justo.

 

Qual princípio é mais utilizado nas organizações?

 

Com certeza é o jogo. Dificilmente em uma negociação se é franco e sincero com a outra parte. Querem a cooperação, mas, procuram por vantagens e interesses próprios. Utilizam-se estratégias e táticas. Artifícios e manobras. Simulação, dribles, cria-se tensão psicológica, desgaste tira proveito das situações, enfim deve ir para as negociações com uma caixa de ferramentas e utilizar a tática certa, no momento certo. Ou bloquear uma estratégia.

 

Tem que estar preparado é isso que fazemos em nossos cursos de Negociação e nos meus livros Negocie Bem e Negociando em Qualquer Situação.

 

Acompanhe em meu blog outros artigos sobre negociação.

AJ Limão Ervilha

Empresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como Duratex, Hospitalajlimao_signature Albert Einstein, Ford, Mercedes-Benz, Philips, Unilever, VOLVO.  Autor dos livros Negocie Bem e Negociando em Qualquer Situação, entre outros, entre outros. Especialista em Negociação e Criatividade Aplicada ao Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community.

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Negociação em Compras (Entrevista para a Food Magazine)

Negociação em Compras (Entrevista para a Food Magazine)

Comprar certo, com produtos de melhor custo-benefício, pode ser determinante na hora de precificar com valores atraentes, especialmente em um momento em que os insumos subiram, mas o consumidor não aceita pagar mais.

 

Um desafio do mercado Food service hoje é não repassar os aumentos dos produtos e custos para o consumidor final, ou aumentar o mínimo possível os preços. Essa meta pode ser atingida melhorando o processo de compras?

A.J. Limão – O profissional de compras tem um papel estratégico na empresa.  Cerca de 50% dos valores que circulam numa companhia, passam pelas mãos de compras. Esse profissional pode trazer economias consideráveis em compras. No passado era apenas comprador, isto é comparador (fazia comparações). A técnica básica era fazer, no mínimo três cotações e optar por aquele fornecedor que tivesse o preço mais baixo. Digo nos cursos que ministro, que qualquer funcionário pode fazer isso, até um estagiário. Não exige muita técnica de negociação, trata-se apenas de um processo de compra. O profissional estratégico sabe que tem que trazer economias, produzindo cost saving e cost avoicance, nas negociação em compras. A sua meta é a redução de gastos do orçamento de compras baixar os custos.

 

Como planejar a lista de compras e necessidades do estabelecimento?

 A.J. Limão – A lista de compras deve ser planejada a partir da definição do cardápio do chef ou responsável pela sugestão e previsão de demanda para o período de suprimento do estabelecimento ou da indústria no Food Service. Nas empresas de operações mais complexas seguem um processo de Sales & Operating Plane, que é a sequência de informações, análise de vendas e operações, demanda prevista acordada entre as áreas, antecipação das necessidades aos fornecedores e melhoria no atendimento ao cliente.

 

A organização a partir do cardápio é importante? Quais são suas sugestões?

A.J. Limão – A organização é a base desse negócio e as áreas devem trabalhar juntas. Em uma empresa em que eu fazia consultoria atuavam em comitê, o chef, o comprador, o financeiro e o maitre. É a base do processo do S&OP, que respondi na questão anterior. A minha sugestão é que o comprador nunca deve negociar com fornecedores se não tiver negociado antecipadamente com os clientes internos. Deve atender a posição e o interesse de todos envolvidos para fazer uma boa negociação e processo de compras.

 

Quais são suas dicas de negociação na hora de efetuar as compras de um estabelecimento?

A.J. Limão – Primeiro não é de boa técnica, ter fornecedores únicos ou exclusivos, deve gerar concorrência pelo seu dinheiro. Segundo, nunca deixe o fornecedor confortável, isto é, não deve dar toda informação relativa a sua estratégia de negociação e compra. Terceiro, aplique táticas, para criar tensão psicológica durante uma negociação. Quarto, nunca ceda, sem pedir algo em troca, mesmo que você possa, não dê de graça. Quinto, se tiver que ceder, valorize, para que a outra parte tome de você. São os princípios que ensino nos meus livros e cursos sobre negociação para compradores e em compras.

 

Quantos potenciais fornecedores o comprador deve ter em mãos?

A.J. Limão – Deve ter pelo menos três, essa é uma regra básica. Se comprar é comparar, tenha pelo menos três comparações. Se for uma primeira compra, pagar menos do que o preço menor cotado, isso será um cost avoidance, ou seja, evitou um custo. Se for uma compra repetida, com três fornecedores terá mais poder de  barganha e obterá um cost saving, insto é, salva dinheiro. Esse é o fundamento estratégico do negociador em compras.

 

Como se preparar para emergências do tipo o fornecedor que estou acostumado a comprar não tem o produto ou subiu demais os preços?

A.J. Limão – Como eu disse anteriormente, deve ter pelo menos três fornecedores, para não cair nessas situações. Na prática há uma acomodação do comprador com aquele fornecedor que atende melhor, que dá toda a atenção e com isso, cria-se um relacionamento forte com ele. Quando apresenta um pleito, pedindo aumento de preço, fica difícil de negociar, o fornecedor vai valorizar todo o serviço extra que presta. Se não tiver alternativas, ficará refém dessa situação. O comprador deve ter sempre fontes alternativas de fornecimento, faz parte do seu trabalho, ainda que seja na prática muito trabalhoso. Por isso é estratégico.

 

É importante ter várias opções ou fidelizar um fornecedor?

A.J. Limão – Na matriz estratégica de compras, define-se a abordagem de negociação com cada tipo de fornecedor, com base nas variáveis: risco de suprimento e impacto nos custos. Assim terá fornecedores de itens estratégicos onde cria-se uma interdependência e busca-se abordagens de negociações mais colaborativas. O relacionamento sempre será muito delicado e deve ficar atento para não ficar na sua dependência, procurando sempre alternativas, inclusive com o comitê interno que já nos referimos. Quanto aos itens de alavancagem, deve criar tanta concorrência pelo seu dinheiro quanto puder, essa situação é favorável para o comprador, a negociação será mais competitiva. Nos itens de gargalo, a atenção é redobrada, qualquer vacilo, deixa sem fornecimento deve ser uma negociação conciliadora. Nos itens de independência, criam-se formas automáticas de compras, onde se negocia uma única vez e deixa o usuário, fazer as aquisições. Resumindo a estratégia: fidelizar os fornecedores de itens gargalos. Consolidar os fornecedores de itens estratégicos. Conquistar os fornecedores de alavancagem. Automatizar os fornecedores que não tenha dependência.

 

Como negociar preços e condições com fornecedores?

A.J. Limão – O papel do comprador negociador é criar estratégias e táticas para obter cost saving e cost avoidance em toda compra. Cada negociação, se o comprador obter 1% de saving ou avoidance, o impacto no bottom line na apuração de resultados da companhia é de 3,4% de redução de gastos. Agora, se o comprador, obter 3% de saving e avoidance, que não é difícil, em apenas 50% do valor da sua carteira de compras (CPV ou despesas), produzirá uma economia na ordem de 9,8% na apuração de resultados. Eu provo isso no meu livro Negocie Bem, editado pela Saraiva e nos meus cursos de Negociação Avançada em Compras. É muito dinheiro para a companhia é mais eficaz que marketing e vendas que para aumentar 10% no preço de um produto tem que investir muito e a concorrência logo equiparará o preço e comprometerá o lucro.

 

É viável fazer mudanças de última hora no cardápio para adaptar às mudanças de preço dos insumos?

A.J. Limão – Com certeza, essa é uma característica do Food Service. Primeiro porque surpreenderá o cliente e o motivo não será a questão do preço dos insumos, mas sim, a saudabilidade, os novos hábitos, a criatividade, os novos sabores. Lembro-me de quando o cattering da TAM mudou o cardápio de bordo, em que a refeição era mais consistente e depois se tornou mais leve, devido a custos, a mensagem para o passageiro foi, “de acordo com estudos, revelam que uma alimentação mais saudável a bordo, torna a viagem mais agradável…” Algo assim. Para isso as áreas internas devem estar em sintonia.  Um exemplo contrário disso que vivenciei em restaurante de luxo em Recife, onde o dono reclamava que os garçons não recomendavam os pratos mais caros e de maior margem de lucro. Perguntei a ele, por acaso vocês “venderam” a eles a idéia? Serviram o prato aos garçons e explicaram os componentes, os sabores os efeitos degustativos, etc? Responderam-me não! Complementei, se eles não passaram pela experiência, não estarão convencidos e assim, não estarão seguros em convencer os clientes. Ficaram sem palavras. Mudanças em cardápios devem ter uma estratégia de comunicação.

 

Como deve ser feita essa comunicação entre gerência de compras e chef de cozinha?

A.J. Limão – Sempre mostrando a estratégia do negócio e a busca de resultados pois, esse é o papel de cada um desses profissionais, na sua especialidade, em que a criatividade, a possibilidade, a viabilidade são infinitas e a sinergia e a comunicação dessas áreas são fundamentais. Por isso o profissional de compras deve estar em sintonia com outros profissionais da empresa, deve formar uma equipe ou comitê de decisão de compras, que chamo de equipe interfuncional.

 

Qual a importância do controle de estoque no planejamento de compras?

A.J. Limão – Estoque é dinheiro parado a armazenagem tem um custo na ordem de 2,4% ao mês. Por outro lado não pode haver ruptura de demanda. Encontrar a equação certa para cada negócio envolve uma série de estudos da curva normal de demanda, desvio padrão, forecast e mercado, vendas e faturamento e cadeia de abastecimento. É o Processo de Vendas & Operações que me referi anteriormente.

 

É importante o estabelecimento ter certo estoque “reserva” para emergências, como um movimento acima do esperado?

A.J. Limão – Isso implica em conhecer o negócio, a sazonalidade do negócio e os desvios padrões. Estão contemplados na equação do S&OP – Sales & Operating Plane, desde a forma mais simples, que referimos aqui, entre o chef, compras, finanças e maitre, até um comitê de estudo de demanda e operações.

 

Qual é a margem considerada para essas “emergências”, a fim de também não cair no desperdício?

A.J. Limão – A fórmula para cálculo é esta: Emax = Média do Estoque + (X*desvio-padrão). Onde Emax  é Estoque máximo. Considera-se um nível de atendimento entre 80% a 99%, essa é uma decisão do comitê de compras. O valor de x varia entre 0,84 a 2,32, quando essas margens são calculadas de forma cientifica. Encontrar a margem de segurança e eliminar o risco de ruptura é o grande exercício dos profissionais envolvidos. Envolve a margem de segurança do estoque e mitigação do risco de suprimento.

 

Existe alguma forma de controlar os prazos de validade?

A.J. Limão – Esta já é uma equação mais complexa ainda e para facilitar existem hoje softwares para tornar essa tarefa exeqüível. Nas empresas menos complexas, se faz necessário a gestão de estoque com compras programadas. Há sistemas de gestão integrada, que envolve todas as áreas. Um manual de políticas internas vai demonstrar a preocupação permanente com essa questão. Planilhas também são utilizadas. As formas dependem muito do tipo e complexidade de Food Service envolvido.

 

Ter produtos industrializados que substituem produtos frescos pode ser uma opção de evitar desperdícios, como por exemplo molhos em pó e temperos prontos?

A.J. Limão – Essa é uma solução que contribui muito com o negócio em si, porém é contrária a boa prática de um chef. É uma questão permanente no Food Service. Por outro lado produtos frescos é a expectativa do cliente e grande argumento para a comunicação de  marketing. Enfim, a comunicação interna e entendimento dos players no processo operacional, suprimento e demandas devem estar sincronizada para tomar a decisão mais apropriada ao tipo de negócio.

 

Qual sua dica em relação a produtos não perecíveis e alimentos que estragam rápido?

A.J. Limão – Para alimentos não perecíveis é trabalhar o prazo de validade do produto. Para alimentos que estragam rápido, sempre que possível criar um sistema de suprimento como o Just in time das indústrias, em que a demanda deve comandar o processo de suprimento, com fornecedores desenvolvidos com o propósito de servir no momento em que é feito um pedido, ou uma comanda. Parece difícil, mas não é. Com boas parcerias e interessados no negócio, consegue-se realizar. Recentemente em uma consultoria que realizava na Dellmare Pescados, acompanhei a execução de um fornecimento de lagosta no Rio de Janeiro e que envolveu uma operação em São Bernardo do Campo, Barueri, Santos e Fortaleza. O atendimento ao cliente foi “on time and complete”. Simplesmente um sucesso, portanto, possível e viável.

 

Qual a média de tempo de uma compra para a outra?

A.J. Limão – Essa é uma questão que depende muito de negócio para negócio de Food Service e deve ser estudada a partir dos stakeholders envolvidos no processo de compras. Onde a média de tempo deve ser um KPI (Indicador Chave de Desempenho) de compras e deve ser melhorado sempre. Vou falar desse assunto no encontro E3COM 2017 que será realizado pela Blue Ocean Events, nos dias 20 e 21 de Junho.

 

Aonde costuma dar cursos de negociação? Tem algum específico para o Food service? Estes cursos que citou foram in Company?

A.J. Limão – A minha consultoria Limão & Associados desenvolve cursos in Company que customiza para empresas de Food Service os conteúdos de Negociação para Compradores, Negociação Avançada em Compras e Saving para Negociação em Compras. Tenho parceria com a Integração Escola de Negócios, para cursos abertos ao público, realizados todo mês, em São Paulo, incluindo Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte. Tenho publicado alguns livros sobre o assunto: Negociando em Qualquer Situação – Como comprar, vender e chegar a ótimos resultados e Negocie Bem – Técnicas para compradores de alto desempenho, editados pela Saraiva. Além dos livros Habilidades de Negociação e Negociação para Compradores, editados pela Nobel e outros títulos sobre Gestão e Liderança.

 

 

 

AJ Limão Ervilha

ajlimao_signatureEmpresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como Hospital Albert Einstein, Ford, Duratex, Mercedes, Philips, Unilever.  Autor do livro Negocie bem, (Compras), Negociando em Qualquer Situação, editados pela Saraiva, entre outros. Especialista em Criatividade Aplicada ao Marketing pela New York State University. Certificado pela SPSM® Senior Professional in Supply Management . Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community.

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Como negociar ganhando três vezes mais!

Como negociar ganhando três vezes mais!

Parece mágica, mas, não é. É pura técnica!

 

A meta do comprador profissional é reduzir gastos do orçamento de compras e negociar qualquer repasse de preço nos custos dos produtos vendidos ou em despesas administrativas e de marketing. Essa é a sua missão principalmente nestes tempos difíceis.

 

O comprador é um negociador estratégico e seu papel é trazer economias para a empresa, por meio de negociações produzindo savings (salvar dinheiros) e avoidances (evitar preços).

  • Cada 1% de saving negociado, produzirá 3,4% de redução de gastos na empresa.

 

Portanto, a negociação em compras é o caminho para produzir resultados e provo essa afirmativa em meu curso de Negociação Avançada em Compras e no livro de minha autoria Negocie Bem – Aprenda as técnicas dos compradores de alto desempenho, editado pela Saraiva.

 

Negociador e não mais, comprador

No passado esse profissional era um comprador (comparador), e a técnica que conheciam era partir para realizar três cotações (comparações) e optar por aquele fornecedor que apresentasse o preço mais baixo, cumprindo uma requisição de compras. Era apenas um processo de compras e não exigia técnicas de negociação. Costumo dizer em meus cursos que para fazer cotação, não é preciso de um profissional, um estagiário faz três cotações e opta pelo mais barato.

  • 54% dos valores de uma companhia, passam pelas mãos do comprador.

O papel do profissional de compras na empresa hoje é estratégico, pois, 54% dos valores que circulam na companhia, passam pelas mãos de compras. Apenas nesses valores que são calculados. Se ele negociar obtendo saving e evoidance de 1%, o impacto será de 3,4% no bottom line da apuração de resultados da empresa. Ou seja, três vezes mais resultados. Agora, se negociar 3% de saving, que não é difícil, o impacto será de 9,8%, conforme afirmei no início deste texto.

 

  • Resultado de compras é mais eficaz que de marketing e vendas!

E 10% de resultado em compras são mais eficazes que o mesmo percentual aplicado no aumento de um produto na tabela de preço com apoio de marketing. O gasto de marketing é alto e o concorrente logo irá equiparar o preço. O esforço para aumentar o preço de um produto é rapidamente absorvido pelo mercado.

 

O que é saving e o que é avoidance?

Mesmo as companhias com a áreas de Compras e Suprimentos bem estruturados fazem certa confusão quanto a esses termos. Saving, na sua tradução literal, é salvar dinheiro.  Essa técnica aplica-se para compras repetidas. Por exemplo, se comprou cadeiras para a empresa no período anterior e pagou cem reais e, se voltar a negociar as mesmas cadeiras neste período, conseguindo negociar a noventa e nove reais, produziu saving de um real. O impacto na apuração de resultados será 3,4%.

  • Saving se aplica em negociações repetidas.

Avoidance, na tradução mais literal é evitar o preço. Essa técnica aplica-se na primeira compra. Por exemplo, é feito um orçamento para um projeto e obteve três cotações. Depois da primeira rodada de negociação, que enxugou os preços e condições. Na segunda rodada, negocia com aquele que tem o preço mais baixo entre os demais e consegue reduzir para um valor mais baixo que o que apresentou. Essa diferença é um avoidance. No exemplo, a última rodada as propostas negociadas são de noventa e nove, noventa e oito e noventa e sete reais. Negocia e consegue pagar noventa e seis reais. Esse percentual de 1%, reduzido, impacta e 3,4% na apuração de resultado da empresa.

  • Avoidance se aplica na primeira compra

Note que o cálculo é sobre o preço menor da última rodada e do mais baixo preço apresentado.

 

A linguagem de saving e avoidance é do CFO

Mesmo que o responsável de compras aceite qualquer redução como saving e avoidance, e que entenda que houve esforço do profissional de compras para reduzir gastos, a linguagem é a do financeiro. O CFO cuida do orçamento da organização, e para ele o impacto deve ser no orçamento de compras anual. E dessa forma, não é qualquer negociação que representará economias no balancete da companhia.

 

O profissional de compras que produz saving e avoidance  vale mais.

O profissional estratégico, comprador e negociador devem ganhar mais que qualquer outro na área, porque produz riquezas para a empresa. O salário de um comprador negociador é equiparado a um gerente de Compras.

Tenho clientes que estimula com uma grade de metas e em cumprindo 100%, o profissional consegue dobrar o salário. Merecido e é um novo conceito para essa profissão que é estratégica na organização.

Acompanhem-me que estarei dando as técnicas para negociação em compras com técnicas como essa, ora apresentada. Meu site tem outros artigos e ferramentas que poderão ajudar você no seu dia a dia como negociador.

 

 

AJ Limão Ervilha

ajlimao_signatureEmpresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como Hospital Albert Einstein, Ford, Duratex, Mercedes, Philips, Unilever.  Autor do livro Negocie bem, (Compras), Negociando em Qualquer Situação, editados pela Saraiva, entre outros. Especialista em Criatividade Aplicada ao Marketing pela New York State University. Certificado pela SPSM® Senior Professional in Supply Management . Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community.

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Liderança TranSAcional ou TransFORMAcional?

Liderança TranSAcional ou TransFORMAcional?

Quais são as diferenças? Você sabe?

Quanto destas características mencionadas neste artigo você possuí?   Depois compare com as do artigo Liderança transformadoraCarisma e inspiração publicado recentemente no LinkedInd e no meu blog. O texto que apresento a seguir é o contraste do texto que publiquei anteriormente. O intuito é mostrar a diferença entre a liderança do passado e a liderança atual.

Em meu livro Liderando Equipes para Otimizar Resultados, publicado pela Editora Saraiva, mostro essas diferenças, quando explico as transformações por que passou as empresas de ambiente convencional (liderança transacional) para ambiente participativo e agora, ambiente interativo (liderança transformacional).

 

A Liderança Transacional é um tipo de liderança que pode ser verificada sua aplicação até o final do século passado pela característica das organizações. Ainda experimentamos essa liderança nas empresas atualmente. Em meu livro Liderando Equipes tenho um exercício que mostra se a sua empresa está com características: convencional ou participativa – interativa. Verificamos que há no mercado muitas empresas convencionais e experimentando a transição.

A Liderança Transacional tem como característica “guiar” os liderados e “motivar” seus seguidores visando metas pré-estabelecidas com base nas exigências dessas tarefas e das atribuições do liderado. Seu papel é esclarecer como desempenhar as tarefas. Pode ser definida também como Liderança gerencial ou liderança operacional.

 

Essa Liderança transacional se caracteriza pela observância destes fatores:

  • Competitividade,
  • Autoridade hierárquica,
  • Alto controle do líder,
  • Resolução analítica de problemas,
  • Determinação de objetivos e
  • Processos racionais de troca.

 

Nessa liderança transacional, quando ocorre comprometimento será de curto prazo. O liderado não tem conhecimento dos objetivos das suas tarefas. Executa sob o comando do líder, que controla o resultado da operação.

 

 

Competitividade

O líder transacional estimula a competição entre os membros de uma equipe e ele mesmo compete com seus pares. Entende que a energia motriz dos resultados está nesse estado para a geração de trabalho. Quando há competição entre seus liderados, sabe que de alguma forma a energia está sendo canalizada, para o objetivo que propôs e se há competição, vencerá o melhor, aquele que se empenhar mais.

No entendimento desse líder, a tarefa será executada da melhor forma e recompensará aquele que conseguir o maior resultado. Para ele essa é a medida do desempenho. O melhor exemplo é o Técnico de futebol, estimula a competição entre seus liderados, para serem escalados no time e assim, farão o melhor, para jogarem. Quando estiver em campo, competirá para se manter no time e se destacar. Destacando-se será reconhecido pela imprensa e pelos torcedores e premiado com a convocação para a seleção, valorização do seu passe, convites para comerciais e assim sucessivamente.

 

Autoridade hierárquica

No conceito do líder transacional, uma organização é estruturada em níveis de autoridade e responsabilidade, da maior para a menor e do geral para o comum. A TGA – Teoria Geral de Administração surgiu com esse conceito e as organizações foram assim estruturadas, portanto esses líderes foram aculturados nessa realidade e adaptados nesse pensamento. Para eles há uma hierarquia rígida a ser seguida de cima para baixo, permeando a estrutura organizacional e a comunicação totalmente diretiva.

 

 

Alto controle do líder

Portanto a cadeia de autoridade tem base em rígido comando e controle. Uma ordem deve ser seguida e não contestada. Por isso uma organização é composta de thinkers (pensadores) e doers (fazedores). Ordens são transmitidas para em seguida serem conferidas. Tipo: “faça isso” e “deixe-me ver o que fez”. São controladores contumazes. Agindo assim, não tem condições de liderar um grande contingente. De acordo com a estrutura hierárquica, um chefe não consegue comandar e controlar mais que seis pessoas. Dessa forma a estrutura organizacional passa a ter muitos níveis hierárquicos, muitas divisões, muitos cargos, muitos departamentos e muitos setores. Essa é a organização convencional.

Com essa estrutura a organização torna-se lenta, burocrática e insensível ao cliente ou consumidor com relação aos seus produtos ou serviços. Menos de 1% das suas  necessidades são percebidas pela direção e pouco se faz para satisfazê-lo.

 

Resolução analítica de problemas

Ao deparar com um problema, este é analisado com critério rigoroso até a sua decisão. Utiliza-se mais o processo analítico, em que ferramentas de tomada de decisão são aplicadas, segundo o pensamento desses líderes e não pode errar.

O problema é enunciado, coloca-se as variáveis de decisão, atribuí-se um peso e atribuí-se uma nota. Depois de apurado, o número com resultado médio ponderado de valor maior, é considerado como uma boa decisão.

Não se trata da melhor decisão, sabemos hoje, que era apenas um critério racional com a aplicação de uma ferramenta de análise e tomada de decisão.

 

Baixe a ferramenta de análise e tomada de decisão para conhecê-la.

 

Determinação de objetivos

No desenvolvimento das organizações, quem primeiro sistematizou a APO – Administração por Objetivos, foi Alfred Sloan com base em critérios aplicados pela DuPont na década de 1920. Nessa época eram bem definidos os objetivos de cima para baixo, do estratégico, passando pelo tático desdobrando-se para o operacional. Mais tarde Peter Drucker contribuiu com essa ferramenta, isso ocorreu nos idos de 1954, quando estava na GE.

Essa escola foi a que formou esse líder transacional até então. Algumas modificações ocorreram, mas com forte resistência desse tipo de líder. Os objetivos são determinados pela direção e deve ser cumprido. Essa é a cultura comum entre esses gestores.

 

Processos racionais de trocas

As trocas estão relacionadas com o bom desempenho e o processo é a recompensa por ter atingido os resultados propostos. Os contratos são definidos com base em promessas de recompensas pelas futuras conquistas e metas atingidas. Salários são definidos também dessa forma. A promoção de cargo é feita por reconhecimento do esforço e dedicação ao trabalho e também pelos números entregues no final. A troca está condicionada ao aculturamento e entendimento da cultura de gestão e organização.

 

Liderança por transações

Portanto a liderança é exercida por transações.  É isso mesmo, por trocas. Esse é o conceito da liderança até meados de 1980, quando a aceleração das mudanças, com  aplicação de uma série de ferramentas entre elas o dowinsizing e empowerment, demonstraram que esse tipo de liderança estava fadado ao insucesso em um mundo de transformações e de velocidade acentuada que exigiam mudanças, surgindo a Liderança Transformacional.

 

Baixe a ferramenta de análise e tomada de decisão que era utilizada forma de Liderança, para conhecê-la. Clique aqui.

 AJ Limão Ervilhaajlimao_signature

Empresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como Duratex, Hospital Albert Einstein, Ford, Mercedes-Benz, Philips, Unilever, VOLVO.  Autor do livro Liderando Equipes para Otimizar Resultados, entre outros. Especialista em Criatividade Aplicada ao Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community

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O líder carismático

O líder carismático

A.J. Limão Ervilha

 

Você tem carisma? Sabe o que é ser um líder carismático?

 

O carisma é o dom que uma pessoa tem de cativar, fascinar e seduzir os outros. Esse encantamento que exerce a atração e influência pode ser definido como puro magnetismo pessoal. São características genéticas e também de ambiente, independe de inteligência, cultura ou instrução.

Como a própria origem da palavra define é uma “graça” um “poder” quase que sobrenatural. Volta e meia deparamos com pessoas carismáticas que nos fascina, nos seduz e nos atrai.

 

  • Pessoas carismáticas exercem atratividade sobre você

O “poder” dessas pessoas poderá ser constatado de modo transparente nos resultados que produzem nos seus seguidores, no caso de um líder. Na liderança, aqueles líderes que são carismáticos, constroem um sentido de nós, inspirando seus liderados. Por isso, são comunicativos, relacionais, empáticos, otimistas, confiáveis, convictos, ativos, ouvintes, acessíveis…

A presença dessa pessoa pode ser traduzida em força influenciadora positiva, encantadora e inesquecível. Exerce um poder de atratividade forte nas relações, despertando o sentido de convivência e compartilhamento.

Se tender ao exagero, poderá ser classificado como paixão cega e levar grupos de pessoas a cometer atos absurdos em função de uma pessoa pública, doutrina ou ideologia.

 

Carisma poderá ser desenvolvido?

Se não tiver essas características inatas, poderá desenvolvê-las?

Esse desenvolvimento é observado naqueles que dependem do público, de um modo geral. Procuram fazer coisas que identificam com seu público e nessa tentativa conseguem captar elementos essenciais para essa identificação, como hábitos, trejeitos e posturas.

Artistas fazem isso, pegue um artista que exerce magnetismo sobre você. Pesquise sobre a sua carreira ao longo dos anos. Notará mudanças de comportamento e adoção de certas posturas, trejeitos, comunicação e relacionamento. Trabalhei com artistas na gravadora Continental – Chantecler e acompanhei a carreira de muitos artistas e podia verificar essa ocorrência. Além do próprio esforço, em muitos casos profissionais de imagem, são contratados para orientá-los.

Os políticos também fazem isso, ao longo da sua carreira vão identificando elementos que os aproximam do povo e acentuam essas características. Ou mesmo seus “marketeiros”, procuram orientá-los como agir para ter a benesse do povo. Quando não há características inatas que ajudem nesse processo, pode-se perceber que as ações são “maquiadas”.

 

jamie-foxx-quvenzhane-wallisFonte: http://www.indiewire.com

Um bom exemplo é o filme Annie, estrelado por Jamie Foxx e Quvenzhané Wallis. Ele um empresário que se candidata a prefeito de sua cidade, nada carismático. Seu assessor de marketing vê a oportunidade de associar sua imagem a de uma garotinha muito carismática. Sua popularidade sobe nas pesquisas, depois tem um final inusitado, a garotinha contamina o mau caráter do político.

 

  • Uns tem carisma outros não, o fator genético fala mais alto

O que prevalece é o que chamamos de personalidade natural e tem a ver com a genética. Há porém, a influência do ambiente, que chamamos de personalidade complementar. Estudiosos divergem quanto a contribuição dos fatores que caracterizam o natural e o complementar. Porém, desenvolver o carisma é possível, no que se refere a personalidade complementar,  o que precisa é de muita disposição e mudanças de  algumas crenças e até de valores, refletindo no seu comportamento e assim, ser percebido pelos outros. 

 

O carisma pode ser conquistado?

De forma autêntica, eu diria que sim. Um profissional que adquire autoridade técnica passa a ser uma referência e é respeitado por isso. Sua forma de solucionar problemas gera confiança nas pessoas, passa a ser uma referência profissional e influencia aquele que o consulta.

Da mesma forma uma pessoa com capacidade de relacionamento e que sabe lidar com crises e conflitos, nas situações difíceis é procurado pelos outros porque respeitam seu parecer sobre os assuntos. Confiam nas indicações que dá a solução do problema e será referência quando ocorre algum tipo de entrave. A sua forma de falar sobre o assunto, exerce fascínio naquele que o ouve e influencia as suas decisões.

 

Vejam nessas situações acima os elementos em negrito que definem o carisma. Também nos líderes. O propósito nesses casos é encantar e persuadir os outros de modo sutil. O indivíduo que classificamos como carismático, são pessoas notáveis, admiráveis e fascinantes. Essa é a percepção que terá.

 

  • O líder carismático é visto como uma pessoa notável, admirável e fascinante

Há certo grau de carisma em todos nós. Temos referências genéticas, estas mais difíceis de serem trabalhadas e também as referências ambientais, relativo às pessoas significativas que nos influenciaram na formação da nossa personalidade. Essas referências de ambiente é que podem ser trabalhadas, no meu entender.

 

E então, pode-se desenvolver o carisma?

 Não basta praticar a simpatia para ser carismático. A empatia pode ajudar, com algumas outras características acrescentadas.  Vejamos quais são as 10 características compostas de um líder carismático:

 

1º.  É o respeito que conquista e admiração como consequência.

2º.  A confiança que adquire e a segurança que transmite.

3º. O fascínio que exerce e a influência que promove.

4º.  A comunicação fácil e agradável e muito persuasiva.

5º.  A atratividade espontânea e o magnetismo pessoal.

6º. O encanto na forma de agir e a personalidade sedutora.

7º. As atitudes tomadas e os riscos assumidos.

8º. A busca de resultados e o desempenho incansável.

9º. As situações difíceis enfrentadas e o preparo para superá-las.

10º. Criar e inovar para gerar a admiração dos seus seguidores.

 

No meu curso de liderança ensino os participantes a descobrirem os drives motivacionais dos liderados e como influenciá-los, tornando-se um líder carismático.

Faça o teste Você é um Líder Carismático? para verificar o grau de carisma que você possui.

 

AJ Limão Ervilhaajlimao_signature

Empresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como Hospital Albert Einstein, Ford, Kibon, Philips, VOLVO.  Autor do livro Liderando Equipes para Otimizar Resultados, entre outros. Especialista em Criatividade Aplicada ao Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community.

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Liderança Transformacional, o que é?

Liderança Transformacional, o que é?

Liderança transformadora, carisma e inspiração como princípios.

 

A.J.Limão Ervilha

A liderança está se transformando em um processo mais colaborativo entre as pessoas.

Atualmente as pessoas se sustentam entre si para atingir seus objetivos. Diferente do que era em um passado não muito remoto, em que o ambiente era mais competitivo e o que interessava era chegar à frente sozinho. Esse trabalho tem como base os estudos sobre Liderança Transformacional desenvolvido por James McGregor Burns.

Essa visão de liderança coincide com as mudanças aceleradas da tecnologia e da sociedade e, por consequência provocam mudanças também nas organizações. A transformação cultural e as novas gerações desenvolvem uma nova relação entre o lazer e o trabalho.

Até o final do século passado, a liderança era um processo competitivo, tipo transacional (próximo artigo), ou seja, “líderes que valorizam o trabalho padronizado e as aplicam tarefas orientadas”, utilizam da “recompensa contingencial” onde o bom desempenho é recompensado quando as metas são atingidas e a punição é aplicada, quando o trabalho não corresponde aos padrões exigidos. Por exemplo, o líder não reconhece quando a equipe obtém bons resultados e, no entanto, aplica-se a punição quando ocorrem problemas, como o não atingimento de metas ou ainda ao simples fato de se chegar atrasado ao trabalho.

No tipo de liderança transacional a gestão é por exceção. Que pode ser ativo aplicando ações corretivas na ocorrência de “desvio padrão ou de regras” e quando não há obtenção de resultados. Ou passivo quando nada se faz nos casos em que os padrões estabelecidos não são cumpridos. Tem ainda outra caracterização que é pela postura laissez-faire, quando há omissão pura e simples de decisões e responsabilidades por parte do líder.

 

Agora a colaboração é que conta

O que caracteriza a liderança transformacional? Os líderes transformacionais lidam com os indivíduos, mais que a equipe. A equipe será a consequência natural dessas considerações individuais. Nesse líder há uma preocupação permanente com o desenvolvimento intelectual do seu liderado e compromisso com o seu crescimento pessoal. Esse líder tem como característica marcante o carisma.  Em breve postaremos um artigo sobre esse tema.

Esse líder é inspirador da equipe por partilhar sua visão, levando seus liderados a colocar energia no trabalho e a dedicar-se totalmente, pela percepção do todo e saber onde devem chegar. Ainda que haja o direcionamento para as operações e foco no desempenho, o alinhamento das ações está adequado à estratégia da organização.

Nessa liderança transformacional, parte das atribuições do líder passa para os liderados, já que a sua preocupação maior é o seu desenvolvimento. O liderado tem poderes para resolver os problemas que surgem na base da organização, quando estão em contato direto com o cliente. Por isso o empowerment é o instrumento fundamental para esse tipo de liderança. Propicia a autonomia com a delegação de poder de decisão, assim o liderado tem participação na gestão da empresa e obtém-se maior engajamento.

 

Líder transformacional e suas 4  características marcantes

Os líderes transformacionais possuem estas características:

  • Influenciador e idealizador
  • Inspirador e motivador
  • Estimulação intelectual
  • Consideração individualizada

 

Influenciadores e idealizadores

Para influenciar, descobre no liderado seus desejos de realização e alinham com a visão da empresa, transformando suas atividades em verdadeiras missões realizadoras. Ganham a confiança do indivíduo, porque demonstra o que ele deve fazer para atingir suas metas pessoais a medida que realizam a estratégia da empresa. São respeitados porque demonstram um sentido de cuidado e preocupação com as realizações individuais. Para isso tem muito carisma e está em permanente processo de evolução.

 

Inspiradores e motivadores

Para inspirar pessoas, são otimistas em tudo que fazem e dizem, envolvendo seus liderados em sua visão. Os desafios são lançados para despertar a energia realizadora do indivíduo e mobilizar positivamente a equipe. Descobrem os fatores motivacionais de cada elemento da equipe alinham com os da empresa e demonstram como obter um melhor futuro, para si e para a organização. Por isso são estimuladores tanto do liderado no seu universo de conquistas como da força realizadora da equipe.

 

Estimulação intelectual

Estimula um ambiente de inteligência criadora, de reflexões e estudo, de reflexões e atitudes. O espaço é para experimentação, sendo encorajados a encontrar soluções inovadoras para os problemas e melhorar continuadamente os processos e relações de trabalho. As soluções que são obtidas são permanentemente testadas e não há um único meio de se obter resultados. Todas as contribuições são encorajadas e estimuladas.

 

Consideração individualizada

A melhor performance é sempre objetivada e o desenvolvimento do liderado é um processo permanente para o líder, pois, visa atingir sempre os melhores níveis de produtividade. Esse líder utiliza de ferramentas como o coaching para desenvolver o liderado. Técnicas de training, para competências específicas e mentoring nos aconselhamentos e orientação dos seus planos individuais, sempre visa a performance individual que refletirá na da equipe, no atingimento de metas.

Faça o teste e verifique se a sua Liderança é Transformacional. Clique aqui.

A liderança transformacional foca o comprometimento das pessoas no longo prazo, e o carisma é essencial para inspirar, comunicar, cooperar, desenvolver, motivar, delegar, participar, que traduz em engajamento, do indivíduo e da equipe.

 

AJ Limão Ervilha

Empresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como Hospital Albert Einstein, Ford, Unilever, Mercedes-Benz, Philips, VOLVO.  Autor do livro Liderando Equipes para Otimizar Resultados, entre outros. Especialista em Criatividade Aplicada ao Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolingüística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community.

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Receita para um líder não ser vencido

Receita para um líder não ser vencido

Imaginem ser afastado das suas funções por problemas não de competência, mas de doença. Entre tantos exemplos, a mais memorável foi a luta que Steve Jobs travou com a sua doença e que o levou a óbito. O exemplo pode ser extremo, mas é real e pode vencer não somente o líder mas a empresa toda.

 

Nas empresas, envolve não somente o líder, mas em grande parte é a preocupação dos Recursos Humanos, na sua gestão estratégica e tática, devido a interrupções na execução de planejamentos, implementação de estratégias de negócios e planos de ação.

 

Um caso real

Em uma empresa que eu fazia consultoria, um executivo, depois de demitir alguns funcionários, dentre eles, pessoas de relacionamento de longos anos de convivência, teve uma descompensação, que o levou a ficar 4 dias em casa e, quando voltou, seu Diretor notou que ainda não estava bem e sugeriu que tirasse férias, para uma recomposição física e psicológica. Casos como estes são comuns no dia-a-dia das empresas, o estresse causado pela pressão da responsabilidade do líder, leva a problemas de saúde física e mental.

 

O que a empresa faz na ausência do líder?

Numa entrevista pela revista Melhor, me perguntaram sobre o afastamento de executivos por doenças, devido ser uma tendência que ocorre com os executivos de todos os níveis, provocado pelo estresse que é submetido diariamente no seu trabalho. A preocupação da jornalista era, o que a empresa faz para cobrir a ausência do executivo. Nesse caso, há uma distribuição no board de diretoria ou de gerência, das funções do líder. Se a ausência for prolongada como o tratamento de uma doença mais grave, é nomeado um gestor interino para a função, aguardando a volta do executivo. Há ainda casos em que são contratados consultores para dar suporte durante o período de acordo com os projetos em andamento.

 

Estudo e pesquisa

Segundo estudo realizado com base em dados do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), que envolvem funcionários de empresas e seus gestores, a incidência de doenças vem ocasionando aumento no tratamento pela seguridade social. Há também uma pesquisa, segundo Márcia Veloso Kuahara, reumatologista, professora e consultora na área de saúde executiva que revela:

  • 80% admitem dormir mal, devido às exigências e tensões que são submetidos;
  • 70% dos executivos realizam check-ups regularmente, sendo que destes;
  • 30% só o fazem por muita insistência.

Boa parte desses executivos que fazem o check up, não vai buscar os resultados e outro tanto não seguem a prescrição médica. Além de subestimar sua saúde, consome bebidas alcoólicas com regularidade, o que leva ao surgimento e agravamento de doenças cardiovasculares, além de diabetes e cânceres.

A realidade dessa situação é a forma de lidar com as atividades de dia a dia e a distribuição das tarefas e o uso do tempo, para se ter qualidade de vida pessoal e profissional.
 

A receita para não se deixar vencer

Um dos principais fatores do agravamento das doenças é a forma com que lidam com a sua qualidade de vida e uso do seu tempo pessoal e profissional. A qualidade de vida está no equilíbrio entre as 3 atividades do ser humano moderno: Sono, atividades pessoais e atividades profissionais. Vejamos na amostragem de um dia, como deveria ser programado.

 

  1. O sono repara não somente o físico como também a mente.

É certo que cada indivíduo tem necessidades diferentes de repouso, porém, deve ser reparador e os estudiosos, recomendam 8 horas por dia.

 

  1. O uso do tempo profissional e das atividades diárias.

Assim, restariam 16 horas, sendo que o profissional deve ser medido, desde o momento que ocorre do portão para fora, portanto deve somar também o deslocamento. O horário do almoço deve ser descontado desse tempo. Subtraia das 24 horas, o tempo de sono e o tempo profissional que acabou de apurar.

 

  1. Aplicação do tempo da vida pessoal.

Terá assim, as horas disponíveis para as suas atividades pessoais. Novamente a recomendação dos estudiosos é que esse tempo deve ser dividido em proporções iguais.

 

  1. Papeis que desempenha na vida pessoal.

O tempo pessoal deve ser dividido em papéis que desempenha:

Conjugal, Familiar, Social, Educacional e recreacional em proporções iguais.

Para se ter uma equação mais adequada, tome como base o tempo semanal, pois trabalhamos 5 dias da semana e temos dois dias no final de semana que podemos equilibrar a falta dos papeis pessoais durante a semana.

 

  1. Incompetência treinada.

A qualidade de vida está no equilíbrio do tempo pessoal e profissional. Trabalhar demais leva ao estresse, a incompetência treinada. Isto é perde-se a sensibilidade profissional. Pode-se dizer que só derruba avião, o piloto experiente. Como aquele avião da TAM, na cabeceira de Congonhas. O piloto sabia do problema no reverso, pois, tinha viajado no dia anterior com aquele aparelho. A confiança em excesso, tira a sensibilidade e se comete grandes erros ou se é acometido pelo estresse do trabalho.
Para mais informações de como fazer essa equação, veja no livro Liderando Equipes, Editora Saraiva, de minha autoria. Lá encontrará o exercício completo.

Quer saber mais sobre o assunto, me escreva: contato@ajlimao.com.br

 

AJ Limão Ervilha

Empresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como Hospital Albert Einstein, Ford, Unilever, Mercedes-Benz, Philips, VOLVO.  Autor do livro Liderando Equipes para Otimizar Resultados, entre outros. Especialista em Criatividade Aplicada ao Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolinguística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community.

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12 mandamentos para a liderança de alta performance

12 mandamentos para a liderança de alta performance

Quer ter sucesso como líder? Vou apresentar neste artigo os 12 mandamentos para atingir a alta a performance em liderança.

O conteúdo é do meu livro LIDERANDO EQUIPES PARA OTIMIZAR RESULTADOS, publicado pela Editora Saraiva que está na 4ª. edição e que foi esgotada em 8 meses. O sucesso se deve à praticidade das 12 ferramentas e a maneira fácil e didática da sua aplicação. O texto foi construído focalizando os mandamentos da liderança, os estilos, as habilidades e o ambiente das empresas. Neste artigo, vamos apresentar alguns excertos tirados do livro.

 

1º. Mandamento: Entender pessoas

Será um líder se tiver competência humana. A posição de chefe foi conquistada pela competência técnica, que é adquirida pelo seu conhecimento sobre o trabalho, sobre as técnicas da função e domínio do processo. Tem autoridade, portanto, técnica e funcional. Esse conhecimento é acumulativo e a empresa lhe faz um reconhecimento e o coloca nessa posição de chefia. Espera que seja capaz de multiplicar sua capacidade técnica pelas pessoas que agora serão suas subordinadas.

Assim, quando se é promovido você se torna chefe, mas não líder. Para liderar e multiplicar sua competência técnica precisa de competência humana.

Então para ser líder a primeira Capacidade a se desenvolver é Interpretar Pessoas. Conhecer seus objetivos pessoais e profissionais, além das suas habilidades e dificuldades. Essa é a fonte da energia pelas quais as pessoas sustentam as suas vidas e a centelha que as motivam. Também a fonte do feedback e aplicação do coaching para desenvolver seus liderados.

 

2º. Mandamento: Compromisso e engajamento

O líder deverá ter o compromisso e engajamento dos liderados na equipe. Isso é que vai definir o quanto consegue das pessoas que lidera para entregar valor. Estabelecer a coesão das pessoas na equipe, promover a sinergia que busca resultados maiores e melhores. Sem o compromisso o líder não terá o respeito e a confiança necessária para levar a equipe ao alto desempenho.

A forma de fazer isso é criar junto com a equipe um termo de compromisso, perguntando o que é necessário e que atitude tomar, para atingir os objetivos. Essa é a forma de criar sinergia e responsabilidade entre as pessoas. O termo será o indicador da disciplina e respeito mútuo entre os pares e a empresa. Será uma letra viva para ser seguida. O líder exigirá do liderado seu cumprimento. Os impedimentos serão negociados.

 

3ª. Mandamento: Atitude

O líder toma atitudes. Para ser um líder de Alta Performance é necessário atitudes. Você jamais será um líder se não tomar atitude. Jamais! Pode escrever que assino em baixo. Se você conquistou essa posição é porque já tem essa característica de tomar atitude. Uma das definições do “líder é aquele que tem seguidores”. Para ter seguidores deverá estar à frente. Estar à frente necessita quebrar comportamentos, paradigmas, tomar ação em todas as situações.

Pessoas de comportamento jamais serão líderes. A atitude abre horizontes para o desconhecido e o líder passa a ser a referência aos seus liderados. Atitude implica em correr riscos, mas sem essa característica nunca será um líder. Atitude, porém com ética, porque se não a tiver, não chegará muito longe, na competição de mercado.

 

4ª. Mandamento: Correr riscos

O líder assume os riscos da sua atitude. Toda atitude implica em correr riscos. Qualquer quebra de paradigma, mudanças, tomada de decisão, implicam em riscos. Não é possível separar atitude de riscos. Por isso o líder tem seguidores, está à frente, conduz pessoas em direção aos objetivos.

Pessoas de comportamento não correm riscos. Cumprem normas e regras, fazem o que mandam, não toma iniciativa e assim, sempre serão seguidores e não líderes.

Porém, para correr riscos o líder precisará de conhecimentos e habilidades, ou seja, estar sempre aprendendo. Transformando técnicas em ações. Quando se é líder a parte mais visível são as suas habilidades e será valorizado a medida que as desenvolve, tomando decisão.

 

5ª. Mandamento: Objetivo comum

O líder deixa claro o objetivo em comum. Quando não há um objetivo comum, não é uma equipe é um grupo. Os gerentes pensam que tem uma equipe, mas ao perguntar a seus liderados qual é o objetivo de suas tarefas, respondem muito diferente da do líder. Isso ocorre porque o líder não comunica ao seu liderado onde pretende chegar, sonega informação, muitos pensam que somente ele, o líder deve saber. Se fizer isso terá uma equipe sem foco, sem produtividade sem competitividade.

Dessa forma, deve criar um ambiente em que todos saibam para onde estão indo e é fundamental para otimizar resultados. Os objetivos devem ser comunicados, acompanhados e os resultados celebrados.

 

6ª. Mandamento: Transformar pessoas

O líder é transformador de pessoas, deixou de ser transacional. Seu papel é transformar seus liderados para que atinjam o melhor resultado, assim, passa a ser um facilitador do aprendizado e das relações da empresa com os colaboradores. Parte dos seus poderes é passada para aqueles que têm contato direto com o cliente, para que resolva seus problemas e torne a relação com a empresa, facilitada, pois essa é a função das organizações.

Empoderar seus liderados, delegando seus poderes para que eles possam utilizar na solução dos problemas dos clientes.

Temos um curso de Liderança Transformadora que mostra o papel desse líder com características muito diferentes daqueles do passado. Esses líderes carismáticos e engajadores e que sabem trabalhar em ambientes cooperativos.

 

7ª. Mandamento: Inspirar pessoas

O líder inspira aqueles a quem lidera. Mais que motivar os liderados, inspirar é transformacional. Buscam-se os sonhos e projetos dos liderados e mostra como ele pode atingi-los, desenvolvendo seu trabalho com engajamento, responsabilidade e qualidade. Que são reflexos da sua qualidade pessoal, além da profissional.

Inspirar pessoas é descobrir seus drives motivadores e colocar na direção dos objetivos do liderado e da empresa. No livro Liderando Equipes para Otimizar Resultados, você encontrará como inspirar pessoas, também no eBook: Como Liderar Pessoas e Otimizar Resultados, também encontrará dicas de como fazer. Também no artigo Liderança Transformadora, encontrará os passos para inspirar.

 

8ª. Mandamento: Eliminar conflitos

O líder elimina conflitos. Entende que as pessoas pensam diferentes e isso é uma matéria prima para liderar. A questão não é convencer a pessoa sobre o que pensa e mudar sua forma de pensar, mas encontrar uma forma de coexistir com suas idéias e divergências.

O problema é que muitos líderes pensam que lidar com conflitos é resolver quem está certo. Não há um lado certo, todos acreditam que a sua maneira de pensar está correta. Assim, resolver conflitos é encontrar uma forma de combinar as idéias ou de colaborar com idéias diferentes.

A habilidade de fazer com que as pessoas compartilhem, colaborem, cooperem, tem muito a ver com o Líder Transformacional.

 

9ª. Mandamento: Resolver problemas

O líder resolve problemas. Temos duas formas de pensar. O pensamento linear e o pensamento lateral. No pensamento linear, o processo é binário, combinando as informações, encontra-se um caminho de solução, por escolha de combinações. No livro citado anteriormente, utilizo o exemplo da Cisão da Cereja. É um método de resolver problemas.

O pensamento lateral é quando se resolve problemas de forma criativa. Se utiliza uma analogia, ou uma técnica de brainstorming, ou ainda a técnica do Seis Chapéus de Edward de Bono. Essa técnica pode ser utilizada em qualquer situação, para qualquer problema, até para se conduzir uma reunião.

 

 10ª. Mandamento: Tomar decisão

O líder tem edge. Para tomar decisão o líder precisa ter edge. Edge  por definição é o limite entre acertar ou errar. A utilização do edge implica em intuição e coragem. Tem a ver com o 3º. Mandamento: Atitude e o 4º. Mandamento: Correr riscos.

Pensar rápido ou pensar lento na tomada de decisão? O pensamento rápido é a decisão intuitiva e o pensar lento é a decisão racional.  Como decidir no dia a dia? Se precisar de muitas informações e ponderar sobre todas elas, estará utilizando o processo racional. Se tiver poucas informações eestabelecer uma linha de raciocínio, estará utilizando o processo intuitivo.

11ª. Mandamento: Sentido de urgência

O líder faz acontecer! Age prontamente. Assume riscos. Resolve conflitos quando ocorre. Soluciona problemas. Toma decisão rápida. Usa o tempo estratégico primeiro, depois o tempo tático e deixa o tempo operacional por último.

Resolve as questões quando elas acontecem e tem sempre tempo disponível para pensar, agir e agregar valor. Sabe o que traz resultados e se dedica a essas ações. Entende seu verdadeiro papel de líder. Se estiver sempre ocupado é um estado de complacência e não sentido de urgência.

 

12º. Mandamento: Carisma

O líder tem carisma. Para utilizar os princípios de um líder carismático, pratique as estas lições de carisma:

  • Nunca fale. Comunique para mobilizar.
  • Nunca critique. Faça feedback corretivo.
  • Nunca elogie. Faça reforço positivo.
  • Nunca fale de si. Estimule o liderado a falar dele.
  • Nunca diga não. Mostre porque.
  • Nunca de ordens. Inspire a ação.
  • Nunca aconselhe. Conte uma “historinha”.
  • Nunca imponha. Seduza pelo envolvimento.
  • Nunca tome posição. Conquiste a admiração e o respeito.
  • Nunca titubeie. Tenha elevada autoestima e segurança.
  • Nunca mande. Influencie para obter resultados.

 

O líder deve ter valores fortemente e sustentado. Direcionado ao bem comum, com a empresa, a equipe e o indivíduo. Muita coerência nas suas atitudes e entender de gente. Demonstrar que realmente se importa com pessoas, com o trabalho e com os propósitos organizacionais.

Estes mandamentos trarão o sucesso merecido e são orientadores das ações de um líder transformacional. Isso o colocará a frente das mudanças culturais, sociais, organizacionais e dos negócios nestes tempos de transformações, sem precedentes.

 

                                                                                                      

AJ Limão Ervilha

Empresário, professor, escritor, consultor há mais de 25 anos em importantes organizações como Hospital Albert Einstein, Ford, Unilever, Mercedes-Benz, Philips, VOLVO.  Autor do livro Liderando Equipes para Otimizar Resultados, entre outros. Especialista em Criatividade Aplicada ao Marketing pela New York State University. Possui certificação Internacional em DHE® Design Human Engineering com Dr. Richard Bandler e Programação Neurolinguística (PNL) com seu criador Dr. John Grinder. Formação em Análise Transacional e Certificação em Coach pela ICC – International Coach Community.

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